34: Fogo e ódio

28 10 32
                                    

- O plano é bem simples, ele sempre sai pelas dez horas da noite, às noves estaremos lá a espera, quando todos saírem e só ficar ele, você entra e vai conversar com ele.

- E vou falar o que?

- Fala como você está arrasado por deixar sua namorada sem os dedos!

- Está bem, vou enrolar ele!

- Está ficando tarde, me espere aqui, vou buscar a caminhonete com as coisas e iremos!

Paulo saiu até sua casa. Eric ficou sentado no sofá e de repente teve um pensamento absurdo, pegou seu celular e olhou a lista telefônica procurando por um nome especifico.

Ele pensou se realmente deveria mandar mensagem e pedir ajuda para ele, ninguém mais poderia salvá-lo daquilo a não ser a pessoa que mais conhecia Paulo.

Ele mandou uma mensagem desesperada e depois desligou o celular, não podia deixar que Paulo descobrisse aquilo através de uma notificação.

Paulo abriu a porta bruscamente. - Vamos!

No trajeto Eric pensava a todo instante se ele tinha visto sua mensagem e se o iria ajudar, mas não tinha como saber, ficaria naquela incerteza até que o plano de Paulo começasse.

Já se passava das dez horas quando a porta se abriu, Paulo não pensou duas vezes, pediu para que Eric fosse lá.

 Eric gritou quando se aproximava do prédio. - Senhor Augusto!

Ele parou ainda fechando a porta.

- O que quer? Já estou saindo!

- Por favor, preciso muito conversar com o senhor, é caso de vida ou morte, estou desesperado!

Augusto viu a aflição no rosto de Eric. - Tudo bem, vamos conversar por alguns instantes.

Eles entraram no consultório. - Me conte, o que está acontecendo?

- O que o senhor faria se tivesse que escolher entre a vida de duas pessoas inocentes?

O senhor Augusto parecia não ter entendido a pergunta.

Eric continuou: -Sequestraram minha namorada!

- Mas como? Você ligou para a polícia?

- Não posso, estão me vigiando!

- Então sabem que está aqui? O que eles querem? Dinheiro?

Eric balançou a cabeça negativamente. - Não! Querem que eu mate uma pessoa!

- Por que veio aqui? Você quer algum conselho?

- Não! Eu estou fazendo exatamente o que ele quer!

- Como assim?

Eric fechou a porta atrás dele, se posicionou em frente da mesa do senhor Augusto e pegou o pequeno abajur de prata da sua mesa, Augusto levantou-se assustado e entendeu quem ele deveria matar.

- Não! Por favor! Não te fiz nada!

- Eu não tenho escolha. . .

Eric bateu muito forte com o abajur na cabeça de Augusto, que no mesmo momento, caiu no chão. Eric olhou para o abajur cheio de sangue em suas mãos, se dando conta do acontecido, o deixou cair.

-  O que eu fiz? O que eu fiz?

Eric se ajoelhou no chão colocando as mãos sobre a cabeça.

Paulo abre a porta. - Vim verificar se já tinha feito. Por que está ai no chão?

O lado escuro do AmorOnde histórias criam vida. Descubra agora