Nas tuas curvas

cap 21

    Fiquei meio pensativa o resto da "festa" com tudo isso. Com certeza eu não estava esperando.
    -Hey você ta bem? - volto para a realidade e vejo Tom escorado de lado na parede olhando para mim. Desde a viajem a gente tem conversado mais então somos definitivamente amigos.
    - To sim. Não vi você chegar. - digo olhando para ele. Dou um gole na minha bebida.
    -É você parece bem aérea. - ele diz.
    - Meu pai acabou de me fazer uma surpresa
    - pelo visto ele não e muito bom nisso -eu volto a olhar para o nada.
    - digamos que eu fiquei realmente bem surpresa - eu digo e ele ri. - eai? Aproveitando? - volto a olhar para ele
    -claro. Eu só não tinha tido oportunidadede falar com você mais que um oi ainda.
    - me desculpa. É que eu estou tentando me dividir. - eu digo e ele sorri olhando para baixo
    -eu entendo. Vim implorar um pouquinho de atenção. Da proxima vez eu venho com um sinalizador- ele diz e eu dou risada. Então fico de frente para ele.
    -Prometo te dar mais atenção. - digo levantando a mão em juramento.
    -eu vou cobrar - ele diz tomando sua bebida e eu faço o mesmo. - voce ta linda.
    - ah, obrigada! Você também ta um gato - ele ri e eu também. - olha, vem comigo. Eu vou te apresentar meu pai e sua mais nova amada. - eu digo e ele parece se animar.
    - serio?
    - claro!
     Pego a mão dele o levando pelo meio das pessoas. Até achar meu pai. Vejo ele conversando com Lucas enquanto Eliza parecia estar em altos papos com Sara. Eu fico feliz com a cena. Vou arrastando Tom até lá.
     -Morena, Sara e eu estavamos falando sobre a agência de modelos. Fala para ela que ela precisa fazer o teste. - Eliza logo diz quando eu chego chamando atenção de todos.
     -claro que sim. Eu concordo plenamente.
     - eu acho que você também deveria. - Sara diz e Eliza acente. Então elas parecem notar que estou acompanhada.
     -Sara, você ja conhece mas eu queria apresentar para vocês o Tom, meu colega. Ele é o reporter da revista. - eu digo e ele fica com um pouco de vergonha. Meu pai é o primeiro a estender a mão para ele.
     - esse é meu pai - eu digo
     -prazer, George - eu pai se apresenta.
     - essa é Eliza- eu digo. E eu mesma fico com um pouco de vergonha por não saber bem como apresentar ela.
     - e esse é o Lucas namorado da Sara que você ja conheçe - eu digo e eles se compeimentam. Então eu vejo Eliza sussurrar "gatão" para mim e dou risada.
    - quantos anos você tem Tom? - Eliza não perde tempo.
    - Vinte e quatro- ele fala ainda meio timido.
    - Tom ta lá desde antes de eu entrar e a gente só foi se aproximar nessa ultima viajem - eu conto tentando desenvolver um papo.
    - voce foi tambem? - Eliza se anima. - LA é maravilhoso. Oque você achou?
     - foi uma das minhas melhores viagens mesmo a gente não conseguindo sair muito alem do trabalho. - ele diz e eu concordo.
      Digo que vou pegar uma bebida e saio em direção ao barman. Pego um coquetel e volto para onde eles estão conversando animadamente.
     -Então, vocês estão namorando? - meu pai pergunta me assustando. Acho que arregalei os olhos de um jeito que eles quase soltaram para fora. Tom fica meio timido principam.ente com a minha reação.
      -Não, a gente é só amigos - ele fala.
      - é na verdade a gente nem conversava tanto antes. - eu digo. Sinto o clima meio tenso.
      - eu apoio.
      -Pai! - eu o repreendo e ele ri. Tom fica ainda mais timido. - desculpa por isso Tom, meu pai não se controla. - eu digo e eles riem.
      -Mas vocês fazem um belo casal. - Eliza diz.
      -Eu também apoio. - Sara se mete.
      - Eu também. - tom diz e todos me olham.
      - gente eu odeio vocês. - eu digo e todos riem. Então sinto uma mão na minha cintura por trás e não demora muito para Mauro falar.
      -Pessoal, desculpa, mas eu vou roubar ela um pouquinho de vocês. - ele diz e eles acentem então eu digo que ja volto e vou andando com Mauro pelo salão.
      - oque houve?
      - haaam... É... Eu... Eu so queria saber se você quer uma carona pra casa depois.  - ele diz e eu faço uma cara confusa.
      - eu aceito. Era só isso? - eu pergunto e ele acente. - você ta bem? - ele acente de novo. - você já quer ir?
     - Não, eu te espero. Ta tudo bem. - ele diz e eu sinto que não esta não.
     -você não quer ir conversar com nós? - eu digo pegando a mão dele para o levar mas ele me puxa de volta.
     - na verdade eu acho que vou tomar um ar lá fora. - ele diz e eu começo me preocupar.
     - quer que eu va junto?
    - não. Me avisa quando quiser ir.
     -Tudo bem. Se você for antes me avisa. -eu digo e ele faz que sim. Então eu fico alguns segundos o olhando. Então respiro fundo e dou as costas para ele. 
      As ultimas pessoas já estavam indo embora. Eu me despeço de Sara, Lucas e de Tom. Ele ate me ofereceu carona mas eu disse que ia embora com Mauro. Na verdade fazia 1 hr que eu não o via. Perguntei para Eliza onde ele estava e ela tambem nao sabia. Então o vejo encostado em uma parede com um copo na mão. Me aproxima dele.
       -Hey, pra quem não bebia... - digo apontando para o copo.
       - é só água. - ele diz me oferecendo e eu recuso. - você quer ir?
      - sim, está na hora. - eu digo e ele confirma. Eram 4hrs da manhã já.

