➷ Por Favor, Fique Aqui ➷

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Corro até atravessar as portas duplas de cor branca e encontro Taylor e Vitória do outro lado, ele está consolando-a enquanto ela chora com desespero e eu sou tomada por desespero também, pensando em tudo o que pode ter acontecido, logo, no pior.

— O que houve? — Pergunto me aproximando. — Onde ela está?

— Ela voltou para o quarto. — Taylor diz soltando Vitória, mas eu sei que tem mais.

— O que aconteceu, Taylor? Me fale.

— Desculpe, Ana, mas a Lilly não vai mais se alimentar daqui para frente.

— O que?

— O pâncreas dela começou a falhar, eles não podem ingerir nenhum tipo de alimento nela, ela corre o risco de morrer.

— Mas e as vitaminas?

— O corpo dela está rejeitando todas.

— Não. Não pode ser! — Grito sentindo as lágrimas escorrerem. — Ela estava indo bem, isso é minha culpa, eu não deveria tê-la deixado.

— Não, não é sua culpa. — Vitória sussurra tentando se aproximar, mas eu recuo. — Ana, não faz isso, não se culpe.

— Se ela não receber as vitaminas ela vai morrer! Se ela morrer como eu fico?

— Srta. Steele?

Viro-me ao ouvir a voz do médico e lhe encontro parado encarando-me com preocupação.

— Nós precisamos conversar.

Encaro Vitória por alguns segundos, e então sigo o médico para depois das portas e por um longo corredor até chegar a sua sala, ele se senta, mas eu não consigo fazer isso. Eu deveria estar com Lilly agora, não perdendo meu tempo aqui nessa maldita sala.

— Nós ainda não conseguimos entender o que está acontecendo. — Ele diz e suspira.

— Isso não é novidade, faz quase duas semanas e ela continua dormindo, você disse que poderia ser um edema pulmonar, a colocou em coma, mas não era nada disso.

— Nós deveríamos acordá-la há uma semana, mas a Lilly não acorda.

— O que?

— Ela está dependente dos aparelhos se tentarmos acordá-la... ela morre.

— Não...

— Ela não respira sozinha, ela já não se alimenta e agora rejeita todas as vitaminas. Você sabe que a imunidade dela é baixa, ela precisa das vitaminas. Nós vamos ter que mandá-la para uma sala especial, uma sala que é toda higienizada, não podemos correr o risco de ela pegar uma bactéria.

— Mas... eu não vou poder ficar com ela.

— Você pode visita-la, mas não ficar com ela sempre. — Diz com pesar. — Srta. Steele, o que ela tem, está afetando todo o corpo, pode ser uma bactéria, pode ser o edema, até mesmo um problema no coração... ou pode ser uma doença degenerativa.

— Mas...

— Se a Lilly estiver com uma doença degenerativa, ela é desconhecia, e nós não podemos fazer muito.

— Mas ela só tem cinco anos.

— Nós sabemos, e talvez seja por isso que não encontramos a causa. Nós pensamos que poderia ser câncer, algum tumor, mas eu estudei a morte da sua outra irmã e ninguém descobriu o que era, ela morreu sem que ninguém descobrisse nada.

— Isso quer dizer que a Lilly também vai morrer?

— Nós estamos fazendo o possível para que isso não aconteça, Srta. Steele, por isso que nós precisamos manda-la para o quarto especial, deixá-la na ala comum vai acelerar o processo de falecimento dos órgãos, ela está morrendo aos poucos e nós estamos tentando impedir isso.

A Menina da LuaOnde histórias criam vida. Descubra agora