cap 31

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Não vi mais Tom depois que ele e Mauro resolveram bater um papinho. Confesso que to muito curiosa. Tento focar no jantar de daqui a pouco com Ema. Resolvi fazer a comida e Eliza se dispos a me ajudar. Estamos fazendo lasanha.
-Então, eu senti um clima entre Mauro e Tom? -Eliza pergunta e Maria me olha do outro lado da cozinha. Só por esse olhar percebo que ela sabe de tudo. Poderia arriscar dizer que ela descobriu sozinha mas não tenho certeza.
-É eu acho que Mauro não vai muito com a cara dele.
-porque?
-não sei. Talvez seja um competição interna de homens. -eu falo como se nem ligasse. Maria sorri debochando da minha explicação obviamente enrolaxon.
-O Mauro sempre foi bem tranquilo.
-acredite, eles nos surpreendem. -eu digo e Maria ri.
-falou como uma pessoa muito experiente- a mesma da o ar da graça.
-eu já tive alguns namoradinhos. -digo orgulhosa
-eu lembro bem. -maria fala e eu quero muito que ela não diga mais nada. Ela sabe todos meus podres. Cresci com ela sendo a mulher mais proxima a mim. Ela é oficialmente minha mãe.
-Namoradinhos só nos dão trabalho. -Eliza solta e eu sinto que foi sem querer.
-você teve muitos? -que foi? Sou curiosa.
-alguns. Inclusive eu sempre peguei uns bem gatinhos. -ela pisca pra nos e caimos na gargalhada.
-E o pai do Mauro? - Maria pergunta e eu fico nervosa. Mesmo Eliza não sabendo que eu sei de tudo ainda assim é tenso.
-a eu casei bem nova com ele. -ela não parece incomodada ao falar. Não sei se sinto alivio ou fico confusa. - Ele era uma cara muito charmoso. - ela sorri e a gente continua prestando atenção.- mas um tremendo babaca. -Maria fica surpresa. Eliza apenas ri.- e você maria, é casada? - Eliza pergunta. Na verdade ela é bem nova. Deve regular de idade com Eliza e esta sempre muito bonita.
-Não, não. Mas ja fui. Ele era um cara encantador.
-nunca quis ter filhos?
-Morena é a filha que eu nunca tive. -ela me olha e eu nao consigo não sorrir. Quando era pequena ate pensava na possibilidade de casar ela com meu pai. Ficou bem claro que isso não aconteceria, mas ela nunca deixou de ser minha maezona.

Ouço o barulho da campainha e deixo as meninas acabando de cozinhar enquanto corro em direção a porta. Quando abro vejo quem eu mais queria. Ema pula encima de mim e caimos as duas no chão rindo.
-Meu deus que saudade que eu tava. -ela diz ainda agarrada em mim no chão.
-eu também estava louca de saudade.
-ta tudo bem? Eu ouvi um barulho.- tom fala da escada. Entao levantamos.
-ta sim. Foi só um tombinho. -Ema fala
-Vou aproveitar para apresentar voces-digo. - Ema este é Tom e Tom esta é Ema. -ela estende a mão e ele a comprimenta.
-É um prazer te conhecer. Mona falou muito de você. -Ela diz e ele me olha desconfiado.
-espero que só coisas boas. - eu vejo Mauro acabando de descer as escadas.
-com certeza muito boas. -Ema completa.
-To perdendo alguma coisa? - Mauro se aproxima.
-Mauro essa é Ema. Ema esse é Mauro. - ele a comprimenta.
-de mim Morena não falou nada? -que cara de paaaau
-okay gente vamos comer? Acho que o jantar ja esta pronto. - digo empurrando minha amiga em direçao a sala de jantar.
   O jantar corre normalmente e todo mundo conversa muito animados. Mas ainda sinto um clima um pouco pesado entre Mauro e Tom. 

É de madrugada quando Ema vai embora. Me jogo no sofá sabendo que esta todo mundo dormindo. Vejo um porta retrato com a foto da minha mae. Sei que vai tirar dali. Nem sei porque ainda esta.
- mae voce pode me dizer oq fazer agora? Eu sei que to virada numa chorona e que não to sabendo lidar com um momento um pouco dificil. Eu só queria que você me falasse oque fazer.
-talvez ir dormir? - ouço e levanto o rosto rapidamente vendo Mauro vir em minha direção.
-as vezes falar com ela me ajuda.
-eu sei. -ele senta no mesmo sofa que eu- Você pode conversar comigo se quiser. -sua mao para em minha perna. Seu polegar faz carinho na minha coxa. Não sei se é realmente algo reconfortante mas é bom.
-não posso falar dos meus problemas para o maior causador deles.
-eu sou seu problema?
-você desgraça minha cabeça, então eu acho que sim. -ele faz uma carinha triste e eu sinto vontade de o chutar para desfazer ela.
-eu conversei com o Tom.
-eu espero que você nao tenha o mandado embora.
-obvio que nao. Eu perguntei oque ele queria de você.  -eu bufo.
-isso não é assunto seu. Ja te disse.
-claro que é. Mexeu com vc mexeu cmg.
-eu n preciso que vc me defenda.
-eu tenho que garantir que voce esta bem Morena, ve se isso entra ai nessa cabeça oca e nesse coração de gelo. Eu também nao queria isso. Se eu soubesse que tu ia mexer tanto comigo eu n deixaria a gente se envolver a esse ponto. Mas tu acha que eu planejei? -ele faz uma pausa de um segundo pra poder respirar. - foi sem querer, eu me deixei levar, eu me perdi nos teus sorrisos ,nas tuas curvas e no teu olhar e agora eu só me acho em ti. É foda pra mim também saber que eu sou o culpado de talvez destruir essa familia. Acha que eu queria isso? Obvio que não. E eu também não sei oque fazer. Porque eu te quero, e mesmo sendo minha pior escolha eu ainda esconho você. Me para ou fica comigo. A decisão é sua. -ele acaba e seus olhos me mostram a intensidade de suas palavras. Eu abro a boca varias vezes pra falar. Sinto seu olhar se perder. Ele levanta-acho que voce precisa de um tempo. -ele se vira pra ir embora e eu sinto que ele ainda esta esperando que eu diga algo que eu não digo. Entao o vejo ir embora. Essa noite com certeza eu não durmo.

Nas tuas curvas Onde histórias criam vida. Descubra agora