➷ Não Deixe Que Me Toquem, Mamãe➷

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Caminho com cuidado pelo salão tentando não me incomodar com a roupa que estou usando. Não há problemas, mamãe disse que não, mas eu sinto medo, as lágrimas ainda estão em meus olhos e eu sei que se derramá-las vou estar sendo fraca.

Avisto o homem parado no centro do salão, ele está usando um terno preto. Terno são elegantes, mamãe sempre fala isso. Aproximo-me com insegurança e toco suas costas, então ele se vira e encara-me com cuidado.

Mamãe disse que eu deveria usar esse vestido, ele é transparente e cheio de babados, ela disse que ele iria gostar.

Seus olhos castanhos estão presos em mim enquanto ele me encara, ele abaixa na minha frente e sorri.

— Você é uma bela garota.

Abaixo a cabeça e fico esperando que ele diga mais alguma coisa, mas ele não diz nada.

Sua mão é fria e ele toca meu pescoço com ela descendo até meu decote. Agarro sua mão e lhe encaro, seu olhar fica bravo e ele levanta a outra mão batendo em meu rosto. Caio no chão com o impacto e me encolho enquanto ele vem para cima de mim e começa a rasgar meu vestido.

— Mamãe! — Grito apertando meus olhos. — Mamãe, por favor.

As portas se abrem e os homens de terno começam a entrar. Fecho meus olhos quando ouço um disparo e o corpo pesado cai em cima de mim.

— Tudo bem, Elizabeth, mamãe está aqui. — Sua voz me faz parar de chorar. — Tirem esse lixo de cima dela.

Logo estou livre, mas completamente nua, meu vestido está em pedaços, mas mamãe não parece brava, ela abaixa ao meu lado e encaro meu rosto alisando-o.

— Boa garota, Elizabeth.

Preparo-me para gritar, mas Fred cobre minha boca com a sua mão fazendo meus gritos se tornarem gemidos inúteis e quase inaudíveis. Debato-me tentando soltar-me, mas é inútil. O desespero começa a me tomar e eu só consigo pensar na minha mãe, eu queria tanto que ela estivesse aqui agora.

Ela iria entrar com seus homens e dar um fim nisso, mas ela não está.

Por favor, mamãe.

Minhas orações são inúteis, eles começam a me arrastar para o depósito. Fred continua me segurando e eu me apavoro ainda mais quando Jack se aproxima com um sorriso malicioso.

— Vamos ver se você é tudo isso, não é?

Balanço a cabeça apavorada, minha visão está embaçada pelas lágrimas e o desespero já se apossou de todo meu corpo, mas se torna pior quando Jack começa a rasgar minha camisa. Debato-me com desespero tentando inutilmente me soltar, mas agora, Fred e José me seguram.

Eu sinto nojo de mim mesma quando Jack começa a beijar meu colo, meu pescoço. Quando ele chupa meus seios. Aperto os olhos apavorada e imploro para que mamãe apareça, para me tirar daqui.

A esperança lampeja em meus olhos quando a porta se abre de súbito, o olhar cinza se encontra ao meu e eu finalmente Fred me solta. Caio de joelhos no chão, me sentindo suja, imunda. Um grito escapa dos meus lábios quando sinto os braços de Christian ao meu redor.

Eu quero sair daqui, fugir para longe de tudo isso. Eu não quero que ele me toque, mas seus braços estão firmemente ao meu redor enquanto grito de desespero ao mesmo tempo que vejo Taylor e mais homens socando os meninos sem piedade.

Eu quero que eles morram!

— Por favor, eu sinto muito. — Christian sussurra. — Eu estou aqui, amor. Eu estou com você.

A Menina da LuaOnde histórias criam vida. Descubra agora