Cap 6

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    Sento do lado de Mauro oque me deixa um pouco desconfortável, mas tento parecer o menos incomodada possivel. Fazemos nossos pedidos e Eliza trata de puxar assunto.
-Então Morena, oque faz aqui no Canadá? - ela pergunta gentil e vejo meu pai pegar em sua mão orgulhoso pela iniciativa.
-Bom eu estudo artes e trabalho numa revista como fotógrafa. - meu pai observa bastante feliz. É tão bom ver ele assim.
-Dedicada. Puxou por mim - ele comenta orgulhoso e eu não seguro o sorriso.
-e você pensa em voltar pro Brasil? - Mauro pergunta e olho pro meu pai que também espera ancioso pela resposta.
-Na verdade eu estou muito bem por aqui. Ainda não penso nisso. -dou um gole no meu vinho-  e você Eliza -falo sem saber como a chamo -  faz o que no Brasil?
-Eu trabalho em uma agencia de modelos. Inclusive você é linda, deveria pensar na possibilidade de trabalhar comigo - ela pisca para mim
-Pra mim você nunca fez essa proposta- Mauro brinca e ela ri
-Eu sei que você nunca aceitaria. -porque não?  Ele não parece um cara timido.
-E você Mauro? - Meu pai se pronúncia-  estudando? - eu pego meu vinho para dar mais um gole, vou precisar de muito para superar essa noite.
- eu acabei a faculdade de cinema, tenho uma boate bem frequentada aqui e trabalho com internet. -quando ele fala da boate eu quase engasgo... Ele é o dono daquela boate? Que? Tusso um pouco para me recompor na esperança de ninguem notar. Até parece.
- você tem uma boate? - eu pergunto. Ele segura a risada diante da minha surpresa.
-tenho, você devia ir lá um dia. Por minha conta.- ele me provoca. Na frente dos nossos país? Que lindo.
- ah obrigada. Vou pensar com carinho. - o garçom chega trazendo nossos pedidos e me salvando da vergonha que acabei de passar.
-bom, vocês já decidiram a data do casamento? - pergunto e eles se olham.
-Bom, filha, a gente pensou em daqui 3 meses. - ele fala quase pedindo permissão.
-não ta perto demais? - Mauro pergunta lendo meus pensamentos. É tanta coisa pra digerir em um dia.
-Por mim casavamos amanhã- Eliza fala olhando para meu pai e ele parece pensar igual.
-Vai ser algo bem intimo, não temos porque ficar adiando. O quanto mais rapido melhor. - meu pai fala.
-Bom e já que vocês tão aqui, e provavelmente vão querer aproveitar mais da cidade, podem ir jantar na minha casa na sexta - Mauro convida. -Você também- ele diz para mim e nesse momento fico sem saber o que falar.
-Ótimo, claro que vamos. - meu pai responde. Então ele me olha obviamente me questionando e eu respondo baixo.
-tudo bem.

   O resto da jantar é mais tranquilo. Falamos sobre a cidade e trocamos elogios sobre a comida.
-Bom eu acho que vou para casa, manhã eu trabalho cedo. - digo me levantando e eles me seguem.
-Eu também vou indo - Mauro fala- te acompanho até o estacionamento - Droga. Me despeço do meu pai e de Eliza e Mauro faz o mesmo. Então seguimos até o elevador em silêncio. Entramos e ele esta vazio. Logo que as portas se fecham ele abre a boca para dizer algo mas eu o impeço.
-se você vai fazer piada com o fato de termos transado a 4 dias atrás e agora nossos país estarem casando, por favor, fica queto. - Digo sem o olhar e ele ri de mim, o que me deixa mais irritada.
-eu só ia te pergunta se você vai devolver minha camiseta. - eu olho pra ele indignada e ele ri mais ainda
- babaca - eu digo saindo do elevador quando a porta abre
- isso foi um não?  - ele vem atrás de mim
-é isso com toda certeza foi um não-  eu digo ainda andando rapido. Ele da uma corrida e segura meu braço fazendo eu virar para olhar pra ele. Nos encaramos por alguns segundo até ele resolver falar.
-aquela noite foi otima. Você não me deu a oportunidade de dizer 
-você é um idiota. - eu digo e ele se aproxima mais.
- não foi oque você disse.
-eu estava dominada pelo álcool- seus olhos vão dos meus para minha boca. Ele ainda não entendeu que agora somos da mesma família??
-ou por mim. - ele ri
-Boa noite,Mauro. - digo me soltando de sua mão e indo em direção ao meu carro.
-Boa noite maninha, até sexta - ouço o gritar mas não viro para o ver. Entro no meu carro e solto todo o ar que segurei nessas horas. Então, acelero para casa.

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