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Músicas do capítulo
When You Love Someone - Jason Mraz
Atlas: Heart - Sleeping At Last
Enjoy, babes.
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– O Halloween é uma forte tradição cultural nos Estados Unidos, mas surgiu entre os Celtas (na região onde hoje fica a Irlanda) a cerca de dois mil e quinhentos anos. O nome "Halloween" é uma contração do termo "All hallow"s eve", que significa "véspera de todos os santos", no inglês antigo. Desde sua origem, o Halloween é celebrado no dia trinta e um de outubro, data que marca o Samhain (o Ano Novo Celta), o início do outono no hemisfério norte, e é ainda a véspera do Dia de Todos os Santos. — A professora de História explicava para as crianças atentas a data memorável e, de certa forma, importante para a cultura americana — Uma das teorias a respeito dessa tradição é de que os celtas acreditavam que nesse dia, os espíritos dos mortos se levantavam, e saiam em busca dos vivos, de quem tomariam os corpos. A decoração e as fantasias assustadoras seriam utilizadas como forma de se defender. A frase "travessuras ou gostosuras" também tem origem na tradição celta, assim como as abóboras ocas iluminadas (para os celtas, nabos ocos). — Sofi se junta aos seus colegas em uma cara de medo e, ao mesmo tempo, curiosidade, ao observar a professora desenhando o legume no quadro negro. — O Halloween foi introduzido nos Estados Unidos por imigrantes irlandeses, em 1840. No dia 31 de outubro as crianças saem para a rua fantasiadas, batendo na porta das casas, e dizendo a frase tradicional: "travessuras ou gostosuras", para ganhar doces.
A mulher finaliza olhando para o relógio, constatando que faltavam dois minutos para o término da aula. Sofi então começa a guardar seus objetos dentro da mochila herdada de sua irmã, mas antes de sair, a professora torna a falar.
— Para casa, eu quero que vocês pesquisem mais profundamente sobre o tema e contem como foi o halloween de vocês. Bom feriado, crianças. — E todos saem apressados, correndo em direção a porta, ansiosos com a data comemorativa, pedir doces e se fantasiarem.
Sofia também não ficava para trás. No banco do passageiro do carro de Dinah, a garota contava animadamente sobre suas ideias de fantasia, como queria arrumar seus cabelos castanhos e, principalmente, a maquiagem. Embora não tivesse idade para usar, queria estar bonita para que as pessoas a notassem, e, principalmente, Adrian, o garoto mais bonito da classe, de acordo com a fonte ela. Como qualquer menina no auge de seus dez anos, Sofi queria impressionar, fazer Adrian achar sua fantasia legal ou, quem sabe, se interessar por ela. ''A pré-adolescência nunca retrocedeu tanto'', pensava Dinah com um sorriso de canto enquanto observava a garota subir os degraus da casa rapidamente.
No andar de cima, a cubana mais nova para diante do quarto da irmã. Observa da porta em silencio, sua feição logo muda e ela percebe que Camila mal se moveu. Estava na mesma posição que a encontrou antes de ir para o colégio, sentada em frente a janela, e seu coração apertou. Doía vê-la assim e sequer saber o que fazer. Mesmo com a pouca idade, já sabia que ela não estava bem há dias, mais precisamente desde o dia em que a encontrou chorando no porão segurando aquela placa, amaldiçoada por Dinah.
Decidiu então deixar a mochila no chão e se aproximar dela. Tocou seu ombro de leve e questionou.
– Kaki... — Camila vira o rosto minimamente para a figura da garota — você está bem?
A cubana mais velha engole seco e volta a olhar através da janela. Não sabe o que dizer ou explicar de uma forma que ela entenda o que tanto lhe afligiu durante as semanas que se passaram. Não sabia como explicar a uma garota de dez anos que amava alguém cuja amizade não queria perder. Não tinha ideia de como começar a falar sobre os sonhos que vinha tendo com seus pais, como eles cantavam para ela dormir e como a presença deles se fazia tão real quando andava por cada cômodo daquela casa, ao qual deveria mudar-se, pois as lembranças a atormentavam e lhe machucavam de uma forma talvez nunca entendível.
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Looking For Happiness [Reescrevendo]
FanficCostumamos ouvir que a felicidade não tem preço. Há pessoas que dizem, sem muito refletir, que fariam qualquer coisa para serem felizes. Lauren Jauregui, uma britânica no auge de seus 19 anos de idade, sonhadora, ainda almeja encontrar um sentido na...