Day 1: Caçada?

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Todos acordaram bem cedo naquele dia. O motivo? Alguém teve a brilhante ideia de os acordar tocando um trompete dentro de ambos os dormitórios. Agora imaginem, em média noventa alunos correndo de um lado para o outro, se amontoando nos banheiros para poderem escovar os dentes e tentando se trocar em meio a muvuca. Pois é estava tudo, com uso forte do eufemismo, um caos. Mas os "adultos" conseguiram organizar as coisas. Logo todos estavam reunidos no anfiteatro, esperando pelo comunicado do diretor.

-Muito bem, sei que parece que está cedo...

-PARECE?!-gritou um aluno revoltado no meio dos outros.

-Sim, parece! Voltando ao assunto, parece que está cedo, mas na verdade verão que acordaram demasiado tarde. Hoje começaram as gincanas, e é por isso que os chamei aqui. A primeira gincana de vocês será uma caçada. Mas como assim caçada? Bem, escondemos uma bandeira em algum lugar da floresta. Não se preocupem, não será a floresta inteira. Nós lhes daremos mapas e neles haverá uma linha vermelha, que marcará até onde poderão ir. Aliás, vão haver várias bandeiras vermelhas ao longo do limite, mas a bandeira que irão procurar é azul. Bem, formem duplas e podem ir pegar os kits. Terão até as seis e meia para retornar. Caso contrário alguém ativará os rastreadores via satélite que há na bolsa e irá ao encontro de vocês. Certo, era só isso, podem ir. Não precisam ter medo, não há animais perigosos na mata e nem que sejam transmissores de doenças. Boa sorte e boa caçada.

Beatrice

Uma caçada a bandeira? Isso é sério? Bem, de qualquer forma eu fiz dupla com o Diego e logo fomos buscar o tal "kit", que na verdade é uma bolsa estilo carteiro com comida, mapa e um pequeno dispositivo que deve ser o rastreador via satélite. Logo entramos na mata, sempre seguindo a trilha. Já haviamos andado uns trezentos metros quando eu bufei e parei de andar.

-Ué, oque foi Trice?

-Mas é claro que essa bandeira ridícula não vai estar na trilha! Como eu fui burra! Temos que sair da trilha. Ninguém deve ter pensado nisso. Aliás, a bandeira deve estar onde ninguém acredita que ela esteja. Ou seja, perto dos limites, onde seria óbvio que ninguém iria procurar, porque, bom, seria extremamente idiota procurar num lugar tão óbvio...

-Obrigada por me dar a resposta.-ouvi a voz de Brenner e me virei a tempo de ver ele correndo para fora da trilha junto com a "Melissa".

-Droga!-disse Diego e já ia se virar para sair correndo, mas eu o segurei e comecei a rir.-que foi?

-Diego, a bandeira pode estar lá. Ou não. Eu não faço a mínima ideia. É que ouvi um barulho e desconfiei que estávamos sendo seguidos, então joguei isso no ar e bingo! Além de confirmar minhas suspeitas eu ainda me livrei deles. Ah, e mais uma coisa, vamos com calma, não vamos ganhar nada com isso... Eu acho.

-Mas é que...-ele começou meio envergonhado.

-É que...?

-Ahh, eu quero ganhar!-disse ele como se fosse uma criança.

-Que fofo.-disse rindo e então, a pedidos suplicantes de um Diego desesperado continuamos em ritmo acelerado. E claro, fomos por fora da trilha.

Eram meio dia (já havia passado bastante tempo, considerando que havíamos saído de lá ás cinco e meia da manhã) estávamos quase no centro da floresta (dentro dos limites, é claro) quando a vimos. Mas claro, tinham uns dez ali também, parados, fitando a bandeira. Olhei pro Diego de olhos arregalados. Ele estava do mesmo jeito.

-Tá esperando oque?! Corre! Todas as meninas gritaram para suas duplas, inclusive eu para Diego, que saiu correndo igual o Flash e conseguiu pegar a bandeira. Só que os meninos decidiram apostar corrida.

A meu santo Deus, porque eu vim pra esse acampamento?! Saí correndo atrás deles e quase não os alcancei, mas claro, o Diego tinha que ter uma de suas brilhantes ideias e ter jogado a bandeira pra mim, me obrigando a correr na direção contrária. Eu juro, eu ainda vou matar esse moleque. Saí correndo e juro, o Zoom ia parecer uma lesma do meu lado. Na verdade, não era bem por medo ou por vontade de ganhar que eu corria, era por vontade de me afastar daquele bando de loucos que tava correndo atrás de mim. Credo, porque eles gritam tanto? Deus amado, eles não vão pro céu não.

