Ainda estão aqui? Ótimo!!!! ♥
Londres, abril de 2011, 18:00 Pm
Girou a chave com dificuldade, travando uma pequena batalha com a fechadura, nervosa xingou baixo, amaldiçoando porta, chave e companhia. Olhou desconfiada ao redor para garantir que não tivesse sido ouvida, na parede acima da escadas, o grande cartaz dizia "Cinco dólares por palavrão.", o hábito lhe saíra caro, quase um terço do salário jazia naquele pote, mas valeria a pena, assim que Deus abençoasse estaria viajando para um lugar bacana com a esposa, e um novo integrante na família.
Apesar das tentativas falhas, persistir parecia um vício, nunca acreditara em bobagens como pensamento positivo, a bem da verdade antes de Leigh-Anne não acreditava em nada. Vencida a batalha na entrada, seguiu em frente jogando a bolsa desajeitadamente no sofá, já contando com o sermão que receberia da esposa que até aquele momento, estranhamente não havia dado sinal de vida, talvez não tivesse ouvido ela chegar, ou não estivesse em casa.
Subiu as escadas lentamente, sem chama-lá afim de surpreende-la caso estivesse em casa. No quarto identificou a figura morena sentada na cama, curvada sobre um objeto branco e pequeno em suas mãos, objeto este recorrente em suas rotinas atualmente, o teste tremia sutilmente com o segurar tímido, Perrie avançou mais alguns passos e se sentou na cama.
Avançou alguns passos, sentando-se a sua frente na cama, a morena levantou o rosto, sua expressão era de susto, os olhos úmidos suplicavam atenção como se precisassem ser encarado pelas íris azuis amadas, a face trazia em si impressas marcas de lágrimas passageiras, como costumam ser a chuvas de verão que parecem vir só para deixar o tempo morno e cheirando a terra molhada. Também feito de terra molhada o corpo da morena, estremecia.
Internamente Perrie desejava que os arrepios em sua pele se deve-se ao ar condicionado do quarto, mas sabia que aquela reação corporal, era tão somente provocada pelo medo de que aquele fosse outro choro de luto, e que a esposa tivesse sido vítima de outro aborto espontâneo, já haviam passado por quatro em cinco meses, e não precisavam de um quinto, não precisava ver a mulher que amava chorar por não poder portar em seu ventre uma outra vida.
Os olhos se apertaram, e rugas exibiam-se em seus cantos, rugas de alegria, o sorriso largo se abriu e como se os dentes brancos pudessem pular da boca ela sorriu. A companheira, contagiada, pôs-se a sorrir também, o tempo se congelou, e em câmera lenta os lábios pronunciaram:
- Estou grávida!
...
Perrie despertou em sua sala de estar. Endireitou-se, e um estralo foi ouvido, o sofá definitivamente não fora feito para cochilos, seu pescoço que o diga. Levantou-se equilibrando a taça de vinho tinto, quente e pela metade, sorveu o líquido e franziu as sobrancelhas, amargo. Se pudesse também provar de sua vida este seria o gosto, seguiu seu percurso pela casa, e parou ao pisar em uma girafa de pelúcia, assustada com o "I love you" da voz eletrônica, Claire.
Precisava dormir. No corredor, fez uma parada no quarto da filha, A porta entreaberta, produzia um feixo de luz, que iluminava o rostinho infantil, abraçada com sua boneca de pano, de cabelos desengonçados depois do rolê dado com ravi pela casa, Perrie sorriu com a lembrança, soprou um beijo a filha adormecida e fechou a porta.
Já em sua cama, ajeitou os travesseiros para que estes preenche-se o lado esquerdo vazio, hábito adquirido desde a partida de Leigh-Anne, quando fechava os olhos, imaginação e sonho se fundiam, confundindo o algodão com o tato da pele humana, e pelas horas em que os olhos se fechavam, ela não estava mais tão só.
