(Maratona 2/5)
Beatrice
Amanhã é nosso último dia aqui e combinamos de fazer uma festa. Os professores deixaram e nos liberaram. Mas podemos apenas ficar por aqui. Nada de ir na floresta e bla-bla-bla. Mas é óbvio que alguns vão dar uma fugidinha.
Hoje vamos ter uma trilha para conhecer um pouco mais sobre algumas plantas, árvores e espécies de aves (é aqui tem um monte, uma mais linda que a outra). Eu estou super animada, gosto muito da natureza e dos animais e isso vai ser bem interessante (apesar de que talvez eu nunca use isso pra nada na minha vida, mas tudo bem né).
Ah, daqui oito dias eu e o marrento vamos fazer dois meses. MAS, a gente conversou e decidimos entre dar continuidade, e recomeçar, e decidimos recomeçar. Como assim?! É isso aí, pra mim, depois que se termina um namoro (e terminamos, dei ponto final em tudo, lembram? Tinha até rasgado a página praticamente) o namoro, acabou. Óbvio. Mas se você volta, você não vao continuar contando os dias normalmente. Porque ouve um espaço de tempo ali, onde os indivíduos não estavam namorando. Então, tecnicamente fazem cinco dias, acho, que estamos namorando. Porém, vamos sempre saber que, teoricamente, essa não é a data real, mas na prática, sim.
Ponho uma calça jeans, uma mini blusa (não meninas, não é cropped, há uma pequena diferença entre esses dois) azul escura sem estampa e de manha curta. E calço meus all-star. Pronto, tudo certo. E, acreditam que eu estou parando de usar boné? Incrível né? Mas agora eu estou entrando na vibe das toucas e gorros.
Vou pra trilha e encontro Diego lá. Desde que reatamos estamos muito grudados, admito. E sinto que isso tem incomodado um pouco os meus primos (incluindo o Allen), e a Malu. Mas tudo bem, depois do acampamento tudo vai voltar ao normal, quer dizer, não vou desgrudar dele, quer dizer, só um pouquinho, mas vamos voltar a sair, a comer lanche de noite todos juntos, eu e a Malu iremos fazer a noite das meninas e pedir pizza enquanto assistimos nossos programas favoritos e etc e tals.
Conversamos um pouco e começamos a fazer planos. Queremos ir pra mesma faculdade, e isso não passa de mera coincidência, já que eu sempre quis estudar em Oxford.
Hoje vai ter uma atividade de canoagem mas eu não vou participar, vou passar um tempo lendo algum livro enquanto Diego vai jogar alguma coisa com Allen. Bilhar, acho.
Pego meu livro e vou pra um lugar mais isolado. Ou pelo menos eu achava que era até aparecerem umas quinhentas garotas cercando um menino que estava com um violão. Eu me lembrava vagamente dele.
-Derek, canta pra gente!
E então ele se sentou e começou a cantar. Ele cantava muito bem e até q era bem bonito.
Ignorei ele e as garotas e continuei lendo meu livro. Entardeceu rápido e quando dei por mim só restava o garoto, Derek, e umas meninas.
Derek veio até mim. Ele abriu um sorriso largo e se sentou perto de mim.
-Oi! Você que é a prima do André né?
-Sim. E você é...?
-Amigo dele. Ouvi muitos boatos ao seu respeito. E André fala bastante de você. Ele disse que você gosta de ler, e hoje eu confirmei isso.
-Hm, legal.
-Oque eu quero dizer, é que eu não acredito nos boatos. E, eu queria ser seu amigo. Você é diferente sabe?
-Diferente tipo retardada?
Ele ri e eu sorrio. Ele me olha e sorri.
-É disso que estou falando. Se fosse outra menina iria levar isso como uma ofensa.
Dou de ombros.
-Não dou muita importância ao que as pessoas dizem.
-Percebe-se. E então, podemos ser amigos?
-Cara, olha, desculpa, mas eu tenho que te falar oque eu estou pensando. Se você tem tantas meninas na sua cola, porque quer ser justo meu amigo.
-Como disse, você é diferente.
-Sei. Mas nunca soube de você ter ficado com nenhuma delas.
A essa altura só estavam nós dois aqui.
-E porque eu sou gay.-diz piscando um olho.-e também porque elas são chatas ao extremo. Elas nem tem conteúdo.
Pisco duas vezes.
-É sério?
-É sim. Mas olha, não comenta com ninguém, porque isso é um lance meu e eu ainda estou entendendo isso. É uma coisa minha.-diz com simplicidade.
-Por mim.-digo dando de ombros.-mas eu ainda quero saber porque quer ser meu amigo.-digo sorrindo levemente.
-Ah, você parece ser interessante. Sem contar que não é escandalosa. Não gosto de pessoas assim. Quer dizer, tem umas que eu gosto, porque é o jeito delas, mas tem umas pessoas que você vê que é algo forçado, entende?
-Sim, eu entendo.
Voltamos pro pátio conversando e realmente, ele fez de tudo para provar que eu sou interessante e ele mostrou que é interessante também. E ele conversava sobre coisas complexas oque me fez perceber algo que eu já sabia. As pessoas são como o mar. Por fora, parecem rasas, por dentro, são profundas. E nós mal podemos imaginar o quão profundas elas são e o turbilhão de problemas, sentimentos, emoções, desejos e etc podem haver denteo delas.
É, nós deveríamos nos por mais no lugar dos outros e julgar menos. O mundo seria tão melhor se fosse assim.
Seguintee galera, os caps estão em tamanho reduzido sim! Mas é porque vão sair vários ao mesmo tempo e também eu estou meio sem inspiração. Aff, até eu to puta comigo por causa desse problema que vem me atormentando há um bom tempo. Mas o pior é que eu estou sem inspiração pra ESSE livro em especial. Bom, continuando, eu já escrevi 3 capítulos da nova história e eu particularmente estou curtindo muito escreve-la, e espero que vocês gostem de ler ela quando eu postar. Mas eu vou avisar aqui e de boas🤙🏻. Gente, o próximo cap e o último do acampamento e então as coisas vão começar a fluir. Acho que vocês não vão gostar muito, mas tudo bem né, porque vocês precisam de emoção kkkkkk brinks.
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O marrentinho é meu falow?
Teen FictionBeatrice, dezessete anos, cabelo castanho, olhos verdes, linda. Não é patricinha, muito menos filhinha de papai. É direta e não leva desaforo pra casa. Diego, dezoito anos, cabelo preto, olhos castanho-esverdeado, lindo. Não mora com os pais (porqu...