Prólogo

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  Olá gente, tudo bem? 

Gente esta é a primeira fanfic Jerrie que eu escrevo, comecei ela no Spirit assim como as outras que eu já fiz lá e que passarei a publicar aqui também. Espero que você leiam se gostarem votem muito e comentem para eu saber se estou agradando, obrigada! Vamos a História... ♥

                                                                                                                            Bjs X Bea *.~



                               Hospital St. Mary, Londres. 02 de outubro de 2015, 8:00 Am

    Os olhos se abriram, pela primeira vez após os dois meses em que estiveram fechados. Os cílios se uniram em uma ou duas batidas até que seus olhos se acostumassem com a iluminação do ambiente em que estava. Respirou fundo tentando se recordar do que havia acontecido, mas sua cabeça doía. Tudo ao seu redor era muita claro, teria morrido? Passou a agitar-se na cama, agora lembrava-se de tudo.

   Da viagem, da volta. Do carro, da discussão, ciúmes novamente. A mulher exuberante de seu trabalho que nunca a deixava em paz. Tentou dizer a esposa que não era nada daquilo. E onde estaria, ela? A curva, a batida e por fim a escuridão. Jesy levantou os olhos da revista velha que esteve folheando pelos cinco segundos de agonia da amiga acamada, finalmente percebera a agitação.

- Oh, meu Deus Perrie?- Ela aproximou-se do leito os olhos azuis a reconheceram assustados e interrogativos.

- Jéssica! O que esta havendo? Onde eu estou?!- Perrie sentou-se na cama puxando alguns fios do aparelho consigo, pôs a mão na cabeça sentido novamente a persistente dor aguda.- Ai!

- Perrie, acalme-se e me escute. Pare de se mexer ainda está fraca, cuidado com os fios. Chamarei a médica.

- Jéssica!

   Perrie agarrou o braço da amiga, Jesy tinha uma expressão vazia e triste, seus olhos, pareciam fundos e tinha grandes olheiras, ela parecia não dormir a muito tempo.

- Diga-me o que houve. E Leigh, Claire, onde estão?

- Perrie...

- Onde elas estão?! – Perrie gritou suplicante, os olhos de Jesy pareciam menores, vazios. A morena tinha uma postura evaziva.

- Escute. Você precisa se acalmar, ok?

    Um homem negro e alto entrou na sala, com dois copos de café em mãos. Perrie logo reconheceu Logan, namorado de Jesy que parecia estar feliz e ao mesmo tempo surpreso ao vê-la. Trocou olhares rápidos com a namorada que apenas lhe disse que chamasse o médico responsável, ele prontamente atendeu saindo da sala.

    Jéssica voltou a encarar a amiga, agora seu olhar parecia mais terno, apesar de tenso, ela se aproximou da loira envolvendo-a em um abraço e começou a chorar, um choro contido e soluçado. Perrie sentiu a respiração da amiga contra sua nuca, a medida que esta se embrenhava mais dentro de seus cabelos loiros, que agora permaneciam meio presos a uma trança folgada.

- Eu sinto muito. Achei que te perderia para sempre.- Jesy desabou.- Leigh, perdeu o controle do carro numa curva, uma camionete vinha em sentido contrário e, houve...um acidente.

Perrie apertou o corpo da amiga contra o seu, afundando-se em seu ombro.

- Pois é, vocês foram socorridas pelo motorista da camionete que graças a Deus não se feriu. Ele ouviu o choro de claire na poltrona de segurança e a resgatou antes que o socorro chegasse de vez.

   Perrie rompeu em um choro alto e interrupto, Jesy se afastou tentando encara-la, mas Perrie apenas segurou o rosto cravando as unhas entre os cabelos, em um choro desesperado, apenas tentando tirar a dolorosa pergunta da garganta.

- Onde ela está?

- Vocês duas foram trazidas pra cá, e permaneceram em coma. Leigh ficou na UTI. - Jesy abaixou a cabeça, e pôs a mão sobre a boca tentando conter o tremor.- Após cinco dias, os médicos tentaram salvá-la...mas, depois que a morte cerebral foi confirmada...ela não resistiu, Pezz. Eu sinto muito.

- Não res-sistiu, isso quer dizer...não. Não, Jéssica! Não! – Perrie debateu-se contra o peito da amiga desesperada.

