O lado escuro do Amor

BÔNUS

 O enigma chamado Maria

É difícil dizer onde começa o bem e o mal. Eu acredito que ninguém é bom ou ruim totalmente. Maria também acreditava, mas talvez em sua morte ela tenha duvidado. . .

Depois que seu pai matou sua mãe, ele foi preso e sua tia Edite ganhou sua guarda.

Foi muito difícil para Maria toda aquela situação, seu próprio pai matou sua mãe e a mataria se Anthony não tivesse chegado, ele salvou a sua vida e aquilo ela jamais esqueceria, como também aquele episódio, estava em todos os jornais e as pessoas nas ruas comentavam. . .

Edite levou sua sobrinha para longe, Maria só tinha doze anos e não merecia passar por tudo aquilo.

Dois anos depois Maria voltou, tinha fugido, foi para a casa dos Marques, Esther e Otávio quiseram a adotar, passaram três anos na justiça lutando pela guarda dela.

Aos dezessete Maria conheceu Elisa, conheceu Felipe e o namorou.

Felipe a traiu com Lisa, mas nem ele ou Anthony contou a verdade para ela. . .

Em vez disso ela soube por Lisa, o que não foi muito bom. As duas brigaram feio, Lisa foi detida por dois dias e Edite ganhou a guarda de Maria.

Maria fugiu para a casa de sua amiga, Bruna.

Edite se hospedou em um hotel até que achassem Maria.

Anthony estava com raiva dela e acabou contando onde estava. Maria tinha que voltar no outro dia para a cidade onde Edite morava.

O que todo mundo sabe é que a noite Maria foi para a ponte, ligou para Anthony chorando, pediu para que ele fosse lá e que te contasse o que realmente sentia por ela. . . Anthony não lhe disse, mas a foi a ponte e chegando lá Maria já estava morta. . .

Mas a verdade, o lado escuro de tudo. . . Isso ninguém desconfia.

(A última noite de sua vida)

— Bruna, não deixa ela me levar!

— Não vou, ela não vai te levar, eu juro!

Edite adentrou na casa de Bruna procurando por Maria, foi até o quarto onde ela estava escondida, mas ela não estava lá!

A janela estava aberta, as cortinas balançavam com o vento soprando. Aquele tinha sido a última vez que Bruna a tinha a visto.

Ela ligou para Anthony a ajudasse, ela foi para um bar e o atendente lhe serviu uma bebida de cortesia.

Alguns minutos, Anthony ainda não tinha chegado, ela estava se sentindo muito tonta e enjoada, tudo girava, a sensação era de que ela não controlava seu corpo, ela se mexia mas não sentia o movimento.

Ela começava a apagar, estava longe da cidade, num bar desconhecido, então começou a andar sem rumo.

Maria caiu no chão.

Todas as cenas seguintes eram interrompidas por pequenos apagões. . .

Um garoto em cima dela. . .

Seus olhos fechavam e abriam, ela não conseguia vê-lo direito. Ele estava com um casaco preto e dizia coisas que não faziam sentido.

Ela dizia não, mas ele nunca ouviu uma só palavra. . .

Maria estava com seu vestido favorito, um rosinha com flores estampadas que ele rasgou, uma calcinha preta que não estava mais em seu corpo.

Ele a apertava com força, dizendo coisas nojentas; É melhor que eu tire sua inocência antes que outro tire.