Especial ( Cap. 15 parte 1 )

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Sei que estou atrasada mas... Esse capítulo é como um especial de dia das mães. Acabou meio que virando um especial do dia dos pais também ksksks mas enfim... Espero que gostem.

Kitsune

Uma mulher estava sentada no chão, em meio a uma sala. Seu cabelo era extremamente longo, em um tom avermelhado simplesmente lindo. Ela estava de costas para mim, parecia tricotar alguma coisa. Cheguei mais perto, para vê-la.
Quando vi seu rosto, por algum motivo, meu coração desparou. Ela parecia não ter notado minha presença... Continuava tricotando.
Ela cantarolava uma música. Uma música que eu tinha a impressão de já ter escutado antes.

Mas... Onde ?

- Oi... - Foi o que eu consegui dizer.

De repente, ela parou de tricotar. Levantou sua cabeça, olhando fixamente para mim.

- Olá... - Ela sorriu gentilmente.

- O que está fazendo ? - Perguntei, olhando curiosa para as agulhas em suas mãos.

- Ah, isso ? - Ela sorriu - Estou tricotando um cachecol.

Ela puxou o mesmo, mostrando-o para mim.

- É lindo... Para quem é ?

- Para meu filho... Quando ele crescer.

Só então, percebi que sua barriga estava grande. Ela estava grávida. Prestes a fazer o parto, eu diria.

- É um garoto então ? - Sorri, me sentando ao lado dela.

- Sim... - Ela sorriu, e voltou a tricotar.

- Como sabe disso ?

- Bom... Eu sou a mãe dele afinal.

Então, um silêncio se instalou sobre o local.
Não um silêncio desconfortável. Na verdade, pelo contrário. Estar ali, ao lado dela era tão... Bom.

Ela voltou a cantarolar a música. De repente, a música me veio a cabeça. Comecei a cantarolar o ritmo da música, como um acompanhamento.

Ela me olhou, assustada, e parou de cantar.
Então, só se ouvia a minha voz. Parei de cantar, olhando para ela.

- Como você... - Ela abriu a boca e me olhou, atônita.

- Eu também não sei... - Me encolhi, abraçando minhas pernas - Como será ?

- Estou em casa ! - Ouvi a porta se fechar.

- Bem-Vindo ! - A moça de cabelos ruivos gritou em resposta, com um sorriso cintilante no rosto. Ela se levantou imediatamente, indo recebê-lo.

- Hoi, cuidado ! - O loiro gritou, segurando-a antes que ela caísse - Não se esforçe demais...

- Claro... - Ela sorriu, passando a mão na própria barriga.

- Boa noite, meu amor - Ele beijou a testa da mulher, então se ajoelhou na frente dela - Boa noite, Naruto.

Arregalei os olhos.
Naruto...

- Minato, eu estava pensando... - Ela virou de costas para o marido, com a mão no queixo - Não acha que minha barriga está grande demais ?

- O que quer dizer ? - Ele perguntou.

- E se, por um acaso... Não for só um ?

Novamente, silêncio.

O loiro abriu a boca, mas não se ouviu nenhum som.
Então, ele se virou para mim. Só agora havia percebido minha presença.

- O-Olá... - Ele sorriu, sem jeito.

- Olá - Sorri.

- Qual é o seu nome ?

- Kitsune.

- Kitsune... É um bonito nome - Kushina sorriu - Aliás, como mesmo você entrou aqui ?

Olhei para ela, envergonhada. Como eu entrei aqui ?

- Eu... Não sei... - Cocei minha cabeça.

Os dois me olharam, atônitos.

- Bom, de qualquer modo... Eu tenho que voltar e... Fazer um relatório para a Hokage.

- A Hokage ? - Os dois disseram em uníssono, com as sobrancelhas arqueadas.

- Sim... Sabem, a Hokage, Tsunade...

- Tsunade ? A neta do Primeiro ? - O loiro me olhou como se eu estivesse louca.

- Quem mais... Seria ? - Sorri, sem entender o que estava acontecendo.

- Eu... Sou o Hokage - Ele continou - Sou Minato... Namikaze.

- Na..mikaze ? - Arregalei os olhos.

- O que foi ? - Kushina se aproximou de mim - Está tudo bem ? Ficou pálida de repente...

- E-Estou... - Fechei os olhos com força, tentando me concentrar.

Quando os abri novamente, estava deitada.

- Onde eu... Estou ? - Olhei ao redor.

O quarto de visitas... Ainda estou na vila do Tamaki...

- Aquilo foi um sonho... - Repeti para mim mesma.

De repente, senti lágrimas rolarem por meu rosto.

- Não foi, mamãe, papai ? - Continuei, chorando em seguida como não chorava a um bom tempo.

Minato Namikaze e Kushina.
São meus pais. Mas... Quem são eles ?
Por que eu sonhei com isso ?
E por que eu estou tão convicta de que eles são meus pais... A ponto de chorar assim ?

- Mamãe... Papai ! - Repeti, em meio ao choro, soluçando repetidas vezes.

A Garota das Nove Caudas - A Filha do HeróiOnde histórias criam vida. Descubra agora