   Logan entrou no quarto acompanhado, de um médico e um enfermeiro, que a separaram a paciente da acompanhante. Perrie estava inquieta e agressiva, e teve quer sedada.

    O líquido branco, escorreu entre os tubos ligados aos braços, da jovem, que estava presa a cama sendo contida pelo enfermeiro, sua iris azul estremeceu ao ritmo de seus pés, que foram parando lentamente, as pálpebras se fechando, vagarosamente desfocando a imagem da amiga que abraçada ao namorado parecia repetir, "sinto muito".





                           Brighton, Sul da Inglaterra 02 de outubro de 2016, 20:00 PM

     Jade inclinou-se para frente, prendendo o ar em seus pulmões, enquanto agradecia pela dádiva de estar ali com a família comemorando aquele dia, seu segundo nascimento. O sopro forte e certeiro, apagou as chamas da vela, e as palmas ressoaram pela cozinha.

    Norma, sua mãe, já tinha os olhos nadando em um véu fino de lágrimas, e sorria orgulhosa em ver a filha, saudável e feliz diante de seus olhos, era como parir de novo, sem as dores. Jade cortou uma fatia e olhou com carinho para a mãe.

- Não comece mamãe, ou vou chorar também!

    Ela afastou as mangas do terno, veio direto do tribunal e não havia tido tempo para trocar, e abraçou a mãe com toda a força que seus finos braços conseguiam. Aquele momento era de despedida para ambas, já que Jade partiria no dia seguinte para Londres.

- Eu não poderia deixar de me emocionar, filha estou tão feliz por você! Tão orgulhosa. Esse dia é triplamente especial.

- Sua mãe tem razão, são tantos motivos para comemorar e agradecer, sentirei sua falta.- Seu pai, James, falou sorrindo tentando conter-se.

- Também sentirei sua falta. De vocês dois, mas vamos parar com o drama gente! Até parece que vou morar do outro lado do mundo Londres, é aqui pertinho.

- Quando quiser dar um pulinho até aqui, o colo da mamãe estará sempre disponível.- Foi a vez de Jade chorar, sua mãe sempre esteve ao lado dela e saber, que continuava ali a fazia sentir-se muito protegida.

- Ok, ok. Chega gente! Alegria! Afinal hoje é o dia em que comemoramos o inicio das três vidas da minha irmã, não é pra qualquer um este feito.- karl gritou com uma garrafa de champagne nas mãos

- Ele tem razão um viva, a nossa princesinha! A melhor advogada que esta Londres vai conhecer!

    A família thirlwall, ergueu as taças para o alto, as risadas uniram-se, algumas fotos e selfies, o abraço do irmão e um beijo de boa noite na testa encerraram a noite. Afinal Jade precisava se recolher, na manhã seguinte faria a viagem de sua vida. Finalmente passara na prova, e fora promovida para advogar no maior tribunal de Londres.

   Jade retirou o blazer e a camisa social que usava, em seguida afrouxou o cinto e retirou a calça, dirigindo-se ao guarda- roupa vazio. Todos os pertences já estavam nas malas, o que diga-se de passagem tinha dado o maior dos trabalhos para fechar.

    Abriu a porta e apanhando uma camisola fina, observou-a atentamente, acariciou as rendas da barra, aproximando o tecido do nariz, inalou profundamente. O cheiro de algodão e anestésicos a base de éter invadiram sua cabeça, remexendo memórias que há alguns anos atrás a angustiaria, lembranças dos dias em que esteve frequentando os corredores daquele hospital.

    A peça não era mais a lembrança dos dias ruins. Era um pedaço do dia em que recebeu a melhor notícia de sua vida, a de que alguém em algum lugar lhe dera a chance de continuar viva, de sentir seu pulso novamente. Respirou fundo e inclinou a cabeça para trás, secando o rosto com os dedos, em seguida tirou o sutiã e passou a camisola pela cabeça, o decote permitia ver ainda um pedaço pequeno da cicatriz.Jade andou até sua cama e ajoelhou sob os pés da mesma, fez o sinal da cruz sobre a face e pôs-se a rezar, como sempre fazia, ao terminar deitou-se e logo adormeceu.





E então? O que acharam, votem e comentem! Beijos! ♥

I'm not her - JerrieWhere stories live. Discover now