➷ Quarto de Jogos ➷

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Caminho para fora da casa enquanto coloco o medalhão de Maggie em meu pescoço, ando até a cerca branca e me sento recostada a ela olhando a casa... à minha casa. Fico apenas por alguns minutos, então me levanto, sem saber ao certo o que fazer ou para onde ir, mas assim me levanto vejo quatro carros estacionando em frente à casa.

Taylor desce de um e logo vejo Christian descer, ele corre na minha direção e segura meus ombros olhando-me completamente apavorado.

— Qual é o seu problema? — Grita e eu me encolho fechando os olhos. — Tem noção do quanto eu estive preocupado?

— Sinto muito. — Sussurro baixinho.

— O que você faz aqui?

— Eu ouvi você e sua mãe...

Christian me olha com pavor e eu apenas deixo as lágrimas caírem.

— Eu não sou o suficiente para você.

— Pare com isso!

— Eu sinto muito por estragar a sua vida.

— Já chega! — Grita me puxando contra seu peito. — Você não estragou nada, eu amo a nossa vida, que se dane a opinião da minha mãe.

— Me desculpe, eu... eu...

— Olha para mim. — Christian segura meu rosto e eu lhe encaro. — Eu amo você, eu não me importo com o que os outros pensem.

— Mas e seu eu nunca for capaz de te amar?

— Você está ao meu lado, é isso que importa. Nunca pense em me deixar, eu preciso de você, mais que tudo. Vamos para casa, por favor.

— Está bem.

Christian suspira com alívio e me afasta um pouco, ele envolve seu braço em meu ombro e caminhamos juntos até o carro. Fico aconchegada contra seu peito o caminho todo, perdida em pensamentos que só provam o quanto preciso dele, o quanto estou dependente de Christian. Flynn tem razão, eu preciso encontrar algo que me distraia, só espero que Christian não surte com isso.

Estou deitada contra o peito de Christian, nós estamos nus, deitados sobre a cama e enrolados em um lençol branco de seda. Não estamos falando nada desde que chegamos, mas é confortador ficar ao seu lado em silêncio, apenas tento certeza que ele está aqui.

Respiro fundo e Christian suspira.

— Eu quero arrumar um emprego. — Sussurro e ele fica rígido.

— Por quê?

— Eu estou passando muito tempo em casa, quero me distrair um pouco.

— E você precisa de um emprego para isso?

Respiro fundo e me sento para encarar Christian, ele se senta também e me encara, pela sua cara deduzo que ele esteja bravo.

— Você não precisa de um emprego. — Diz firme.

— Christian, por favor. — Sussurro cansada. — Eu quero isso.

— Não, Anastásia! Você não tem que trabalhar, eu não quero que faça isso!

— Por quê?

— Porque eu tenho dinheiro suficiente para que você não precise trabalhar, ok? Você está estudando, não precisa se dividir entre trabalho e estudos.

— Christian, você não pode me privar disso.

— E você quer trabalhar exatamente para que? Para me estressar, é isso? Você está conseguindo.

A Menina da LuaOnde histórias criam vida. Descubra agora