Meu pai chegou e eu me despedi de Lucas e entrei.
Me sentei fingindo estar cansada para meu pai não me encher de perguntas.
Chegando em casa agradeci ao meu pai e subi para o meu quarto, tomei um banho, coloquei meu pijama de unicórnios e deitei.
Tentava fechar meus olhos e lutar contra as lembranças daqueles beijos, mas era mais forte do que eu, fico tentando evitar esse pensamento, mas eu não consigo tenho que admitir eu ainda o amo, tentei evitar ao máximo e me negar a admitir, mas é a verdade, meu coração ainda bate forte por ele, meu corpo ainda se excita quando está perto dele, mas não posso, não posso, não podemos e desabo a chorar.
Lembranças invadem minha mente:
Flashback on:
Miguel e eu estamos juntos abraçados e rindo no jardim que fica um pouco afastado de sua casa, quando ouvimos alguém se aproximar:
Nos viramos e vimos sua mãe:
- Achei os pombinhos! – Ela disse de forma sarcástica, não gostei muito de seu tom e de súbito me afastei dele, ele estranha minha atitude, mas pareço sentir que vai dar merda, então me mantenho um pouco longe.
- Miguel, quantas vezes tenho que dizer que está na hora de você aceitar seu futuro e procurar pessoas que sejam de sua classe e não ficar perdendo seu tempo. – Ela me olha com desdém. E sinto meu peito apertar, um bolor se forma em minha garganta e não consigo responder.
- Mamãe já falei para a senhora que sei o que estou fazendo! – Ele tenta se defender e me defender.
- Ah sabe! Mas não é o que parece, é melhor terminar com isso logo, mas já que você não tem coragem de fazer, acho que eu terei que tomar uma atitude, e já que você não me escuta, vim falar diretamente e resolver esse "problema". – Ela fala rispidamente, sério que eu sou um problema? É isso que ela quis dizer? Sinto meu rosto arder de raiva e uma vontade de chorar imensa me invade com força.
- Mocinha se você tem um pouco de vergonha na cara, caráter e amor por sua alcateia e principalmente por sua família, fique longe de meu filho, ele não é para você, sinto informar, mas seu conto de fadas acabou! – Ela me olha e diz rispidamente.
Miguel tenta falar algo, mas o interrompo e reúno uma coragem que não sei de onde encontro e falo, olhando bem para seus olhos:
- Sabe realmente eu tenho muita vergonha na cara e muito caráter, acredito que até mais que a senhora, porque sei reconhecer meu lugar, nunca me imaginei nessa família pode ter certeza, porque família é feita com base no amor, mas acredito que a senhora desconheça essa palavra, só posso lamentar por você! – Disse e me retirei.
Percebi que Miguel tentou vir atrás de mim, mas sua mãe o segurou e o impediu.
Me afastei deles e quando percebi que estava o mais distante possível, corri para minha casa e desabei a chorar.
Flashback off.
Parece que meu destino é sofrer só pode, desabo a chorar e assim adormeço, cheia de dor e tristeza no peito.
Minha noite foi péssima, acordo mau humorada e para aliviar esse mau humor resolvo fazer uma das coisas que mais me deixa animada: Correr.
Me transformo e corro pela floresta, sem rumo, até que percebo que não estou em um lugar tão sem rumo assim, na verdade corri até o pior lugar que eu podia ter ido, a cachoeira que foi cenário da melhor noite da minha vida, tá de sacanagem né? Eu querendo esquecer e minha loba me traz até aqui, fala sério só pode ser masoquista, para gostar tanto de sofrer!
Mas já que estou aqui, resolvo entrar na água e me distrair nadando, porque se eu for parar para pensar eu tô fudida!
Cansada de nadar, paro para observar, a floresta está bem silenciosa, me deito na pedra, mas antes sinto uma sensação estranha como se algo me observasse, tento afastar essa ideia da cabeça, porque não fazia sentido eu que estava paranoica sei lá, sou meio doida mesmo. Fecho os olhos e estava travando uma luta cruel com minha mente para não me fazer lembrar coisas que quero esquecer, quando ouço um barulho estranho, como de um galho se quebrando, me levanto de sobressalto, mas não vejo o que é, procuro de onde veio o barulho e não acho. Volto a forma de loba e tento farejar, mas o cheiro que sinto é um cheiro estranho, diferente, nunca o tinha sentido, então não consigo saber o que é. Resolvo voltar para casa, afinal já sofremos um atentado dos vira-lata vai saber o que fez o barulho, é melhor evitar.
Chego em casa e resolvo adiantar minhas atividades da escola, estudo bastante. Recebi algumas mensagens das meninas me chamando para sair um pouco e conversar, mas não estou com cabeça para conversar, quero ocupar minha mente, então resolvo ocupar estudando, quando me canso de estudar vou ler meu livro preferido e quando não tenho mais opção resolvo comer e dormir, comer porque é o que eu mais amo fazer, comer é vida! E dormir porque eu apago e não penso em besteira.
Assim foi meu final de semana, um saco! Sim foi um saco, mas estava reunindo forças para aguentar a semana que ia vir, afinal eu precisava de toda força do mundo para sobreviver em um mesmo ambiente que "ele" sem que eu o atacasse sedenta por desejo e amor, então sim esse final de semana serviu como uma preparação intensa e eu espero sobreviver com êxito, sem recaídas, só faltava avisar isso para minha loba.
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Olá meus lindos, nesse capítulo acho que dá para entender um pouco do que a Maju passou e porque ela tem tanto medo de passar por tudo de novo. Espero que vocês tenham gostado!
Ps: Não esqueçam de votar, comentar e compartilhar convidando seus amigos para conhecerem esse amor tão complicado...rs..
Beijooooos no core...
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Politicamente Incorreto.
WerewolfO que fazer quando o destino insiste em te surpreender? Essa é a pergunta que eu vivo me fazendo, sou Maju, sou humana e me transformo em loba, faço parte de uma alcatéia que é dividida por classes, infelizmente sou da classe inferior. Como eu ja...