Looking For Happiness [Reescrevendo]

Painful Memories

Hello, beautiful people's, como estão vocês?

Já desistiram de ler esta mera fanfic? Do fundo da minha alma, eu espero que não, porque os próximos dois capítulos serão bem intensos e acho que vocês irão gostar.

Não vou ficar me justificando aqui o motivo de ter demorado tanto pra atualizar, acho que vocês têm maturidade o suficiente pra entender que nem tudo é na hora que queremos e da forma que queremos, exemplo disso é a minha inspiração que nunca vinha pra eu poder escrever. Única coisa que peço - mesmo sabendo que não tenho esse direito, já que demorei séculos pra atualizar - é que votem, comentem, digam o que acharam, porque é importante pro crescimento da estória e é um dos motivos que nos levam a dedicar nosso tempo a ela. Obrigada, de nada.

Enfim, chega de falação.

Aproveitem.

1/2

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Camila's Point of View

Três de março de mil novecentos e noventa e sete. Mais precisamente o dia mais feliz da vida dos meus pais, segundo eles. Ou, como eu prefiro dizer, o dia em que vim ao mundo aos berros.

Eram uma e quarenta de uma manhã de segunda-feira. Mama se encontrava na sala de estar andando de um lado para o outro; uma barriga enorme de quase nove meses completos de gestação e contrações a cada cinco minutos, enquanto papa estava sentado no sofá, as mãos entre os cabelos frustrado por não poder fazer nada para apartar as dores massacrantes que ela sentia. Na primeira contração, papa se desesperou ao escutar os gemidos aflitos de mama, pegou as bolsas com as roupinhas bordadas pela vovó, fraudas, documentos e a levou ao hospital mais próximo de nossa casa, o Nicklaus Children's Outpatient.

Dr. Michael Jauregui era o médico de plantão. Obstetra dela desde o primeiro mês de gravidez, ele a recebera com uma cadeira de rodas na portaria, observando o desespero de papa e as feições de dor de mama com um sorriso. Talvez também estivesse de fato feliz pelo meu nascimento.

E lá fomos nós, atravessando as portas giratórias até chegar a sala de parto já preparada para a minha vinda a este admirável mundo novo. Tudo o que podia-se ouvir eram os bipes da máquina que registrava os batimentos cardíacos de mama, duas enfermeiras auxiliares dizendo para ela fazer o máximo de força possível, o dr. Mike incentivando-a com sua positividade ao dizer que estava vendo minha cabeça e... ah, mama gritando esgueladamente, capaz de acordar até quem estava em coma naquele hospital, enquanto papa se desesperava do lado de fora, agoniado por não poder entrar e lhe fazer companhia, pois tinha que ligar para os demais familiares.

E aos quarenta e cinco do segundo tempo, quando as energias de dona Sinuhe já estavam se esgotando e as últimas gotas de suor desceram por sua testa, eu nasci. Pesando pouco mais de dois quilos e algumas gramas que eu não me recordo agora, medindo cinquenta e sete centímetros, as três e quarenta e cinco de uma manhã de segunda-feira, chorando a plenos pulmões. ''E que pulmões'', afirmou o dr. Jauregui assim que viu o meu rosto coberto pelo sangue.

– Parabéns, Sinu. É uma menina. — O bom homem olhou-me novamente, desta vez sorrindo, e o meu choro cessou, palavras de mama — uma linda menina.

Nos minutos que se prosseguiram, me deram um bom e gostoso banho; me vestiram com um macacãozinho de lã amarela guardado com todo o seu zelo e amor de mãe, dobrado num papel dentro de uma caixa de veludo, ao qual estou abrindo neste momento; levo-o ao nariz e sinto o cheiro de bebê que se impregnou nele mesmo após os anos que passara na caixa. Depois de vestida, fui levada ao quarto onde mama descansava do esforço físico que fizera para me colocar para fora de seu útero quentinho e confortável, onde já se encontravam também papa, o vovô e a vovó, os dois irmãos mais novos de papa, tio Miguel e tio Luís, e a tia Cecília, irmã da mama. Todos olharam atenciosos e sorridentes para o pequeno embrulhinho nos braços da enfermeira, chorando escandalosamente e se aproximando aos poucos do leito da minha progenitora. Esta não se conteve e desmanchou-se em lágrimas.