Defloramento

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-Se você não quiser, eu posso...

-Tudo bem. – Lyanna respondeu com dificuldades.

Jaime tirou sua mão de ouro e foi se aproximando da mulher. Ela estava tirando o vestido. Roubou-lhe um beijo, não tinha amor. Somente fome. Fazia tempo que não tinha aquilo.

Mas não podia dizer aquilo da menina, não tinha gosto nenhum aquele beijo.

Mesmo com uma mão, conseguia deslizar bem sobre seu vestido e desabotoar o que sobrava. Quando terminou, o vestido já havia caído e o corpo à mostra. Os mamilos estavam rígidos com o frio. Acariciou-os com cuidado e já era o bastante para enrijecer seu membro. A única coisa que sentiu foi desejo.

Conduziu-a durante todo o momento. Mas tudo que fazia a deixava mais tensa. Colocou um dedo, e mais um enquanto dava a devida atenção em seus seios. Lyanna não conseguia olhar para seu rosto. Olhava para os lados com tensão. Mas não resistia. Talvez ela estivesse gostando daquela carícia.

Quando viu que era momento de conseguir seu prazer não conseguiu se controlar. Era difícil ter de ser um homem delicado. Machucou-a, muito. E a garota não conseguia esconder sua dor. Terminou rapidamente e aliviado, fez o líquido escorrer por sua pernas. Para ele, não foi mais que dez minutos. Mas ela pensou que durara uma eternidade. Deixou-a livre e se afastou.

Dormiu com facilidade aquela noite. Quando acordou, viu que Lyanna estava deitada na pequena cadeira, acordada e melancólica.

-Você dormiu aí? – Esfregou os olhos, confuso.

Não respondeu. Mas se lembrava da noite passada e sabia que ela tinha motivos para odiá-lo. Parecia traumatizada. Mais uma promessa que não cumpriu.

Uma criada entrou no quarto sem bater na porta. O homem ainda estava nu.

-Senhor, a Rainha está lhe chamando.

-Por acaso conhece a palavra '' porta''? Suma daqui – respondeu com grosseria antes mesmo de se levantar. Lyanna não parecia interessada em nada. Estava cansada. Provavelmente passou a noite em claro.

Vestiu suas roupas e fez sua higiene. A garota ainda estava lá. Imóvel e quieta como um fantasma. Estava com o mais puro ódio.

-Não vai descer?

Negou com a cabeça.

-Você está bem? – Aproximou-se para tocar seu rosto, a menina fez uma cara de reprovação e se afastou.

Jaime engoliu em seco.

-Dorme um pouco, então.

Sentiu um gosto amargo na boca. Foi uma boa noite pra ele. Mas não queria ter feito aquilo. Ela não quis.

Saiu do quarto de mansinho, quando ficou alguns metros distante da esposa, pôde desabar. Foi um homem nojento e deplorável. Agora a garota o odiava. O sentimento piorou quando teve de admitir que foi uma noite prazerosa. Ele nunca havia tido prazer com outra mulher além de Cersei. Admitiu que a sensação foi muito boa.

Lyanna era tão delicada e tão inocente... Bem diferente da irmã.

Quando admitiu que finalmente deflorou a esposa, Cersei sentiu um nó na garganta, não tinha pena dela. Somente ciúmes e nojo.

-Seria mais agradável que estivesse casado com uma porca sarnenta. – Cuspiu as palavras quando puderam ficar sozinhos. – Não vejo a hora que ela e o pai morram.

Jaime não via problemas em ver Euron morto, na verdade aquela ideia lhe agradava. Era um homem repugnante e insuportável. Não parecia nada com Lyanna.

A Rainha da TempestadeWhere stories live. Discover now