Alice
Agradeço imensamente por hoje já ser domingo. Daqui a dois dias o Arthur estará de volta e eu estarei longe do Bruno, tem coisa melhor? Não, não tem.
Assim que levantei fui direto para o banheiro escovar os dentes e, logo em seguida, voltei para o quarto e troquei o pijama por um short de lycra preto e uma camisa branca larga, penteie o cabelo fazendo um rabo de cavalo no mesmo, peguei o meu celular e saí do quarto.
Acho que o Bruno ainda não acordou, milagre, pois, pelo visto, ele sempre acorda cedo.
Cheguei na cozinha, abri a geladeira, peguei uma garrafinha de iogurte, abri e fui pra sala bebendo. Sou preguiçosa demais para preparar algo para tomar café, sério, se eu não encontrar pronto, eu como a primeira besteira que eu encontrar pela frente.
Me joguei no sofá, liguei a televisão na HBO, enquanto passava um filme qualquer, fiquei mexendo no celular.
Respondi algumas mensagens, fiz chamada de vídeo com a mamãe e o papai para matar um pouco a saudade e depois fui dar uma olhada no Instagram.
Fiquei olhando os storys, feed e assistindo reels, até que, do nada surgiu uma brilhante ideia na minha mente, eu iria me vingar do Bruno pelo que ele fez comigo ontem.
Levantei, coloquei meu celular no bolso, caminhei até o quarto dele, abri a porta com cautela e o encontrei dormindo de bruços vestindo apenas uma samba canção cinza estampado. Misericórdia! Como a pessoa consegue dormir de cueca com o ar-condicionado quase congelando desse jeito? Em, hein? Cara estranho... e gostoso.
Precisando ser rápida, parei de babar o Bruno, entrei e caminhei cautelosamente na ponta do pé até a mesinha de cabeceira e com cuidado para não fazer barulho, peguei a chave do quarto, saí dali na ponta do pé novamente e tranquei a porta por fora.
Hahaha... Hora da vingança, bebê.
Voltei para a sala com a chave na mão, peguei o controle que estava sob a mesinha de centro, me joguei no sofá e mudei de canal colocando na Telecine, onde estava passando: " Querido John".
Aqui se faz, aqui se paga... e chegou a hora do Bruninho me pagar.***
Já haviam se passado alguns minutos e já estava no final do filme quando ouvi o Bruno gritar o meu nome.
— ALICE!
Eu simplesmente o ignorei e continuei bem plena assistindo o meu filme, admirando o gostoso do Channing Tatum.
— Abre a droga dessa porta! — Bradou.
— Abre você, ué. — Gritei de volta.
— Você escondeu a chave, retardada... — Respondeu, enfurecido. — Acha que eu não sei?
— Tá louco? Acha mesmo que eu faria isso? Lógico que não, né?! — Respondi, com deboche.
— Garota, eu vou te matar quando eu sair daqui. — Esbravejou, me fazendo rir.
— Tá nervoser, é? Relaxa aí, bebê. — Gargalhei do desespero dele batendo na porta.
— Abre logo a porra dessa porta.
— Olha a boca, queridinho. — Continuei com o deboche.
Com certeza ele está respirando fundo e pensando em um jeito de sair dali para me matar da maneira mais dolorosa possível e depois esconder o meu corpo.
— Eu juro que quando eu sair daqui você vai me pagar, sua esquizofrênica.
— Então, eu acho melhor você permanecer aí. — Aumentei o volume da televisão enquanto ele permanecia gritando e batendo na porta.***
Já era por volta das 13h, faz uns vinte minutos que o Bruno parou de gritar e de bater na porta para que eu abrisse a mesma.
Admito, estou com um pouquinho de pena dele, porém, quando lembro das pirraças e das provocações que ele me fez ontem, a pena passa rapidinho.
— Alice? — Chamou-me, mais calmo dessa vez.
Olha só, achei que estivesse morto...
— Oi? — Respondi, com minha atenção voltada para a televisão.
— Abre a porta, por favor... — Pediu, irreconhecivelmente educado.
— Por que eu deveria abrir?
— Porque eu estou com fome. Já é uma hora da tarde e eu ainda nem tomei café.
Realmente, ele deve estar morto de fome, porém, e se eu abrir a porta e ele me matar e ocultar meu corpo? Só estamos nós dois aqui, não confio.
— Alice?
— O que é, Bruno?
— Abre a porta, eu juro que não vou fazer nada com você.
Levantei do sofá e fui até a porta do quarto dele, ficando parada perto da mesma.
— Quem me garante?
— Eu te garanto! Te dou a minha palavra.
— Que não vale nada, assim como você.
— Alice, só abre a porta, por favor. Se eu te fizer alguma coisa, você conta pro Arthur e ele acaba comigo, ok?
— Ok, eu vou abrir, mas você promete não fazer nada comigo mesmo?
— Prometo!
Mesmo morrendo de medo, coloquei a chave na maçaneta, girei a mesma deixando a porta pronta para ser aberta, mas antes que ele abrisse a mesma, corri pro meu quarto e tranquei a porta.
Não confio no Bruno e não sou nem doida de ficar para ver se realmente ele estava falando a verdade.
— Você vai ver o que eu vou fazer com você, criatura endemoniada. — Me ameaça da porta do meu quarto.
Tá vendo aí o que eu falei?! Não confio nele mesmo e com razão.
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Bruno Mars - Com amor, Alice
FanfictionDepois de muda -se para New York para acompanhar seus pais em uma viagem a trabalho, Alice volta a Los Angeles, onde morará com o seu irmão, Arthur. Arthur é universitário, trabalha na empresa da família e valoriza seus amigos que ele considera co...