Jesy releu as informações dispostas no currículo de sua substituta, que agora encontrava-se também na função de pupila. Tirou o papel da vista, e passou a reencarar a figura a sua frente, a moça a olhava com um sorriso solícito e confiante, confiança também tinha nos olhos grandes, de pupilas acentuadamente marrons, a advogada não costumava prestar atenção em mulheres, especialmente quando sua única incumbência era endossar-lhe que ocupasse seu cargo. Deveria considerar-lhe até mesmo abaixo de si, uma novata começando, mas seu estilo vitoriano nerd, era muito convidativo a amizades.
- Jade, não é?
- Exato. Jade thirlwall, um prazer conhece-la, acompanhei alguns casos de sua carreira, impressionantes.
- Obrigado, mas falando desta maneira pareço muito mais velha que você, melhor tratarmo-nos mais informalmente. A propósito estou apaixonada por este blaser.
- Oh, muito obrigada sou um pouco obececada pela moda vitoriana.
- Estou vendo, também tenho muito apreço, mas é tão difícil encontrar boas lojas em londres.
- Ainda não tenho conhecimento de como anda o mercado vitoriano aqui, comprei em minha cidade natal, mas assim que tiver novidades posso avisar, caso ainda tenha interesse.
- Ótimo, assim podemos até nos conhecer melhor, uma amizade no meio profissional sempre é bem vinda. Aqui em seu curricúlo diz que você se formou a alguns anos, mas só advocacia a dois. Por que esperar tanto tempo para iniciar a carreira?
- Eu sempre quis ser advogada, me dediquei muito, mas assim que me formei tive um problema sério e precisei de um transplante.
- Oh, sinto muito, desculpe a intromissão, mas que orgão seria?
- O coração. Fui acometida de uma fraqueza repentina, meu orgão era incapaz de bombear o sangue. Fiquei um ano vegetando, e na noite que pedi...- Jade abaixou a cabeça, e com os dedos cercou as lágrimas, que pontuavam os olhos. – Desculpe.
- Tudo bem. Sei que é dificil, não precisa me contar se quiser.
Jade maneou a cabeça agradeçendo a compreensão da entrevistadora em seguida sorriu.
- Então, vamos lá. Estou sendo promovida para trabalhar no maior tribunal de Londres, o que é um sonho a tempos sonho com esta promoção, e bom você foi desiguinada para ocupar o meu cargo aqui. O que é um ótimo trabalho também, é um honra trabalhar aqui somos correspondentes diretos que une a policia ao tribunal superior.
- Sim, eu sei. É uma honra imensa ser escolhida para substituí-la.
- E tenho certeza que fará maravilhosamente bem, somente dois anos de experiência transferida de outra cidade, tem noção de quantas pessoas queriam estar no seu lugar? Deste destrito e até mesmo aqui dentro ocupando funções menores, se foi você a escolhida teve uma razão, seu currículo não mente. Foi até condecorada, funcionária pública do ano em sua cidade com treze causas ganhas, impressionante.
- Eu me dedico a tudo o que faço, resolver e acabar com as injustiças provocadas a pessoas inocentes têm sido meu combústivel nestes anos.
- É lindo ver o seu intusiasmo! Lindo, mesmo, mas quero que saiba que não será nada fácil. É bom que esteja preparada. Londres é diferente de Brighton. Aqui é briga de cachorro grande.
- Estou pronta e disposta a encarar tudo!
- Assim que se fala! Será um prazer, ensinar a você tudo o que eu sei! – Jesy levantou-se estendendo a mão a jade que a cumprimentou – Seja bem-vinda, a Londres! Agora venha comigo, vou mostrar as instalações do Prédio.
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I'm not her - Jerrie
RomanceE se você estivesse vivendo a melhor fase de sua vida, e no fim de um dia tudo acabasse? Em um abrir e fechar de olhos, a vida de quem você mais ama se esvai-se? Perrie Edwards estava no auge do sucesso, na carreira e no amor. Prestes a tornar-se J...