Ficamos abraçados sem dizer nada. Pra mim estava ótimo. Ele resolveu quebrar o silencio.
-Eu cheguei a pouco tempo na verdade. - ele responde a pergunta que eu havia feito a alguns minutos atrás.
-você não falou o dia que ia vir.
-foi um imprevisto. -me afasto dele.
-imprevisto?
-nada demais pode ficar tranquila.
-tudo bem. -resolvi não discutir agora.
-você também não avisou que viria hoje. -ele joga a bola pra mim.
-meu pai insistiu pra eu vir antes - digo
-a gente pode aproveitar essa coincidência- ele diz e vejo suas covinhas me darem oi. Ele se aproxima e pega em minha cintura. Me puxando para mais perto. Eu sorrio. Ele beija meu pescoço e eu fecho os olhos sorrindo. Ele morde minha orelha e eu abro os olhos, meu corpo gela e eu empurro Mauro. Tom estava parado no corredor nos olhando. Droga, acho que esqueci da porta aberta. Sinto o olhar de Mauro ir de mim para a porta.
-Tom? - ele fala ao perceber que estavamos sendo observados. Tom coça a nuca evidentemente com vergonha.
-Eu só queria... Hã... Nada. Desculpa atrapalhar - ele diz e eu estou com os olhos arregalados. Ele vira e vai em direção ao quarto dele de novo.
-que porra é essa? - Mauro fala e eu o ignoro.
-droga- digo baixinho e Vou em direção a porta mas Mauro pega no meu braço.
-Depois a gente conversa Mauro.
-Por que ele ta aqui?
-porque eu convidei!-puxo meu braço e corro atras de Tom. Entro no seu quarto e fecho a porta.
-eu não vi nada. - ele diz. Entrando no banheiro
-eu e ele não temos nada.
-não precisa se defender pra mim. Nós também não temos nada. -ele grita de la.
-Eu sei, mas eu te convidei e te deixei em uma situação constrangedora.
-Agora eu entendi porque o teu irmão me odeia. - ele saindo e me olhando.
-Ele não te odeia. E se te odeia ele não tem motivos. -ele entra de volta para o banheiro. -Tom pelo amor de Deus não inventa de ir embora.
-Eu não vou embora por causa disso. Como eu já disse...- ele coloca a cabeça pra fora do banheiro me olhando- eu não vi nada. - fico aliviada por ele dizer que não vai. -a gente é amigo Morena. Óbvio que eu tava afim de você...- ele sai de novo do banheiro agora vindo em minha direção. -mas se você não me quer, paciencia. Isso não nos faz menos amigos.
-promete que você não vai mudar de ideia?
-não!- ele diz serio. Eu arregalo os olhos. Ele ri. - Não prometo que não vou mudar de ideia, mas prometo não te abandonar. - ele segura meu rosto entre suas mãos e beija minha testa. Eu o abraço e ele retribui.
-na verdade tem uma coisa que eu prometo- ele fala baixinho.
-oque?
-que se ele te machucar, é um cara morto. - o frio corre pela espinha. Eu o abraço mais forte.
Ficamos um bom tempo juntos até eu decidir ir para o meu quarto. No outro dia de manhã eu levanto para tomar café cedo. Bato na porta do quarto de Tom antes de descer as escadas.
-Acorda preguiça! - grito e ouço ele resmungar antes de abrir a porta.
-Vai dormir caralho, são 10hrs! -eu dou risada.
-a gente vai tomar café.
-Você vai, eu vou dormir. - ele fala e se joga de volta na cama.
-Nem fudendo! Você vai comigo. - eu puxo seus coberta.
-não vou mesmo! - ele diz puxando de volta. Eu desisto.
-quero você lindo, bem humorado e acordado em 20 minutos lá embaixo. - digo e o vejo revirar os olhos.- digo saindo do quarto quando bato a porta o ouço gritar.
-vai sonhando.
Desço as escadas rindo e vou em direção a cozinha. Onde vejo Maria, cozinheira e a pessoa que eu mais amor nessa casa depois do meu pai. Ela é minha maezona. Me ensinou muita coisa que hoje faz parte da mulher que eu sou. Tapo os olhos de maria por trás.
-adivinha quem é- digo e ela poe a mão na boca.
-Morena? - ela diz e eu destapo seus olhos. Ela me olha e seus olhos se enxem de lagrimas. Ela me abraça forte -meu Deus que saudades eu estava de você. - ela se afasta para me olhar - você ta tao linda.
-Ah Maria também senti muito sua falta.
-Senta aqui que eu vou te servir cafe e panquecas. - ela sabe que eu amo panquecas e sempre faz as melhores.
Ficamos um bom tempo colocando a fofoca em dia.
-Bom dia, Maria - ouço uma voz vinda atras de mim que obviamente era de Mauro.
-Bom dia Bonitao- ela diz e ele fica envergonhado. Que intimidade é essa? Não sabia que eles já se conheciam.
-Bom dia, Morena. - ele diz.
-Bom dia, Bonitao- eu rebato. Maria ri e ele fica com ainda mais vergonha.
-eu também quero panquecas. -ele diz e maria pisca pra ele saindo. -aquilo foi ciumes? - ele me pergunta e eu reviro os olhos.
-Maria é minha. - ele ri.
-que palhaçada foi aquela ontem? E por que voce trouxe ele?
-parece que tem outra pessoa aqui que esta com ciumes. -ele revira os olhos. - eu trouxe ele porque eu quis. Eu gosto dele, nossos pais também, e eu não te devo satisfação. -falo no meu tom normal.
-Eu não gosto dele.
-Você não tem que gostar.
-Ele ta dando encima de você. - ele diz e eu afasto meu prato.
-Me poupe. - digo me levantando da mesa. E subindo as escadas. Ele não vem atrás de mim e eu dou graças a Deus. Vou em direção ao quarto de Tom, entro e tranco a porta, subo na cama de onde ele ainda não saiu, me cubro com as cobertas. Ele vira de frente pra mim.
-Ta tudo bem? - ele pergunta e eu penso por alguns minutos oque devo responder. Então eu simplismente não respondo. O puxo pela nuca e o beijo. Talvez eu me arrependa amargamente mais tarde.
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Nas tuas curvas
RomanceMorena Castle é uma fotografa independente e segura de si. Não é de se desanimar por qualquer coisa e não é apegada a nada. Deixou sua vida no Brasil para estudar no Canada. Enganada pelo destino, se ve irmã de uma de suas transas de uma noite...