Capítulo 9

349 41 29
                                    

               L U K E     H E M M I N G S

Havia acabado de chegar em casa. Zoe e as garotas me fizeram milhões de perguntas no carro, de como foi aquilo, mas eu sempre mudava de assunto ou me fazia de louco e não respondia, eu não estava com cabeça para inventar qualquer desculpa que fosse.

Minha reputação tinha acabado de ser mais que destruída por Brianna, eu não fazia a mínima ideia do que eu faria para recupera-lá, mas que eu ia me vingar dela? Mas é claro! Esse jogo de acabar um com a vida do outro já estava chato, mas enquanto ela continuasse, era óbvio que eu iria continuar.

Zoe me deixou na casa da Brianna, assim que desci do carro, corri em disparada para o quarto, chegando lá tirei todas as roupas, ficando apenas de peças íntimas. Peguei o celular, e bati uma foto no espelho exatamente do jeito que eu estava.

Entrei no instagram, e postei.

[...]

Minha ansiedade estava a mil, só para olhar para a cara de Brianna quando ela ver a foto. Nesse momento estou sentado em um banco em frente à escola, esperando anciosamante para que a aula comece.

Estou usando uma blusa básica rosa, um cardigã branco por cima, calça jeans claras e sapatilhas floridas. Usar essas roupas que ela costumava usar, faz tudo parte do plano, para ela achar que eu desisti de fazer qualquer coisa contra ela.

Finalmente o sinal da escola tocou e eu fui correndo para a sala de aula.

A aula passou em um piscar de olhos para mim. Já estávamos na hora do intervalo, e todos, sem exceção estavam olhando pra mim, e encarando o celular, agora só o que faltava era Brianna perceber.

Até que a vi falando alguma coisa no ouvido de Ashton, e o mesmo mostra o seu telefone, o que eu deduzo estar mostrando a foto.

Assim que ela vê, seus olhos se arregalam, e eu percebo que ela olha diretamente para mim, com uma cara furiosa.

               B R I A N N A   A D A M S

Meus olhos, não acreditavam, no que eu tinha acabado de ver. Eu não acreditava, que Luke realmente tinha feito aquilo.

[...]

Eu estava extremamente cansada desse jogo, só estávamos destruindo nossas vidas, então simplesmente apaguei a foto que eu havia batido do pênis de Luke, e decidi que eu não deveria fazer mais nada, se não isso nunca iria acabar.

Assim que ia bloquear o celular, o Hemmings me mandou uma mensagem.

Brianna: E aí, gostou da foto?

Eu: Dá 'pra apagar a foto agora? Todo mundo já viu.

Brianna: Aí perderia toda a graça.

Eu: Por favor, Luke.

Brianna: 'Tá, eu apago.

Brianna: E mais uma coisa, você não 'tá com raiva de mim?

Eu: Claro que estou, mas eu não posso cortar total contato com você, já que estamos no corpo um do outro.

Brianna: Vem cá, precisamos resolver uma coisa.

Eu: Ok.

Coloquei o celular de Luke em cima da cama, vou para a janela descer pela escada. Depois de subidas e descidas chego ao meu quarto.

— Eu quero meu corpo de volta. — Luke fala, assim que eu entro no cômodo.

— Você não tem ideia, de como eu também quero o meu. — Falo, e sento ao seu lado na cama.

— Você falou que poderia ser só por 24 horas, mas já fazem dias que estamos assim. Tem que ter um jeito da gente voltar aos nossos corpos. — Luke fala não mostrando muita emoção em sua voz.

Por um bom tempo ficamos calados. Eu estava viajando nos meus pensamentos, tentando montar alguma solução para o que aconteceu com a gente, até que...

— Luke, presta atenção. Um dia antes, da gente trocar de corpo nós fomos a um museu de história egípcia, certo?

— Sim. — Ele me respondeu, mostrando interesse na voz.

— Nós discutimos em frente à uma estátua egípcia, certo?

— Sim.

— Então, eu já tinha lido sobre aquela estátua em algum livro, e pelo o que eu me lembro era um deus de magia egípcia. A única explicação lógica é que ele tenha nos trocado de corpo por estarmos discutindo. — Falo minha teoria totalmente sem sentido, porém nada mais fazia sentido, eu estava no corpo de Luke.

Ele ficou calado, e com uma cara de como se estivesse pensando.

— Olha até que faz sentido. Mas qual é o seu plano?

Respiro aliviada, por ele não me achar uma louca.

— Nós podemos ir no museu, e falarmos para a estátua que já estamos amigos, e que aprendemos a lição e podemos voltar para os nossos corpos.

— Boa ideia. Mas quando faríamos isso? O museu fica a uma hora daqui, e não temos carro.

— Já tenho tudo em mente, vamos para a primeira aula amanhã, e ganhamos o visto de presença. Depois saímos e vamos para o ponto de ônibus, pegamos um e que dê perto do museu, falamos com a estátua, e voltamos para a escola, já com os destrocados.

— Certo.

Changed Lives  ⇢ lrh Onde histórias criam vida. Descubra agora