Day 10

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Diego

Tudo havia voltado ao normal. Bom, nem tanto. As coisas estavam muito melhores. Quer dizer, foi bom essa separação. Mesmo que breve, foi muito bom. Porque deu pra perceber o quanto eu e a briguenta nos amamos. É, acho que isso que sentimos é amor. Bom, de qualquer jeito foi bom eu ter guardado as alianças. Eu devolvi a de Beatrice e coloquei a minha de novo.

Allen e Malu estão em um estado de felicidade que não consigo entender. Acreditam que mal voltamos aquele casal de loucos já falaram que somos almas gêmeas e vamos nos casar e viver juntos para todo, todo, todo o sempre? E não, eu não estou exagerando. Eles disseram exatamente: todo, todo, todo o sempre. Eles são loucos. Mas são os nossos loucos, meus e da Trice.

Os primos dela não gostaram nada da nova notícia e quer saber? Dane-se. Eu não sei como, nem quando, mas com todo o jeito louco dela ela conseguiu me acalmar. Quer dizer, acho que eu mudei. Não me meto mais em encrencas, e, acreditem se quiser, mas até a minha relação com o Justin melhorou (oque é um milagre). E, nossa, acabei de pensar aqui, nunca levei a Trice para conhecer meus tios e o Justin, e o Gabriel... Acho que a Trice vai amar o Gaab, é impossível não se apaixonar por aquela bola fantasiada de ser humano. Sério, ele é muito gordo, e tem muita bochecha, dá até vontade de morder. E, claro, tem olhos grande e bem verdes. Ah, droga, to com saudades daquele panda! Sim, depois daquela brincadeira na casa da Trice sobre o Gabriel ser um panda de tão gordo eu passei a chama-lo assim. Rio ao me lembrar da reação dela, pensando que o Gaab na verdade era meu filho. Bom, mas voltando ao assunto, quando voltarmos pra casa, vou leva-la lá em casa, acho que ela vai gostar da ideia. E, bom, faltam apenas cinco dias pra esse acampamento acabar. Graças a Deus, esse acampamento só trouxe dor de cabeça.

-Diego...? DIEGO?!-olhei assustado pra garota histérica ao meu lado. Nem percebi que estava parado olhando para floresta com um sorriso bobo no rosto.

-Maria Luísa, qual o seu problema?-fecho a cara e digo entre dentes.

-Ah, carência, não sei cantar, minha letra é feia, meus pais não dão a atenção necessária...-disse enquanto esticava os dedos e olhava pro nada tentando enumerar os problemas.-bipolaridade, déficit de atenção...

-Chega, chega! Foi só uma pergunta retórica! Não precisa responder.

-Certo. Mas enfim, vamos ao lago, quer ir? Ou prefere ficar aí olhando pro nada com cara de tacho?

Suspirei. Mais louca que a briguenta só a amiga dela. Aiai...

-Eu vou.

E com isso a segui. Trice já estava lá, assim como Allen e... Urgh, Matheus. Porque acho que alguma coisa não vai dar certo? Aé, é porque eu e Matheus somos como fogo e gasolina. Não damos certos juntos, e dependendo do momento acaba em explosão.

Fomos pro lago e como aqui fazia bastante calor de dia nós meninos andávamos direto de bermuda. Mas as meninas não, e como não tão nem aí pra nada entraram de roupa mesmo, tirando apenas o tênis. Até porque não acho que calça jeans e blusa regata façam muito peso. Lógico que é incômodo mas nunca que eu e o Allen iríamos deixar que elas ficassem só de biquíni aqui, e ainda mais com o Matheus por perto.

Tiramos a camisa e logo todos nós estavamos na água. Oque era uma benção, já que hoje estava um calor que só em comparação aos outros dias, tão frios e gélidos, típico daqui.

E estava tudo bem, até Matheus começar de graça com a minha namorada. Mas, como sou uma pessoa super tranquila e que não deixo me abalar por pouco fui nadando lara perto da Trice e passei o braço por sua cintura a chamando para ir para a beira do lago comigo. Sei lá se ela entendeu o recado, só sei que ela disse que não iria e que se eu quisesse sair da água que fosse sozinho. É sério isso? Então, como ainda mantenho minha calma inabalável lanço um olhar desafiador e de puro ódio a Matheus, que parece entender e se afasta. Todos ali notam isso. Até os poucos alunos que estavam aqui também, só que mais afastados.

O marrentinho é meu falow?Onde histórias criam vida. Descubra agora