Capítulo 55

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O amor pode nos tocar uma vez e durar por uma vida inteira.
E nunca nos abandonar até sermos um só.
Amor foi quando te amei, um momento real que eu guardei.
Na minha vida nós sempre continuaremos (...)

Pow Manuela

Eu esperava ansiosamente para aquele celular tocar, eu necessitava que ele tocasse eu precisava ouvir a voz da minha pequena, eu precisava saber e ter certeza que ela estava bem, eu só precisava ouvir a voz dela.

-Você não quer comer nada? - Carla perguntou a mim.

Só estávamos eu e ela em casa, Márcia tinha ido para a casa de Hannah cuidar dela, parece que minha cunhada está muito mal com o desaparecimento de Alícia, e Diego tinha ido até a delegacia conversar com o delegado.

-Não! - Digo alisando a foto de Alícia que estava em minhas mãos.

-Ela sempre gostou de tirar fotos! - Carla fala.

-É, sempre que ela me via com a minha câmera na mão ela pedia para mim tirar uma foto dela! - Digo lembrando dos nossos momentos juntas.

-Ela parece ser uma criança incrível!

-E é! - Digo secando minhas lágrimas.

-Por que você nunca gostou dela? - Pergunto.

Carla dá um longo suspiro e se senta junto comigo no sofá...

-Tudo bem se não quiser falar!

-Não tem problema! - Ela fala.

-Minha mãe era alcoólatra, meu pai eu nunca conheci, desde pequena ou melhor desde que eu me entendo por gente eu via minha mãe bebendo e bebendo sem parar, eu nunca soube oque é ter uma mãe. A mulher que me colocou no mundo perdeu a vida num atropelamento.

-Quando a minha mãe morreu minha tia me pegou para me criar, ela era uma pessoa maravilhosa mais mesmo que ela estivesse por perto faltava o carinho de mãe, quando eu fiz meus 18 anos sai de Londres e vim morar em Nova York. Foi quando eu conheci Diego ele era um homem incrível eu me encantei de primeira, começamos a namorar, noivamos e enfim casamos.

-Ser mãe nunca foi um sonho ou desejo meu afinal eu não sábia nem oque era ter uma mãe, eu tomava injeções, remédios, chás mais infelizmente eu acabei engravidando, quando eu soube que estava grávida eu fiquei desesperada a primeira coisa que eu pensei era que eu ia engordar, que eu ia parece uma porca, que eu ia ficar muito feia.

-Quando eu contei a Diego ele ficou super feliz afinal o sonho dele era ser pai, mais eu não estava feliz e tentei diversas vezes aborta mais nunca conseguia, eu passei a gravidez todinha odiado a criança que crescia dentro de mim, até que ela veio ao mundo eu não sábia como cria - lá eu era muito nova, foi então quando eu comecei a maltratar ela eu descontava nela a raiva que eu tinha da minha mãe. Foi quando Diego não aguentou mais e pediu o divórcio! - Ela termina de contar a história e eu fico em choque.

-Mais você nunca sentiu nem um pouco de amor por Alícia? - Pergunto.

-Eu não faço ideia, eu não sei oque é o amor! Nunca senti nada parecido por ninguém! - Ela fala.

-Eu tenho certeza de que quando você conseguir conhecer de fato Alícia, você vai descobrir oque é o amor! - Digo.

-Assim eu espero! - Ela fala sorrindo.

Diego entra pela porta totalmente atordoado, ele passa por mim e por Carla e sobe para o andar de cima...

-Oque houve com ele? - Carla pergunta.

Somente Uma BabáOnde histórias criam vida. Descubra agora