O Último Riso

21 3 3
                                    

O ultimo riso!

De Felipe para Pippa

Entro em meu carro sorridente, vejo o tumulto se formando ao redor de meu veiculo. Jornalistas gritando e se batendo para conseguir algo de minha boca, balanço a cabeça tocando os ombros de meu motorista particular. — Me leve para a casa!
— Sim Senhor Sergio Moro! — Disse José, meu motorista particular, um homem de meia idade, moreno de braços fortes e um sorriso sofrido no rosto.
Fecho os olhos pensando que finalmente consegui, eu finalmente Lula está na cadeia. Após muitos anos de estudo, mentiras, farsas e propinas pagas aos maiores nomes da justiça brasileira, enfim coloquei aquele homem na cadeia.
— Senhor? Sua esposa está ligando! — Sou despertado pela voz de José. Pego meu celular pessoal vendo o nome de minha esposa no visor.
— Oi meu amor! — Sorriu ao ouvir sua doce voz do outro lado da linha.
— Você foi incrível, vem logo para nosso apartamento. Precisamos comemorar!
— Irei sim, mas antes preciso passar na casa. Tenho que finalizar a aula! — Digo olhando pela janela do carro, que se aproxima do condomínio onde terei minha reunião.
— Tudo bem, te espero mais tarde. Beijos!
— Beijos, eu te amo! — Desligo o telefone ao chegar à guarita da entrada, faço sinal para os seguranças e a passagem é liberada.
José dirige pelas ruas desertas do lugar, parando na ultima casa da ultima rua, onde quase não tem movimentos por todas as casas ainda estarem à venda.
— Espere aqui, não irei demorar! — Desço de meu carro, segurando uma maleta preta com travas digitais. Caminho na calçada da mansão em direção a porta e toco a campainha vendo a mesma ser aberta
— Senhor Moro, estávamos a sua espera! — Disse o empregado da espaço, abrindo passagem até a sala, onde todos os ministros do julgamento de Lula me olham com sorrisos no rosto.
— Aqui está o grande homem, o cara que conseguiu enganar toda uma nação! — Disse Alexandre de Moraes, me cumprimentando com a mão que não segura à taça com bebida.
— Obrigado, mas vocês também estão de parabéns, todo nosso plano funcionou perfeitamente bem. E eu só tenho a agradecer vocês que conseguiram prender Lula e acima de tudo, colocar o benfeitor contra boa parte do Brasil. Sem a genialidades de todos os senhores envolvidos, nada disso seria possível. Um brinde ao maior golpe que esse Brasil está por ver!
Ergo uma taça brindando com todos os homens e mulheres a minha frente. Todos começam a conversar animados, transito desviando de todos até ver Ministra Carmem Lucia, parada próxima a parede segurando seu celular e sorrindo.
— Parece animada! — Puxo assunto, cumprimentando a mesma.
— Você não faz idéia. O plano foi ótimo, agora é só sentar e observar todo o circo pegar fogo! — Disse a Ministra beijando minha bochecha. — Até mais Moro, preciso ir, tenho compromissos marcados daqui a pouco. Curta a festa por mim!
Vejo aquela mulher fenomenal cruzar a sala, se despedindo de todos com tamanha graciosidade e maestria. Logo sua imagem surge pela porta e caminho na direção dos outros ministros para comemorar.

— Você está tão lindo! — Ouço sua voz sussurrar em meu ouvido, me causando arrepios por todo o corpo. Sorrio mordendo sua orelha.
— E você adora né? Seu safado! — Bato em seu rosto com um sorriso sádico. — Mas, agora é hora de comemorar!
— E sua pobre esposa? Não está te esperando para comemorar? — Pergunto meu amante secreto, um homem forte, tatuado com cara de dominador, do jeito que eu gosto.
— Está em casa cuidando do filho, está onde mulher tem que ta, em casa! — Gargalhamos e selo nossos lábios. — Mas vamos ao que importa e me fode como só você sabe fazer!
— Com prazer! — Ele me segura pela cintura, me jogando contra a parede do quarto de seu apartamento, presente meu. Sua boca desliza bruscamente pelo meu corpo, como um animal sedento por carne. — Geme meu nome Serginho!
— Me fode logo Carlos, me pega de jeito, eu sou todo seu! —Começo a gemer alto enquanto ele rasga minhas roupas e chupa meu membro pulsante. Fecho os olhos sentindo as contrações dos meus nervos com tamanha adrenalina e excitação. Seguro em seu cabelo forçando sua boca engolir todo meu membro. Urro de prazer, respirando ofegante enquanto seus dedos dedilham meu ânus. — Isso! Mais um dedo, mais um!
Sinto minhas pernas serem abertas por aquele homem, logo seu membro pede passagem e sem esperar muito, me penetra a seco, meu jeito favorito. Jogo a cabeça para trás sentindo as pregas se rasgarem para adequar aquele monstro. Porém nossa diversão acaba, quando a porta é arrombada e vários soldados armados adentram o apartamento aos gritos.
Carlos me joga no chão assustado, se afastando o máximo possível e é pego pelos policiais da Policia Federal. Fico de joelhos com as mãos para cima sem entender, quando vejo uma mulher surgir no meio de todos com um papel na mão. Logo ela, Pippa Rivera, Diretora Suprema da 2ª Vara da Policia Federal de Brasília.
— Juiz Sergio Moro, você está preso!
— Não pode ser! — Tomo o papel da mão daquela mulher, vendo as acusações. Não acredito!
— Seu esquema de corrupção foi descoberto, todos seus cúmplices estão nesse momento a caminha da sede da Policia Federal. Não preciso dizer né? Que tudo que você disser, pode ser usado contra você no julgamento.
— Eu preciso me trocar, não posso sair assim! — Digo, desesperado.
— Não, sua mulher está lá em baixo. Disse que se não aparecer o quanto antes, você vai se arrepender. Agentes, levem Sergio e seu amante logo! — O sorriso da vadia mexe com todos meus nervos.
Enrolo-me em um lençol enquanto sou levado pelos agentes. Abaixo minha cabeça pensando tanta coisa ao mesmo tempo em que nem sei ao certo focar em algo e me concentrar. Noto já estarmos do lado de fora, onde um aglomerado grita meu nome, alguns com palavras de ódio. Percebo minha mulher parada sem reação alguma, olhando para Carlos.
Tento me aproximar, mas ela da passos para trás e faz sinal para os homens me levarem para longe. Sou colocado dentro de um camburão e suspiro encostando a cabeça na grade. Perco-me em meus pensamentos até chegar a Policia Federal.

— 8 anos em regime fechado, por todos os motivos citados anteriormente! — A juíza bate o martelo, não me dando chance de rebater. Os policiais me seguram com força e sou arrastado aos gritos pelo lugar.
— Eu vou me vingar de todos vocês! — Grito com sangue nos olhos, vendo todos aqueles que conspiraram ao meu lado, rirem por ultimo. Mas engano eles, um dia eu vou voltar e cada rosto desses será marcado pelas minhas próprias mãos. Anotem!









Amigo Oculto Literário 2Where stories live. Discover now