Politicamente Incorreto.

Piquenique

O mês passou bem rápido, sem muita novidade, quer dizer mais ou menos, minhas aulas particulares acabaram, a única coisa que não acabou foram meus encontros com o professor delícia, sim, ainda estamos saindo e posso dizer que é até legal, ele é bem divertido e super inteligente às vezes não posso negar, fico até boiando em certos assuntos, mas até que eu acho isso bem interessante nele.

Como nossa relação é meio complicada, afinal ele é meu professor e eu sua aluna, você deve estar pensando, essa menina só se mete em enrascada, sim, eu tenho que concordar com você eu sou muito louca e só sei me meter em relação complicada e proibida, mas fazer o que, eu preciso desesperadamente me distrair de alguma forma, se não já sabe, eu vou correr para a outra relação extremamente conturbadora, proibida, complicada e politicamente incorreta que permeia minha vida.

Enfim hoje irei sair com meu professor delícia, sempre procuramos nos encontrar em lugares bem discretos e com o mínimo de pessoas possíveis e nada melhor que um piquenique.

Estou tentando achar uma roupa bem confortável e que seja bonita, então escolho um short jeans de cintura alta, com um cropped florido, um casaquinho rosinha claro, um tênis branco e uma bolsa pequena. Resolvo fazer um rabo de cavalo bem despojado, passo um batonzinho e um lápis no olho, pronto estou ótima.

Combinei de encontrar ele a duas quadras da minha casa, afinal o que meus pais iriam pensar se me visse saindo com meu professor em pleno sabadão, não posso dar esse mole.

Mandei uma mensagem avisando que estava pronta e saindo de casa. No caminho percebo uma movimentação estranha, muito carro chegando na cidade, o que é estranho, afinal essa é a cidade do Supremo qualquer pessoa que venha para cá precisa ser bem vindo, ou seja, ter um motivo e se apresentar ao supremo, todo lobo sabe que em território de um supremo ou de um alfa ele deve se apresentar a ambos, mas logo minhas indagações são respondidas, mas adiante vejo Miguel com seu pai, recebendo as pessoas, ele parece distraído cumprimentando elas, mas logo percebe minha presença e nossos olhares se encontram, tento desviar, mas seu olhar parece me prender a ele, parece que a porra do tempo pára quando o vejo e isso é uma merda, porque eu tento desviar e não consigo, tanto que a trouxa aqui se distraiu e um caminhão de mudança entrou com tudo na rua e eu quase não percebo, se não fosse o meu sentido de loba me despertando atrasadamente e uma mão forte me afastando do meio da rua.

- Maju você está bem? – Meu professor delícia pergunta preocupado.

Mas por incrível que pareça não é nele que estou agarrada, mas que porra é essa? Ai não,não,não...

- Ela está bem, acho que ela percebeu a tempo, mas assim que vi o caminhão vim ver como ela estava, só fiquei preocupado em tirar ela da rua. – Ele fala olhando para o professor, em um movimento rápido solta meu corpo e me aproxima de meu professor.

- Vou indo, toma cuidado Maju. – Percebo uma certa tristeza em sua voz, uma certa relutância em sair, então ele parece pensar, balança a cabeça e começa a se virar para ir embora, mas antes seguro seu braço, me arrependendo amargamente por esse gesto, pela droga da corrente elétrica que percorre meu corpo só com esse toque.

- Obrigada Miguel. – Agradeço, afinal é o mínimo que eu posso fazer, ele se preocupou comigo, não sou mal educada, meus pais me deram educação, então fazer o que....

- Por nada, faria por qualquer pessoa. – Ele responde seco e vai ao encontro de seu pai. Nossa confesso essa doeu!

- Vem Maju. – Meu professor delícia me chama e eu o acompanho até seu carro. Partimos rumo ao piquenique.

Chegamos na clareira e o lugar é muito lindo, conheço bem essa floresta, adoro correr por entre suas árvores, sentir seu cheiro, ouvir seus barulhos, é maravilhoso! Paramos em um dos meus cantinhos preferidos, ele é coberto por flores brancas, roxas e azuis e o mato é bem baixinho num tom verde lindo e encantador, próximo a tem um lindo riacho em que as águas são extremamente cristalinas, eu adoro esse lugar.