Seguiram-se os dias

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Depois fui me encontrar com um amigo o MK., que conheço desde os quinze anos de idade, ele é gay, mas é mais homem do que muito hétero que conheci. Bebemos uma bebida ice que não me recordo qual, e comemos um lanche, na beira de um lago, o meu lugar favorito. Achei que era hora de desabafar com alguém sobre o que eu fazia da vida, então contei para ele que eu era stripper virtual, ele fez uma cara de espanto e começou a rir, até chegar na parte que eu falei que tinha passado a noite com um cliente, ele ficou sério e me perguntou:

-Você está se prostituindo? Se for isso espero que cobre bem e não seja burra, é melhor ter poucos clientes pagando bem do que ter muitos pagando pouco. Se valoriza.

-Não amor, não estou me prostituindo não, eu tô dando de graça mesmo.

Ele fez uma cara de alivio, e terminei de contar o que aconteceu, eu estava preocupada porque estava transando sem camisinha com um desconhecido, até que meu amigo para competir quem era mais vadia me falou que já transou no banheiro da balada sem camisinha com um cara que nem perguntou o nome, e que todo mundo já tinha feito essa besteira. Mas a besteira pior foi me apaixonar.

Durante o encontro eu vomitei, e meu amigo falou:

-Pronto tá gravida.

-Não tô não, ainda não dei a buceta, só tô dando o cu.

Falei um pouco alto, algumas pessoas que passavam por perto até viraram para trás para olhar quem estava falando aquilo: uma garota vomitando e com uma garrafa na não, só podia ser conversa de bêbado mesmo, mas não estava bêbada, eu dificilmente fico embriagada.

Quando fui no banheiro eu vi que estava menstruada, o que eu não esperava, mas meu ciclo é irregular, ás vezes atrasa e adianta, isso é bem comum. Tava explicado porque eu vomitei, não era bebida, era um dos meus sintomas menstruais.

Voltei para casa, e minha mãe falou um monte coisas, principalmente que eu era irresponsável, ai eu falei que estava com o MK., o que não era mentira, eu tava com ele mesmo, mas não a noite anterior, mas esse detalhe não precisava contar.

Então enviei uma mensagem para o C, falando que havia chegado em casa, e que já estava com saudades, ele só recebeu no dia seguinte e me respondeu que estava em um Estado vizinho, foram mais de doze horas de viagem. Ele deveria ter gostado de mim para ter feito isso, deixar de voltar de avião para retornar de ônibus. Ele devia ter gostado de mim.

Continuamos conversando por mensagens, mas eu não entrei mais no site logo em seguida, porque em poucas semanas eu viajei para outro Estado para visitar uma parte da família, e perdi um pouco o contato com ele.

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Durante a viagem eu beijei dois primos, mas eles não moravam na mesma cidade, um deles foi o W. de 16 anos, e o outro o S. de 24 anos, mas não gostava deles embora esse último me fez pensar em como seria morar no lugar em que ele vivia, um sitio maravilhoso. Mas não gostava deles, só fiquei com eles porque eu estava magoada, e porque eles me trataram muito bem, e mesmo depois que voltei para casa eles continuaram sendo atenciosos e enviando mensagens todos os dias.

Mas ao mesmo tempo que eu fiquei com meus primos, eu também conversava todos os dias com o C. Eu fiquei magoada por ele conversar e ser cliente de outras garotas, mas eu também me mostrava para qualquer um que pagasse, justifica mas não muda o fato de que eu estava magoada. E mesmo assim não podia esquecer a conexão que tivemos, e o que senti.

O Cliente - Conto EróticoOnde histórias criam vida. Descubra agora