Logo reencontrei a trilha e corri o mais rápido possível pela mesma. Vi o acampamento e fui diminuindo o ritmo. Assim que cheguei eu levantei a bandeira e parei de correr. Eu estava ofegante e cansada. Credo, to ficando velha. Fui até o professor e entreguei a bandeira pra ele.

-Parabéns senhorita! Tome seu prêmio.-disse um professor baixinho que eu não sei o nome. Ele abriu uma caixa e tirou de lá de dentro um saco de marshmallows. Eu juro, eu vou matar o Diego. Ele me fez correr essa maratona, só pra ganhar marshmallows?! Bem, o professor não tem culpa né... Improvisei um sorriso e agradeci ao professor. Ele perguntou porque eu parecia irritada, eu apenas respondi que estava assim por causa da corrida.

Segundos depois o Diego chegou. Feliz da vida que tinhamos ganhado.

-E então?-estendi o saco de marshmallows pra ele. Eu ri, porque ele ficou paralisado. Então ele começou a xingar céus e terra, claro, baixinho.

-Pelo menos é comida.-disse irritado. Pegou o saco da minha mão e o abriu sem cerimônia ou delicadeza alguma. Ele estava descontando a raiva dele nos marshmallows, com certeza.

-Ei! Deixa pra mim também!-disse rindo. E então nós comemos metade do saco de marshmallows (que cá entre nós é grande, ou seja, pensando bem, o esforço valeu a pena).

Diego

Mentira que eu fiz tudo isso por um pacote de doces. Isso não tá acontecendo. Acho que eu vou entrar em colapso... Ah, o lado bom é que é comida. Doce. E esse pacote é bem grandão, então meio que valeu a pena. Pra um primeiro dia num acampamento no meio do nada, até que tá bom.

Aquela menina, Melissa, ficou me olhando. Credo. Parece até serial killer. Sério, ela ficou me olhando pela manhã inteira. Por isso fiz questão de ficar bem perto da minha Trice.

Não gostei muito daquele Brenner não. Cara estranho. Vocês podem até falar que eu estou com ciúmes, porque eu estou mesmo! Só que esse cara não tem jeito de boa pessoa. E outra, ele tem a maior cara de gente que gosta de causar, ele e aquela Melissa. Tirando que nem irmãos eles parecem.

A noite, todos ficaram em volta de uma grande fogueira que os professores fizeram, mas eu, Beatrice, Malu e Allen fizemos uma pequena fogueira atrás do dormitório dos meninos e dividimos oque sobrou dos marshmallows, espetando eles em alguns gravetos que a gente limpou e os colocando perto do fogo.

Malu estava parecendo um panda. Literalmente. Ela está com uma blusa de moletom com olhos e boquinha de panda. Segundo ela, era "kawaii".

Eu sinto que esse mês que eu passei com a Trice foi o melhor da minha vida. Com certeza, esse tempo vai ser inesquecível, e por mim, não acabaria nunca.

-Olha gente, uma estrela cadente!-disse Allen apontando pro céu.

Eu a olhei e fiz meu pedido. Mas por algum motivo senti um aperto no coração.

Oiii, olha quem apareceu? Gente, eu só estou passando aqui pra pedir desculpas pela demora que o capítulo levou pra sair. Eu também quero pedir desculpas pelo tamanho do capítulo, pois ele está bem menor do que de costume. Geralmente ele tem no mínimo 2000 palavras, acontece que eu fiquei sem criatividade e ele acabou ficando curto, e, na minha opinião, sem graça. Sabem, eu sou bem exigente comigo mesma, e é difícil um cap meu me agradar, pois eu sempre acho que está ruim ou que falta alguma coisa. Enfim, espero que tenham gostado, se não, comentem falando se posso melhorar em alguma coisa. Se possível comentem que me deixa feliz, e na maioria das vezes eu respondo os comentários com extrema alegria, nas vezes que eu não respondo é porque estou sem internet (que aliás já está acabando, então se comentarem e eu não responder não fiquem chateados, é porque eu provavelmente vou estar sem net).
Outra coisa, estou super feliz que vocês estejam votando, porque isso significa que estão gostando, e saber que tem gente gostando da minha história é muito gratificante, vocês não tem ideia da alegria que sinto.
Beijinhos de brigadeiro pu seis e até o próximo cap😙

O marrentinho é meu falow?Onde histórias criam vida. Descubra agora