∆ And when the night is cloudy
There is still a light that shines on me
Shine until tomorrow, let it be ∆GEMMA
06/06/1940Gemma estava exausta. Ela havia ficado em cima de Harry desde que o garoto havia chegado, e apesar de ter passado uma boa parte de seu tempo parada, estava esgotada psicologicamente.
Decidiu voltar para seu apartamento naquela noite, passar uma boa noite de sono em sua cama e seguir para o hospital no dia seguinte assim que acordasse.
Entrou na casa e fechou a porta com cuidado, esperando não acordar ninguém, mas de pouco adiantou, já que, ao adentrar o local, viu Eleanor e Niall no sofá, bebendo chá.
- Boa noite, gente. - Gemma sorriu, jogando sua bolsa em cima da mesa.
- Decidiu voltar pra casa? - Eleanor brinca, tirando suas pernas de cima do sofá para sua amiga sentar.
- Sim. Minhas costas estão me matando. - Gemma sorriu, se jogando contra a almofada e fechando os olhos, apenas sentindo o conforto em suas costas.
- E o Harry? Alguma melhora? - Niall pergunta, o que faz Gemma suspirar e voltar a os observar.
- Ele ainda está muito mal pra se mover, mas o médico disse que ele tem chances de voltar a andar algum dia. Não foi a coluna, nem nada disso, então com alguns meses de fisioterapia ele deve ficar bem.
- Não é... Frustrante? - Eleanor bufa, colocando sua xícara na mesinha de centro. - Eles mandaram todo o nosso exército pra guerra e Hitler venceu mesmo assim. Quantos garotos como o Harry estão na mesma situação, ou até pior?
- Pelo menos Churchill conseguiu tirar eles de lá. - Niall comenta. - Poderia ter sido muito pior.
- Eu adoraria virar a noite discutindo sobre política com vocês... - Gemma suspira, ficando de pé. - Mas eu realmente preciso dormir em um colchão o mais rápido possível. - Ela sorri, pegando sua bolsa e se dirigindo até o corredor. - Boa noite, pestes.
- Boa noite, oxigenada! - Eleanor diz, sorrindo para a menina.
Gemma vai até seu quarto e fecha a porta, começando a se trocar. Uma vez vestida em seu pijama, ela se vira para sua cama e lembra do conteúdo dentro de sua bolsa: os papéis de Harry.
Ela vai até a mesma e os tira de dentro, deitando em sua cama e começando a os ler em ordem. Estavam todos amassados, até mesmo com alguns rasgos e manchas de sangue. A letra fora feita a pressa, o que dificultava um pouco a leitura, mas nada impossível.
Querida Louise
Ao ler aquilo, Gemma não pode deixar de rir, nostálgica. Lembrava de que Harry havia dito que suas cartas para Louis teriam que ser feitas no feminino, já que passariam por vistoria.
Sei que estas cartas em específico não serão enviadas tão cedo, mas mesmo assim me sinto na obrigação de escrever para ti, afinal, isso se tornou parte do meu ritual diário: te contar sobre meu dia, mesmo que nada demais tenha acontecido. É até engraçado dizer essa última frase, levando em consideração a minha situação: o que para você seria conteúdo de mil cartas, é a minha realidade atual.
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PS.: I Love You • l.s
FanficAs músicas dos Beatles contam histórias atemporais, sendo essa mais uma delas. Nos anos 30, o operário americano Louis deixa sua cidade, Nova Iorque, e vida para trás em busca de seu pai na Inglaterra. Chegando lá, encontra o homem com uma nova famí...