      Vamos em direção ao carro e o trageto todo é silencioso. Quando chegamos no predio eu respiro fundo.
     -Entra ai. Você não vai para casa. - eu digo.
     -Eu não posso ficar hoje. - ele diz.
     - você nao vai para casa. Você não ta bem. - eu digo
     - eu to bem. - ele fala meio irritado. Ele passou de triste para raivoso e eu não sei oque ta acontecendo.
     - otimo. Eu não vou sair desse carro sem você. Ou você sobe comigo ou eu vou embora com você. - eu digo e cruzo os braços. Ele bufa.
      - ta bom. Mas eu vou embora depois - ele diz e eu faço que sim mas sei que não. Ele sobe comigo e eu faço ele entrar.
      -Vou fazer um café pra nós.
      -Você nem sabe fazer café-  ele diz e eu reviro os olhos.
      - otimo, então vai ser chocolate quente mesmo- eu digo e ele ri. Então eu coloco tudo na leitera e depois no fogo.
     Ele estava sentado na cadeira e apoiando com os braços no balcão. Nem percebo quando ele levanta e vem até mim. Então me abraça por trás e não fala nada. Enfia o rosto no meu pescoço e respira fundo. Eu viro de frente para ele. Seus olhos vidrados nos meus, profundos, parece meio perdido. Eu toco seu rosto e ele fecha os olhos. Eu me aproximo e toco nossos lábios devagar. Um beijo lento, com carinho, sem cobrança, não era desesperado na verdade era como se a gente tivesse todo tempo do mundo. Ele para o beijo e respira fundo. Ainda de olhos fechados. Eu abro os meus para o observar. Ele parece mais relaxado. Ele abre os olhos. Meu coração aperta. Eu me viro de novo para o fogão e ele se afasta.
     Eu acabo de fazer o chocolate, desligo o fogão e dou para ele tomar enquanto tomo banho. Quando saio do banheiro ele não ta mais lá. Nenhum vestígio dele.