Alice
Sinto beijos em minha bochecha, testa e pescoço, mas reluto em abrir os olhos.
— Acorda, dorminhoca. — A voz do Bruno soa perto do meu ouvido, mas não consigo distinguir se estou sonhando ou se é real.
O Bruno me acorda enchendo meu rosto de beijinhos. Aos poucos, vou abrindo as pálpebras pesadas pelo sono até que vislumbro a imagem dele à minha frente, ele abre um sorriso e toca a lateral do meu rosto.
— Hora de acordar, esquizofrênica. — Diz baixinho, acariciando minha bochecha marcada pelo travesseiro.
— São que horas? — Pergunto, esfregando preguiçosamente os olhos. Ele levanta o braço e consulta o relógio em seu pulso.
— Sete e dez.
— O QUÊ? — Afasto rapidamente o edredom de cima de mim, pulo da cama e saio rapidamente do quarto dele.Percorro apressada o corredor até chegar no quarto que estou "hospedada".
O Bruno deve achar que eu sou maluca, mas a verdade é que não posso me atrasar para aula, pontualidade é uma das regras que consta no regulamento lá do colégio.
Tiro a camisa dele, a qual eu estava vestida, prendo meu cabelo em um coque alto, entro no box, ligo o chuveiro e vou para debaixo do mesmo. Aos poucos a água vai dispensando a sonolência que ainda insistia em me dominar e finalmente o meu corpo faz upload da alma.
Ontem fui dormir extremamente tarde, ignorando completamente o fato de ter aula hoje e, para completar, dormi com o Bruno, que parece que tem efeito sonífero sobre mim. Sério, a última coisa que eu lembro foi dele me abraçar e afundar o rosto em meu pescoço, depois disso eu simplesmente apaguei grudada nele. Eu nem ia dormir com ele ontem, mas depois que terminamos de assistir bem uns três filmes, ele insistiu que eu dormisse no quarto dele e eu aceitei, afinal, foi minha última noite aqui e nada melhor do que aproveitá-la ao máximo, nisso, acabamos transando novamente e ficamos tão exaustos que nem tomamos banho, vesti a camisa dele e ele preferiu ficar somente de cueca box.
Foi ótimo dormir com o Bruno, me senti tão protegida em seus braços. Seu cheiro, sua respiração, o calor de sua pele me fez um bem danado, dormi a noite inteira como se eu tivesse tomado calmante e acordei só agora, quase em cima da agora de ir para o colégio.
Finalizo o banho, escovo os dentes e retorno para o quarto. Tenho pouquíssimas opções de looks para hoje, opto por um vestido curto branco sobreposto por um blazer rosa com botões frontais e calcei uma bota branca. Depois de pentear o cabelo, coloquei uma tiara de pérolas e mais alguns acessórios, meti o celular na mochila, peguei a mesma e saí do quarto.
Ao chegar na sala, deixei a minha mochila no sofá e segui para a cozinha, onde encontrei o Bruno sentado à mesa já finalizando seu desjejum.
Hoje ele não está vestido no estilo havaino feat sulamericano que adora um barzinho, inclusive amo o estilo dele, super original e diferente dos iguais; hoje ele apostou numa camisa moletom preta lisa, calça verde militar, tênis branco, boné preto e sua inseparável correntinha dourada com pingente de cruz.
Impressionante que ele pode vestir o que for que continuará gato, pois ele é lindo sem fazer o menor esforço.
— Você está me acostumando mal, hein? — Me refiro à farta mesa de café da manhã. Puxando a cadeira, me sento à mesa.
— Troca de gentileza... — Responde, pausando sua xícara de café no pires. — Ontem você me deu algo gostoso, hoje foi a minha vez de retribuir. — Entendi a malícia dele, mas não dei corda para suas sacanagens logo de manhã cedo.
Passei geleia no meu croissant, coloquei um pouco de suco de maracujá no corpo e iniciei meu desjejum.
Enquanto eu tomava café, percebi que o Bruno não para de olhar para o meu pescoço.
— Dá para você disfarçar? — Reclamo e coloco meu cabelo de lado na tentativa de esconder os chupões que ele deixou.
— Tô fundido. — Diz sorrindo, mas receoso. — Arthur vai me matar.
— Ele não vai nem saber, relaxa.
— Espero. — Suspira audível. — Bom, vou escovar os dentes e já desço para te deixar no colégio. — Levantou.
Assenti e ele saiu. Continuei tomando meu café, até que ouvi barulho de chaves vindo da porta da sala, imaginei que fosse a Margaret, a moça que o Bruno disse que trabalha aqui, mas fui surpreendida pela voz do meu galego gato.
— Maninha, chegamos! — Arthur grita.
Rapidamente, levantei e fui quase correndo até a sala, dando de cara com eles ainda entrando com as malas em mãos.
— Nossa, Já? Achei que teria o privilégio de passar mais tempo longe de você. — Brinco, abraçando fortemente o meu querido irmãozinho.
— Meu descontentamento foi o mesmo quando lembrei que ao voltar para Los Angeles, você estaria aqui. — Arthur responde transbordo amor por mim através de suas doces palavras, como podem notar.
— Eita como se amam. — Phil ironiza.
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Bruno Mars - Com amor, Alice
FanfictionDepois de muda -se para New York para acompanhar seus pais em uma viagem a trabalho, Alice volta a Los Angeles, onde morará com o seu irmão, Arthur. Arthur é universitário, trabalha na empresa da família e valoriza seus amigos que ele considera co...