Invented Love

4 - Chris.

Place that I am New York

Sexta feira, 23:30pm.

Junto com Margot, dançava sensualmente alguma música desconhecida com uma batida boa. Não podia negar, estava me divertindo bastante, mesmo tendo chegado há poucas horas na boate.

Comecei a ver uma aglomeração na porta e algumas pessoas começaram a correr para ver quem era a celebridade da vez que estava marcando a presença por aqui. Margot começou a falar que era Justin Bieber, mas eu disse que não ligava e ela logo foi confirmar sua fala, sumindo na porta da boate.

Fiquei mais alguns minutos pela pista dançando, mas logo me sentei no bar ao ver alguns homens fazerem encenações obscenas nada legais comigo, enquanto me olhavam. Nojo.

Nunca fui de frequentar boates e festas badaladas de New York, então nunca soube muito sobre bebidas. Apenas falei que gostaria de alguma com cereja e o barman fez, me surpreendendo com o maravilhoso gosto.

— Eu acertei, Justin Bieber está por aqui. — Margot disse eufórica ao se sentar em minha frente.

— Conseguiu falar com ele? — Perguntei simples.

— Não, tinha muitos paparrazzis e pessoas em volta. Apenas vi ele junto com amigos subindo para área vip. — Ela deu um sorriso. — É muito bom saber que estou em um lugar junto com Justin. Meu Deus, Katherine. — Fiquei feliz com sua euforia e até dei uma risadinha.

Começou a tocar Beyoncé - Dance for you. Estava com os meus pés latejando um pouco, mas mesmo assim fui para a pista quando minha melhor amiga me puxou, com ânimo.

Me remexia dentro daquele vestido preto. Rebolava e descia até ao chão mexendo no cabelo. Copiava um pouco do que Margot fazia, pois não tinha muita experiência e parecia que nós estávamos chamando um pouco de atenção. Quando a música se deu por fim, meu corpo estava quente. Me direcionei para o bar afim de matar minha sede e subi meu olhar para área vip, vendo que Justin Bieber tinha seu olhar cravado em mim. Mas logo me dispercei ao sentir alguém sussurar em meu ouvido:

— Você dança muito bem. — Me assustei e me virei, vendo um homem com algumas tatuagens, cabelo bagunçado e um sorriso lindo.

— Obrigado. — Agradeci.

— Dois martinis para nós. — Ele disse para o barman, que logo foi preparar.

— Ah, me desculpe mas não quero nenhuma bebida. — Lamentei, mentindo. 

Vai que esse homem que nem conheço, combinou com o barman de colocar alguma coisa na minha bebida para me embebedar e me levar para cama? Ok, paranóia, já pode parar por hoje. 

— Qual é seu nome? — Perguntou desviando do assunto.

— Katherine e o seu? — Me apresentei.

— Lindo nome. — Sorriu de lado. — Me chamo Chris!

— Lindo nome. — Imitei sua fala. 

Chris riu.

Nossa bebida chegou e eu apenas dei uma pequena provada, vendo o sabor que era muito bom. Mas logo deixei de lado, pois não gostaria de ficar bêbada.

Enquanto conversava com Chris, Margot chegou ao meu lado me puxando para o banheiro, deixando o homem falando sozinho.

— Kath, eu acabei de pegar um homem que tinha uma pegada... Nossa! — Suspirou de prazer.

— Que legal, não peguei ninguém. —Soltei uma risada de mim mesma, enquanto arrumava meu cabelo.

— Mas e o Chris? Achei que já tinha pego. — Estranhei. Como ela sabia o nome dele?

— Como você sabe o nome dele? — Perguntei interresada. Ela riu baixinho.

— Amigo do Justin, boba.

Quando ela respondeu, fazia total sentido e lembrei das vezes que Margot mostrava fotos dos amigos do Justin falando o quanto eram gatos e Chris estava entre eles.

— Por que você não pega ele logo? Se fosse eu, já estaria fazendo coisas além. — Sorriu maliciosa e eu dei um tapa nela.

— Para de ser inapropiada, garota. — Margot riu. — Para que me puxou para o banheiro?

— Só para respirar um pouco, aquele homem me deixou sem ar. — Revirei os olhos e saí com ela na procura de Chris, que ainda estava sentado perto do bar. Quando olhei ao meu lado, minha amiga já não estava mais me fazendo companhia. Me deixou sozinha para ficar beijando, vadia, concluí. — Voltei e desculpe pela minha amiga sem noção. — Chris riu fraco.

— Não tem problema algum, Kath. — Arquiei uma sobrancelha. Kath? —Ah... Desculpe. Posso te chamar assim? — Perguntou com vergonha. Como resposta, assenti.

— Vamos dançar, vem! — O puxei sem deixar ele concordar ou discordar.