cap 19

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Abro meus olhos devagar. Acordar no sabado é sempre complicado. Sinto um movimento na cama e um braço envolvendo minha cintura. Mauro. Esqueci que ele tinha dormido aqui. Ele parece ainda estar dormindo sinto sua respiração no meu ombro. Tenho que concordar que não quero sair daqui. Vejo meu celular em cima do bide e o pego para ver que horas são. 13:30.
O mesmo momento recebo uma mensagem de Sara.

S: oi mona, precisa de ajuda? Eu posso ir ai.

Isso claramente não seria uma boa ideia nas nossas circunstâncias. Respondo Sara.

M: Não, ta tudo sob controle por enquanto. Qualquer coisa aviso. Obrigada.

Largo o celular de volta e sinto Mauro se mover na cama. Fico quieta pra não o acordar mas parece que não adianta. Sinto ele puxar minha cintura para mais perto e deixar um beijo no meu ombro.
-bom dia. - ele fala baixinho.
-bom dia. - eu respondo sem virar para ele.
-esta tudo bem? - ele fala se apoiando sob o cotovelo para me ver.
-Esta sim. - digo virando para ele.
-Você ta estranha.- ele diz e então parece se tocar de algo. - ah, sou eu
-não! - digo rapido e depois respiro fundo. Sento na cama e viro de frente pra ele. - eu não to estranha. - eu disse ele faz uma careta como se fosse obvio que eu tava mentindo.
-é a primeira vez que você não foge de mim. Pelo menos até agora. - ele diz
-não tem como fugir eu to na minha casa - eu digo e ele me olha confuso
-é minha deixa pra ir embora? - ele pergunta.
-não, não. - eu digo deitando de novo. Solto o ar dos pulmões - a gente pode não ter essa conversa agora? - pergunto e ele parece pensar um segundo.
-Tudo bem. - ele diz e entao me surpreende com um selinho. - você ainda me deve aquele café- ele diz e eu concordo.
-eu vou tonar um banho. Você podia fazer o café- eu digo mas soa mais como uma pergunta. Ele sorri e asente. - ok eu vou levar esse lençol. - digo me enrrolando nele e saindo da cama.
-não tem nada ai que eu não conheça. - ele diz.
-Não vou te dar o prazer de ficar analisando. - digo entrando no banheiro.
Jogo o lençol no chão e abro o chuveiro. Então paro em frente ao espelho, descabelada, sorrio, porque eu to feliz? Não quero responder essa pergunta então entro no chuveiro e penso no meu dia estressante enquanto sinto a água quente cair.

Estamos tomando café da manhã e ja são 14hrs.
- que horas é mesmo o jantar?- ele pergunta
-as 21hrs você vai, né?
-claro. Vou falar para alguém abrir a boate por mim. - ele vira o resto do seu café- acho que preciso ir embora agora.
-Não quer ficar? - digo e faço cara de malicia pra o provocar.
-parece bem atrativo. Mas eu preciso de um banho.
-eu tenho um chuveiro.
-colocar a mesma cueca?
-você pode ficar sem. - eu digo e ele arqueia a sobrancelha.
-esta tentando me seduzir?
-ta funcionando?
-talvez - ele diz e então vem ate mim. Ele enfia o rosto no meu pescoço e deposita alguns beijos ali. Então ouço seu celular tocar. Ele bufa e pega do bolso. Ele fica sério. Parece importante.
-Me da um minuto, preciso atender. - ele fala caminhando em direção a sala. Eu vou atrás e encosto no batente da porta. Ele nem me ve. Vai em direção ao banheiro e entra lá. Séria horrivel eu ouvir pela porta né? Droga. Luto para não ir até lá por alguns segundos. Então desisto e caminho em direção ao banheiro. Nem sei porque to fazendo isso. Quando chego perto ouço o barulho da campainha me trazer para a realidade. Respiro fundo e entao vou ate a porta. Abro ela sem pensar duas vezes.
-Pai? - me assusto ao o ver do outro lado.
-Oi filha.- ele diz entrando. - tudo bem? - ele pergunta e eu ainda estou meio sem reação.
-claro. Tudo sob controle.
-Mona, você precisa trocar...- Mauro não acaba a frase quando entra na sala e ve meu pai.
-Mauro? - eu pai o olha sorrindo mas confuso. - oque você ta fazendo aqui?

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