cap 20

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-Oi George, Sara está sem carro e me pediu uma carona pra ir no mercado. - Mauro inventa.
-Ah claro.
-e você papai, que estava falando?
-bom eu só vim passar pra te ver e dizer que esta tudo ok - ele disse e eu sorri
-Obrigado pai. Sabe que não é nada demais né? 
-estou ciente. Você me avisou varias vezes. Mas como eu disse é por minha conta. - ele vem até mim e beija minha testa. - bom não quero atrapalhar vocês. Eu vou indo Eliza está me esperando. - ele comprimenta Mauro. Entao eu vou com ele ate a porta - ate mais tarde
-ate pai. -eu fecho a porta e olho para Mauro.
-Isso foi esquisito- ele diz.
-é exatamente por isso que eu fujo de você de manhã. - eu digo e ele quase ri. - eai, esta tudo bem? - eu pergunto e ele parece confuso então eu aponto pro celular em sua mão.
-ah, sim. Foi só uma ligação importante. - ele diz como se não fosse nada demais. -hãm acho melhor eu ir. A gente se ve mais tarde - ele diz e caminha até mim. Então ele segura minha nuca e me da um selinho. Eu não consigo processar. Parece algo tão involuntario. Ele se afasta e aponta para a porta meio sem jeito deixando claro que esta indo.
-ate mais - eu digo e ele vai em direção a porta
-ate - ele responde e então sai. Eu fico ali com cara de bunda. Não imaginei que isso iria tão longe.

