Capítulo 10

295 35 10
                                    

L U K E H E M M I N G S

Eu mal posso esperar para que a primeira aula finalmente acabe. Eu só quero o meu corpo de volta, é pedir muito?

A aula é de história e apesar de estar um saco, a única coisa que me faz continuar querendo estar nesta sala é o fato de a professora ser incrivelmente gostosa.

Eu já havia transando com ela umas duas vezes, mas o seu marido descobriu, o que causou o divórcio dos dois, e desde então, ela me odeia.

Depois de passar a aula inteira viajando nos meus pensamentos, percebo que a professora saiu da sala, então vou ao encontro de Brianna.

— Vamos? — Ela me pergunta, assim que me aproximo da mesma.

Não respondi nada, apenas assenti. Saímos da sala e fomos em direção a entrada do colégio.

Andamos bem uns 15 minutos até chegarmos na parada de ônibus mais próxima.

[...]

Entramos no museu, e achamos a estátua mais rápido do que eu esperava. Ficamos um ao lado do outro, mas nenhum de nós falamos nada.

— Luke, fala alguma coisa. — Brianna fala, e me dá um empurrão de leve.

— Eu não, fala você. Afinal foi você que teve essa ideia.

Ela não fala nada, apenas solta um ar pesado enquanto me encara.

B R I A N N A A D A M S

Paro de encarar Luke depois de poucos segundos, finalmente crio coragem para falar com a estátua.

— Olá, estátua! Como você pode ver, eu e o Luke estamos amigos agora.

— Sim, melhores amigos! Eu e a Brianna não vivemos mais um sem o outro agora, somos inseparáveis. — Ele fala, o que me da vontade de rir, a falsidade na sua fala era muito perceptível.

— Podemos provar, o quanto estamos amigos. — Falo, e logo em seguida dou um abraço em Luke. No início ele toma um susto com a minha ação, mas logo depois devolve o abraço enquanto dá tapinhas nas minhas costas. — Agora vamos contar até três e fechar os olhos, quando abrimos, queremos estar nos nossos corpos, certo? — Assim que acabo de falar, fecho os olhos.

— Um. — Luke fala.

— Dois. — Falo.

— Três. —Falamos juntos.

Assim que abro os olhos, vejo que ainda estou no corpo do Luke.

— Mas que caralho, Brianna! — Luke grita. — Eu ainda to na merda do seu corpo.

— E você acha que eu to feliz por estar no seu corpo?!

Luke não me responde nada, apenas saiu do museu aparentemente com muita raiva.

Fui correndo atrás do mesmo. Assim que avisto que o avisto, vejo que ele está fazendo o caminho para parada de ônibus.

Olho as horas no celular, e vejo que chegaríamos a tempo no colégio.

[...]

Chegamos a tempo de entrar na quinta e última aula.

Passou tudo extremamente normal, eu aprestava atenção em tudo em que o professor falava, finalmente durante dias eu havia conseguido fazer isso novamente.

Depois que acabou a aula, fui saindo da sala quando sinto alguém tocando meu ombro.

Quando me viro dou de cara com Calum. No início, nem um de nós dois falamos nada. Calum abria e fechava a boca, provavelmente procurando as palavras certas a serem ditas.

— Luke, o que caralho foi aquilo? — Calum finalmente pronúncia alguma palavra.

Fico um tempo calada, pensando no que eu poderia falar para livrar a pele de Luke.

— Foi uma aposta. — Falo a primeira coisa que vem em minha mente.

— Sério? Você me beijou por conta de uma porra de uma aposta?

— Sim.

— Eu ia fazer drama agora, mas vendo bem aqui na minha cabeça, saiu tão gay quanto você me beijando, então deixa isso pra lá, você está desculpado. — Ele meche em seus cabelos escuros.  — Então, eu vim aqui pra te chamar, para a festa que vai ter hoje na casa da Lousie. A gente passa lá pra te pegar, no horário de costume.

— Ok.

Calum saiu da sala, eu não queria ir no ônibus da escola, então criei coragem para chamá-lo e perguntar se eles poderiam me dar carona.

— Calum, espera! — Grito não muito alto, mas alto o suficiente para ele ouvir.

Vou correndo até ele.

— Será que vocês podiam me dar carona? — Pergunto, com um pouco de medo de sua resposta.

— Claro, está a mesma coisa de sempre Luke, ninguém ocupou o seu lugar não.

[...]

Depois de um longo caminho, explicando para Michael e para Ashton que Luke não era gay finalmente eu estava em "minha" casa.

Eu estava distraída fazendo um trabalho para a escola, quando lembro que tenho que avisar o Hemmings sobre a festa, e que eu tinha voltado a amizade dele com os meninos.

Eu: Luke vem aqui no seu quarto, tenho novidades.

Brianna: 'Tá.

Me deito na cama encarando o teto, enquanto esperava ele. Depois de um tempinho, Luke entra pela porta do quarto.

— Antes de você me perguntar o porquê da demora, eu demorei um tempão para dar de ninja e sair escondido dos seus pais, e eles não
perguntarem para onde eu ia. E eu não podia usar a escada porque não está na janela do seu quarto. — Luke fala, enquanto fecha a porta atrás dele. — E sim quais são as novidades?

— Uma das novidades é que eu falei pra todos os seus amigos, que tudo o que aconteceu foi uma aposta.

— Então quer dizer que está tudo bem entre mim e eles, de novo? — Luke me perguntou, pelo seu tom de voz e a sua cara ele parecia estar muito feliz.

— Sim.

— E qual é a outra novidade? — Luke me pergunta, parecendo muito empolgado.

— É que, o Calum me chamou para uma festa. — Na mesma hora que falo, a expressão de alegria na cara de Luke muda, e se torna uma expressão de preocupação.

Ele fica um tempo sem falar nada.

— Brianna, você não vai a esta festa. Eu sei que Luke Hemmings vai a todas as festas, mas não quero que você passe pela mesma coisa de novo. Você teve sua primeira ressaca por culpa minha.

— Primeiro a culpa não foi sua, eu bebi porque quis, eu poderia muito bem ter perdido aquele campeonato logo no início, mas continuei. Segundo eu vou sim, você não manda em mim, eu gostei de festas mais do que eu imaginava. — Falo, tentando manter a calma na minha voz.

— 'Tá certo Brianna, mas saiba que eu não vou segurar o cabelo de ninguém não quando for vomitar na privada, nem dar banho frio, muito menos levar remédio . — Luke fala, totalmente rude e grosso.

— Segurar que cabelo? — Falo enquanto aponto para o "meu" cabelo. — E da primeira vez você não deu banho gelado nenhum em mim, a única coisa que você fez foi me trazer um remédio, coisa que eu posso fazer muito bem sozinha.

Após a minha fala Luke não disse nada, apenas se dirigiu a janela e desceu a escada.

Changed Lives  ⇢ lrh Onde histórias criam vida. Descubra agora