cap.7 um bom amigo

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Aurora

Thenor levantou a taça em minha direção. E ainda sorrindo de lado se levantou e veio ao meu encontro. Alessandra me deu um empurrãozinho de lado e saiu. Semicerrei os olhos em sua direção e mentalmente praguejei ela.
Abaixei meus olhos e encarei minhas mãos. E elas começaram a suar. E meu coração começou a ter um ritmo mas avançado que o normal.
_ Boa tarde senhorita Guitely, já que não quis a minha carona na noite passada resolvi aparecer hoje e te pedir a sua companhia que para mim seria um prazer almoçar com você
  Não eu não podia aceitar. Esse Thenor não é aquele amigo que eu tinha na infância, não era o garoto que arriscaria tudo para ficar junto a mim. Thenor que eu conheci jamais me abandonaria no México e não me daria noticia alguma. Esse Thenor é como se fosse uma espécie de homem mulherengo. Mas porquê eu estou julgando. Eu nem sei realmente o que aconteceu.
_ Boa tarde, sinto muito mas não posso me dar esse capricho no momento de trabalho.
_ Então quer dizer que eu tenho uma chance ainda? _ Thenor bebericou sua bebida.
_ Não foi o que eu disse, mas quem sabe em outra ocasião. _ Senti minha bochechas queimar e ao contrario da noite anterior, agora era dia e com certeza elas me denunciaram.
_ vou ficar muito feliz quando isso acontecer, mas por hora vou me contentar em apenas ser servido o prato do dia. Posso?_ Ele apontou para minha mão que estava colada na minha calça como se fosse um apoio para ela. E assim que estendi em sua direção. Ele beijou com muita delicadeza. Poderia jurar que sentir uma corrente elétrica assim que seus lábios encostou no dorso da minha mão.

  A tarde passou tão depressa quanto a noite. Thenor ficou mas tempo que eu pensei depois do almoço. Alessandra ficava na recepção me encarando e de vez enquanto aparecia um sorriso em seus lábios. Percebia que ela mordia o bocal da caneta parecia que era ela que estava nervosa, mesmo eu sabendo que era só mania dela de morder os bocais das caneta.
  _ Alê dorme lá em casa hoje, amanha é sábado podemos ir no shopping tomar um  sorvete, eu pago. _ Levantei minhas mãos e em seguida depositei em cima do balcão de atendimento.
_ Sei não eh, esta estranho esse convite assim derrepente. _ Alessandra colocou a caneta de volta na boca e recebeu um tapinha na mão.
_ Ai.. _ Reclamou.
_ Não era você mesmo que queria dormir lá em casa e tentar se embarrar com o Bruno?_ Tomei uma das suas canetas e percebi o quanto o bocal estava danificado.
_ Eca Alê, que mania feia.
Depois de anotar um recado para o novo chefe da cozinha eu encarei Alessandra. Com os meus olhos quase implorei ela.
_ Tudo bem, mas oque eu ganho com isso? Porque a ultima vez que dormi lá acordei no outro dia toda quebrada.
    Me lembrei da noite que Alessandra dormiu na minha casa, nos duas separou uma maratona de filmes, fizemos pipoca e brigadeiro de panela. Estávamos animadas o primeiro filme foi Alessandra que escolheu. Era um filme que me deixou um pouco amedrontada, A órfã. Depois ela quis ver mas um de terror, era minha vez de escolher e ela não deixou, ela queria ver O Grito. E ela não só viu mas como ouviu os meus gritos, me encolhia na maioria das cenas.
Quando ela resolveu assistir o que eu escolhi, eu já estava cansada, e acabei dormindo com a cabeça no seu colo. E no dia seguinte Alessandra estava dormindo sentada escorada no sofá.

_ Podemos visitar o orfanato com o Bruno, amanha no lugar de ir ao shopping. _ Meus olhos foram de suplica, Alessandra logo percebeu, queria urgentemente desabafar com alguém sobre Thenor, sobre o turbilhão de emoções que eu estava sentindo. E Alessandra era minha única amiga em Portland.
_ Tudo bem eu aceito. Mas não vamos com o Bruno ao orfanato não, quem sabe em outra ocasião. Eu brinco sim em dizer que o Bruno é lindo charmoso e tudo mas, só que eu também tenho coração e sentimento. E pela a primeira vez eu não sinto necessidades em conhecer lo apenas por conhecer, da uns pega aqui e ali. Sei lá o Bruno parece ser diferente, e deixa acontecer naturalmente. Mas que eu vou mas na sua casa para dar um empurrãozinho no destino isso vou.
Caímos na gargalhada. Alessandra sempre me fazia sorri além da conta. Ainda bem que naquela hora o restaurante era vazio. Mas os olhares dos garçons não foi evitado.
_ Preciso conversar com alguém, se não vou ter um enfarto. _ Falei exasperada.
_ Então é um assunto serio, achei que seria só mas uma maratona de filmes. _ Alessandra me olhou assustada.
_ Não se preocupe. Não é nada grave. Fica tranquila. _ Tranquilizei-a.

  A noite chegou e Alessandra teria que fechar o restaurante, como eu tinha que ir mas cedo para depositar um cheque, fiquei de encontra lá em casa.
Assim que cheguei no elevador encontrei o Bruno. Ele estava com um terno preto que ficava muito bem aliando nele. Mas percebi que ele estava cansado. Convidei ele para tomar um vinho na minha casa e jogar conversa fora, quem sabe assim ele não relaxava um pouco. Eu e ele éramos siente que entre nos só havia uma bela amizade. Já assistimos filmes juntos e também já fomos ver um jogo no estádio. Ele estava tão à-vontade nesse dia e muito feliz com a presença da irmã mas nova.
Eu e Bruno nos conhecemos tem 7 meses mas temos uma amizade que parece que nos conhecemos a anos. No inicio foi bem complicado, achamos que nutríamos sentimento um pelo o outro. Me lembro da noite antes do natal ele me convidou para ir ao cinema, e lá fomos nos dois. O filme estava interessante ate eu e Bruno nos virarmos um para o outro, olhos penetrados e sua mão na minha perna. Derrepente ele se inclinou para me beijar ao mesmo tempo que pensei em beija lo também. E nossas testas se encontraram de cheio, em vez de nossos lábios. O episodio seguinte foi os guardas nos expulsando porque estávamos atrapalhando as demais pessoas que estavam assistindo o filme. Era um filme de fisccicao e não tinha muita graça e derrepente dois malucos começam a sorrir desesperadamente. Ainda estávamos sorrindo muito quando chegamos no estacionamento. Bruno abriu a porta para mim. E assim que ele entrou ele disse que era melhor nos dois ficar só na amizade mesmo e nunca contar esse incidente para ninguém, que seria nosso segredo. Era para mim esta constrangida mas eu estava feliz por conseguir descobrir nosso sentimento um para com o outro.
Agora eu precisava dar um de cupido e apresentar ele a Alessandra. Os dois por algum capricho do destino nunca se encontraram e estava na hora de eu dar um empurrãozinho.





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