     Sara me obrigou a comprar um vestido mesmo eu dizendo para ela que não seria um jantar chique. Então eu peguei um preto simples longo com uma fenda na perna. Meu pai organizou a festa então tinha mais gente que eu queria na verdade. Algumas pessoas eu nem conhecia. Vejo Eliza vir em minha direção sorrindo e faço o mesmo.
-Oi, morena - ela me comprimenta com um abraço. Ainda não me acostumei com isso.
-Oi Eliza, como vai?
-Otima. Oque está achando da festa? - ela pergunta observando o salão.
-movimentada. - eu digo e ela ri.
-Falei pro seu pai convidar menos pessoas mas ele insistiu que todos eram importantes - ela diz bebendo um gole de seu champanhe. Então um garçom oferece uma taça pra mim também. Eu aceito.
-Meu pai é um homem muito social. Pra falar a verdade - digo olhando para ela agora- eu nem conheço todas essas pessoas. - ela ri.
-Eu ja imaginava. A proposito você ta linda - ela diz me observando
-Obrigada. Sara me ajudou a escolher, ela tem um otimo gosto, você devia conhecer ela. - ela parece interessada
-Quem sabe você pode me apresentar ela mais tarde - ela diz e bebe mais um gole.
-Claro. Ela vai adorar te conhecer.
-estou vendo que o papo está bom - Mauro diz chegando por trás de sua mãe. Ele da um beijo em sua bochecha.
-Oi meu filho. - ela diz virando para o olhar. Então ela da um abraço nele. Ele me olha e eu sorrio envergonhada.- George estava te procurando - ele diz para ela
-serio? Vou falar com ele. Da um jeito nela, não esta muito animada. - Eliza fala com tom de brincadeira antes de sair. 
-Eai, oque ta achando da festa? - ele me pergunta.
-Parece um jantar de negócios. - eu digo e ele ri.
- pelo que me lembro você não é uma mulher de negocios - ele diz eu bebo um gole do meu champanhe.
-não mesmo. Mas a bebida ta boa.
-por favor não fique bebada.
-vou fazer o meu melhor.
-queria falar sobre hoje mais cedo - ele diz e meu coração dispara.
-Mauro, deixa isso pra lá.
-Eu acho importante.
-é minha festa, eu tenho que achar as coisas importantes - digo e ele revira os olhos então eu pego uma bebida da bandeija de um dos garçons - eu acho importante que você relaxe. - digo entregando a ele. Ele me olha e tenta recuar mas eu o encorajo com o olhar então ele pega.
-voce sabe que eu não sou fã de bebida - ele diz
-hoje é especial - eu digo brindando. Então vejo Sara e Lucas entrarem no salão. Logo me animo e aceno para ela que puxa Lucas até nós.
-Amiga- ela diz me abraçando- esta tudo incrivel.
-Achei que não era nada demais - Lucas fala quando abraço ele
-eu sei meu pai exagera. - eu digo. Mauro também os comprimenta.
-Então, achei que Emma viria - Sara diz.
-Eu queria muito. Mas o irmão dela teve que fazer uma cirurgia. - eu digo meio triste.
-Ah manda melhoras
-claro.
-boa noite - meu pai diz se aproximando agora com Eliza.
-pai, Eliza, deixa eu apresentar para vocês. Essa é Sara, minha amiga e colega de trabalho.
-Prazer.- ela diz os comprimentando.
-Esse é Lucas, amigo meu e do Mauro e namorado da Sara. - eu digo e ele comprimenta meu pai então da um abraço em Eliza.
-Esse eu ja conheço.- ela se explica e sorrimos.
-Esse vocês já conhecem - eu digo revirando os olhos em tom de brincadeira e apontando para o Mauro.
-É um prazer conhecer vocês, com certeza a gente vai voltar a nos falarmos eu só preciso de Morena por alguns minutos. - ele diz e eu fico meio confusa. - você pode vir comigo?
-claro.- digo. - ja volto. - sussurro para eles e sigo meu pai pelo salão.
-Morena, Eu quero que conheça alguém especial. - ele diz andando ao meu lado. Então ele chega numa roda de homens que eu não conheço.
-George, como vai? - um homem de barba e um sorriso maravilhoso comprimenta meu pai. Ele aparenta ter uns 27 anos. Seus olhos se encontram com os meus e eu mantenho a postura.
-Vou bem. Como está a noite?
-agradavel. - ele diz olhando para meu pai novamente.
-Essa é minha filha, Morena. -eu pai diz e então eu estendo a mão para o comprimentar. Ele retribui e sorri para mim.
-é um prazer conhecer você.
-o prazer é meu - digo e abro um sorriso também.
-Morena, esse é Aspen. Aspen é responsável pela empresa que vamos abrir aqui no Canada. Empresa que você vai tomar conta. -Ele diz e eu o olho na mesma hora chocada.
-Como assim? - eu juro que não estou entendendo nada. Meu pai é dono de uma rede de lojas.
-Seu pai resolveu abrir uma filial aqui no canada que você comandaria.- Aspen tenta explicar
- ja faz tempo que eu queria expandir o negócio. Mas não tenho condições de me mudar para cá. Então eu esperei você se formar para chefear.-meu pai continua.
-porque você não falou nada? - eu estou assustada e indignada, mas tento parecer o mais controlada possível.
-queria que estivesse tudo pronto. Espero que você não recuse. - ele diz. Seus olhos brilham.
-Pai, esse negócio é seu. Eu não posso tomar conta.
-Claro que pode. Você deve. É da familia.- ele diz e então eu olho de canto para Aspen e ele entende a mensagem. - ah, Aspen, muito obrigado. Eu te procuro depois.
-Tudo bem. - ele confirma e me olha.
-ate mais. - eu digo e ele asente. Entao eu saio atras de meu pai e vamos para um lugar onde não tenha tantas pessoas.
-Morena, você sempre quis ser dona do seu proprio negocio. Não pode dar para tras. Eu fiz isso para você.
-aceitar isso não e ser dona da minha empresa é comandar a sua. - eu digo e ele bufa.
-Você é minha filha. Oque é meu agora vai ser seu um dia de qualquer forma.
-Não é justo. Eu preciso me virar sozinha. Não quero ganhar nome as custas do seu dinheiro.
-Você não cresceu no luxo, Morena. Mas agora eu posso dividir com você oque eu tenho. Deixa eu fazer isso. - ele parece estar pedindo. Na verdade a empresa sempre foi do meu avo mas cresceu muito mais com meu pai.
-Olha pai, pelo menos me da um tempo pra pensar nisso. - eu digo tentando me acalmar e acalmar ele também. 
-Certo. Eu preciso de uma resposta antes de ficar tudo pronto. - ele diz e eu concordo com a cabeça. - Pensa bem Morena, você é quem eu mais confio para seguir por mim.

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