O passado é a chave

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Marcos conseguiu chegar a tempo em casa para se despedir de seu filho que ia investigar sobre Paulo.

"Filho, olha o que eu achei!" Disse ele lhe mostrando o objeto.

Miguel mal olhou para ele, estava concentrado arrumando a mala, colocando só o básico, uma muda de roupa, sua câmera, escova de dente e creme dental, um desodorante, um óculos escuros, seus equipamentos de investigação e um caderno para anotações.

Marcos lhe estendeu um revolver 32, que é menor que um 38 e chama menos atenção.

- Para que isso, pai?

- Você pode precisar!

- Mas o senhor nunca me deu um revolver, isso é tão perigoso assim?

- Eu receio que sim, quero que tome cuidado!

- Está bem! O que estava me mostrando?

Marcos lhe entregou o cartão de memória: Encontrei na rua.

Miguel examinou o pequeno objeto: Parece usado.

- Depois dá uma olhada para ver se descobre o dono!

- Quando eu voltar eu olho!

Os dois se abraçaram e Miguel pegou sua moto e foi. Miguel adorava viajar à noite, para ele era muito melhor e se o local fosse perto o suficiente ele sempre ia de moto.

Quando ele chegou na cidade já estava quase amanhecendo, ele resolveu parar numa pousada e descansar um pouco e depois começar as investigações.

Lá pelas cinco da tarde ele foi no consultório de Augusto Juarez.

"olá, o senhor disse que eu poderia vim essa hora!"

- Sim, é o filho de Marcos Fonseca, certo?

- Sim, me chamo Miguel!

- Pode fazer suas perguntas, Marcos me disse que você está num caso.

- Isso mesmo! Quero saber o que houve para Paulo ter saído daqui.

- Eu não sei como falar sobre isso.

O senhor Augusto lhe entregou uma pasta com as informações sobre Paulo.

- Há uns seis meses atrás, fizemos uma prova na faculdade de psicologia da cidade para selecionarmos um estagiário para esse consultório.

- Sim, estou vendo, tem duas provas aqui com o nome de Paulo, mas com sobrenomes diferentes. O que significa?

- Na turma tinha dois Paulo, só um conseguiu nota suficiente para poder começar o estágio. E não foi o Paulo que estava trabalhando aqui.

 - Mas eles não são parecidos, nem nada, o que aconteceu?

- Tinha muitos alunos no dia, meus funcionários não decorou rosto de ninguém, ficamos de mandar um e-mail para o finalista.

- Então, deixa ver se eu entendi. Paulo Santos foi o selecionado, Paulo Gabriel recebeu o e-mail?

- Não exatamente, quem recebeu o e-mail foi Paulo Santos e Paulo Gabriel hackeou o e-mail.

- Então, não foi um engano? Paulo sabia muito bem o que estava fazendo. Como descobriram isso?

- Semana passada mandamos um e-mail informando sobre alguns pacientes, o verdadeiro dono do e-mail tinha conseguido recuperá-lo, ao ver aquela mensagem, obviamente ele não entendeu nada e veio no nosso consultório. Ele achou que não tinha sido selecionado para a vaga.

- Entendi! Como se deu os fatos seguintes?

- Foi uma verdadeira briga de "Paulos" quando o falsificado chegou. Os dois brigaram, teve até soco. Expulsamos Paulo Gabriel daqui e contratamos o verdadeiro.

O lado escuro do AmorOnde histórias criam vida. Descubra agora