Inspirado no Best-Sellers de Melody Anne, The Tycoons Proposal.
Qualquer semelhança pode ou não ser mera coincidência.
~ Ellie Adams está em apuros, e a única saída que ela tem evitado por dias se chama Christian Donovan, o garoto que ela amou inte...
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Ellie
Caminhei de um lado para o outro me forçando a ser forte e parar de chorar. Logo agora que Christian e eu estávamos nos entendo tão bem. Quando ele disse que me amava, mesmo bêbado, senti que fosse sincero. Tudo o que eu queria era ser feliz com o homem que eu amo, que minha irmã acordasse. Tentei conter os soluços em vão.
A porta se abriu e parei olhando Christian entrar com cautela. Minha vontade era correr até ele e abraçá-lo e nunca soltá-lo. Ele fechou a porta escorando-se nela me observando. É claro que ainda estava chateado comigo. O medo tomou conta de mim, eu não conseguia decifrá-lo. Os segundos pareciam uma eternidade. As lágrimas não paravam de molhar meu rosto.
Christian veio até mim e me apertou em seus braços. Senti uma onda de alívio e alegria. Retribuí seu abraço apertado. Eu não quero perdê-lo nunca mais. Senti então que podia respirar.
-Ele chegou a... -olhei em seus olhos, era nítido que ele tentava conter sua ira.
-Não! -balancei a cabeça. -Ele nunca concluiu suas intenções.
Christian me puxou para si de novo e senti um beijo na cabeça. Sentamos na cama e ele segurou minhas mãos, mas não olhou para mim.
-Ellie me perdoa. -não consegui entender seu pedido. -Eu nunca deveria ter aceitado tão fácil ficar longe de você. -desta vez ele me olhou, não havia lágrimas, mas seus olhos estavam vermelhos.
-Você não tem culpa. -apertei suas mãos. -Eu não tive culpa. Apenas fizemos escolhas erradas. -tentei sorrir.
-Sim. -ele me puxou para seus braços e fechei os olhos. -Vamos apenas fazer tudo diferente agora. -assenti. -Sobre o que você viu ontem, eu e Stacy não... -coloquei meus dedos gentilmente sobre sua boca.
-Não importa. -não deixei terminar sua explicação. Tudo o que eu quero neste momento é está em seus braços.
Christian segurou meu rosto me fazendo olhar em seus olhos. Fiz um carinho com meu nariz no seu. Eu só quero ficar assim, ao seu lado, sentindo o calor do seu corpo. Segurei seu rosto e o puxei para mim iniciando um beijo. Seu corpo foi se inclinando contra o meu e deitamos na cama. O que era um beijo inocente tornou-se um fogo incontrolável.
Puxei sua camisa e consegui tirá-la. Christian me ajudou com suas roupas e depois se livrou das minhas em poucos minutos. Quando nada mais estava entre nós, nossos corpos se tornaram um só. Christian me olhou nos olhos e chegamos ao ápice juntos. Sua testa suada se uniu a minha e ficamos ali abraçados, conectados, inseparáveis.
Christian
Deixei Ellie dormindo e fui para o banheiro tomar um banho. Entrei debaixo do chuveiro e fiquei ali sentindo a água morna. Apesar de não me conformar com sua omissão, entendo os motivos para que Ellie não me contasse. Só Deus sabe a tragédia que poderia ter acontecido se soubesse dos abusos que ela sofria do próprio pai. O pior de tudo... A mãe abandonou as duas filhas com aquele covarde. Soquei a parede sentindo a raiva tomar conta de mim novamente.
Senti suas mãos delicadas e pequenas em volta do meu corpo em um abraço, por um momento relaxei, sua presença me trás paz.
-Tudo bem? -sorri. Virei-me e a puxei para debaixo do chuveiro comigo. Beijei seus lábios em selinho demorado.
-Agora estou.
Terminamos o banho e voltamos para o quarto. Olhei para Ellie vendo-a apertar seu roupão branco, acho incrível ela ainda ter vergonha de mim.
-O que foi? -me perguntou tímida.
-Você ainda tem vergonha de mim. -não consegui conter um sorriso quando suas bochechas ganharam um tom avermelhado.
-Bom, ainda somos recém casados. -seu olhar desviou de mim. -Além disso, estou ficando totalmente fora de forma com a culinária de Charlotte, não quero que fique observando meu corpo.
-Sabe de uma coisa? -a puxei por seu roupão para mim. -Nunca vou deixar de desejar você. -ela me olhou tão séria que pensei que poderia tê-la ofendido. -O que foi?
-Você fala como se tudo isso fosse para sempre. Como se o nosso casamento não fosse por causa de um contrato. -soltei seu corpo e me afastei.
-Como você ainda pode está presa neste detalhe? -perguntei chateado. Será que era tão difícil perceber o quanto a quero.
-Isto não é um detalhe como uma decoração qualquer de uma casa, Christian. -respirei fundo. -É por causa deste contrato que estamos juntos.
-Mas ele não quer dizer nada. -respondi com impaciência.
-Ah, não? -seus olhos me desafiaram.
-Não. -me aproximei e segurei seu rosto bem próximo ao meu. -Não vamos estragar esse nosso momento discutindo, por favor.
-Desculpa. -pediu arrependida.
-Aceitas. -beijei seus lábios.
Acordei no meio da noite quando ouvi ruídos virem do banheiro. Levantei e fui até lá.
-Tudo bem? -me aproximei e a abracei por trás. Observei seu rosto branco pelo espelho. -Você está pálida.
-Estou bem. -ela apertou meus braços e deitou a cabeça no meu ombro. -Só acho que o jantar não me fez muito bem.
-Foi você quem quis comer pizza. -ela sorriu. Beijei sua cabeça e fiquei ali sentindo o cheiro de seus cabelos.
-Vamos dormir? -ela saiu me puxando para a cama.
Acariciei seus cabelos até que ela fechasse os olhos e dormisse. Essa era a paz que eu queria até o último dia de vida. A mulher que amo nos meus braços.
