Bruno Mars - Com amor, Alice

CAPÍTULO 15

Alice

• Flashback •

Depois de tempos sem ir na casa do Joe, hoje combinei com ele que eu irei para lá depois do colégio.
Meus pais não aceitam o meu namoro, eles falam que eu não estou na idade de namorar e que sentem que o Joe não é para mim, é como se ele não passasse confiança para os meus pais, pelo contrário, eles deixam bem claro que sente algo estranho quando olha para o Joe. O Arthur também não vai com a cara dele e já avisou que não vai prestar se me pagar com ele. Mas nada disso me impediu de levar o meu relacionamento adiante, nada e nem ninguém conseguiu mudar o que sinto pelo Joe ou me afastar dele.
Só ele mesmo.
Aproveitei que a mamãe e o papai estão trabalhando, o Arthur está na faculdade e fui escondida para a casa do Joe.
Há muito tempo não ficamos a sós, há muito tempo não transamos sem ser no carro, há muito tempo não ficamos juntinhos por horas.
Eu amo estar com o Joe, e sou apaixonada por ele como jamais fui por outra pessoa, não sei se é amor, mas gosto pra caramba dele. Sabe quando você olha para a pessoa e o coração dispara? Quando você beija essa pessoa e sente borboletas no estômago e um friozinho na barriga? Quando você sente o perfume dela e fecha os olhos para inalar melhor aquele cheiro? Quando você ouve a voz dessa pessoa e seu dia melhora um total de cem por cento? Então, essas são as sanções que ele desperta em mim.
Sei que o Joe às vezes pisa na bola, tem atitudes que me assustam e algumas vezes exagera no ciúmes, mas ele age assim porque tem medo de me perder.
O importante é que ele me prometeu que vai mudar e eu acredito nele, acredito na mudança dele.
— Vó, cheguei! — Ele grita entrando em casa de mãos dadas comigo. — E olha só quem veio comigo. — Fechou a porta.
— Já te falei para ter modos, menino. É falta de educação chegar gritando desse jeito. — Dona Elizabeth aparece na sala reclamando, ao me ver, ela abre um sorriso e me olha de um jeito amoroso.
— Alice... — Veio de braços abertos na minha direção.
Desgrudei do Joe e corri para os braços dela, a envolvendo em um abraço afetuoso.
— Que saudade eu estava da senhora... — Digo sincera, sentindo seus braços quentinhos me envolverem.
— Eu também, minha menina, eu também estava morrendo de saudade sua. — Alisou minhas costas.
— Humhrm! — O Joe pigarreia, avisando sua presença. — Eu existo, sabia? — Reclama enciumado.
Eu e a dona Elizabeth rimos e desfizemos o abraço.
— Não seja bobo... — Ela sorri. — Alice, infelizmente estou de saída. Vou à floricultura, mas quero que você  fique à vontade, a casa é toda sua. — Disse, segurando minha mão.
— Mais tulipas e orquídeas, vovó? — Ele pergunta, jogando sua mochila no sofá.
— O que posso fazer se elas são as minhas paixões?
Enquanto conversávamos, ouvimos barulho de salto se aproximando e logo a Herta, governanta da casa, chega na sala.
— Licença! — Interrompeu a nossa conversa. — Senhora Stritch, seu motorista já está pronto para levá-la à floricultura.
— Ok! Avise já estou indo. — Dona Elizabeth pede.
— Sim, senhora. — Retirou-se.
Dona Elizabeth se despediu de nós dois com um abraço e um beijo na bochecha, nos aconselhou a termos juízo já que ficaremos a sós e saiu.
Diferente da minha família, a família do Joe super apoia o nosso namoro, me trata bem e faz questão que eu venha aqui.
Amo a avó dele, amo os pais dele e agradeço por tanto carinho ser recíproco.
Depois da saída da dona Elizabeth, o Joe e eu subimos para o quarto dele para ficarmos mais à vontade.

— Vou lá embaixo beber uma água e já volto. — Informa.
— Tranquilo. — Respondi, fazendo um coque alto no cabelo e ele saiu do quarto.
O calor infernal que está fazendo hoje em LA dá a sensação que estamos ao lado do vulcão Mauna.
Peguei o controle do ar-condicionado, liguei e ajustei no 23°C, tirei a blusa que eu estava vestida, ficando apenas de sutiã rosa de renda, puxei o celular do bolso de trás da calça e sentei na cama.
Vi que havia várias mensagens, mas abri apenas a do Michael, que dizia: