Shut up, Ally!

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Hi :)

Desculpem a demora pra atualizar. A net não queria ajudar muito... :(

Enfim, aqui estamos com mais um capítulo.
Boa leitura! :*

***

Certa vez, enquanto o jogo final do campeonato de basebol do orfanato acontecia, Lauren estava em seu assento, concentrada com um livro em mãos, fazendo caras e bocas sozinha em meio a tantas crianças agitadas e eufóricas. Encontrou um livro na sala da Madre Consuelo — intitulado Jane Eyre — e, como uma boa menina, o pediu emprestado. Desde então não desgrudava da história. Enquanto todas as crianças faziam outras atividades comuns salutares, Lauren lia mais e mais páginas. Ela então, sentada em meio a uma final de basebol, leu um trecho bastante polêmico para sua mente juvenil de onze anos. A morena tinha uma vida tranquila no orfanato e se sentia feliz assim. Então por que o livro lhe dizia outra coisa? Quem estava errado? E se ela estivesse errada, e se algum dia precisasse de ação? Ela teria que fazê-la acontecer? A resposta veio após o passar dos anos: sim.

Felizmente, era só mais um dos muito sonhos que Lauren tinha desde que pegara naquele livro. De alguma forma, a morena presumia que sua vida precisava de ação, e foi com essa motivação que viera parar em Miami. Claro, ela queria mais do que nunca encontrar sua família, mas sentia que sua vida no orfanato era "parada demais". Gostava de se aventurar e, cá para nós, viver num orfanato não é a coisa mais ousada de se fazer. E onde se encontrava no dado momento? Em um quarto de hotel, pensando em como iniciaria sua busca, no qual fora obrigada a interrompe-la, já que sua melhor amiga batera constantemente na porta.

– Anda, Jauregui! Abre logo essa porta, antes que eu arrombe! — Às vezes, Ally era impertinente quando queria.

– E de onde tiraria forças pra fazer isso? — Retrucou alto debochando da amiga, enquanto caminhava em direção à porta, para em seguida abri-la e revelar uma baixinha furiosa.

– Eu não fiz três meses de academia à toa, meu amor, poderia arrombar essa porta muito bem caso quisesse. — Adentrou o quarto com um sorriso de quem sabia muito bem do que estava falando.

– Oh, claro que poderia, com todos esses músculos, acho que esta porta estaria no chão agora. — Ironizou, sabendo que isso irritaria a amiga. Era sua intenção, no final das contas, mas Ally não cederia tão fácil a essa provocação, cederia? — O que te levou a acordar tão cedo e bater na minha porta? — Indagou, cruzando os braços e recostando-se no objeto amadeirado.

– Como se você não soubesse, não é?! — Lauren deu de ombros, fazendo a amiga bufar por ser tão lerda às vezes — Esqueceu que marcamos com Normani de visitar a casa que ela está alugando?

– Marcamos? — Havia esquecido, mas não queria admitir em voz alta que o motivo envolvia uma cafeteria, Elvis Presley, um café preto e uma bela companhia de olhos castanhos. Mais uma vez, Ally pede a todos os santos que lhe dêem demasiada paciência.

– Meu Deus, em que mundo você estava?! — Ficou tentada a responder, mas notou que a pergunta era retórica, então se calou — Anda, troca de roupa pra gente poder se mandar logo daqui e encontrar com ela, antes que ela alugue pra outra pessoa, e se ela fizer isso, eu mato você por fazer eu me atrasar. — Deu seu ultimato, pegando da mala sobre a cama, uma blusa, uma calça, meias, escova de dente, e empurrando Lauren para dentro do banheiro.

– Ok, apressada! Não precisa empurrar!

(...)

Depois de toda a demora para se arrumar — palavras de Ally —, as garotas seguiram rumo ao centro da cidade, observando cada casa que havia ali. Lauren, como estudante e boa admiradora da arquitetura urbana que era, suspirava cada vez que olhava para uma. Queria parar, entrar e tirar fotos dos locais, mas o tempo era curto e uma Ally com pressa também. A loira já ansiava pelo dia em que teria o seu próprio lar, o seu cantinho, desde que saira do orfanato. E estar à metros desse sonho ser realizado a deixava muito feliz. Normani, por outro lado, não dizia uma só palavra, mas sorria ao ver as duas amigas admirando cada detalhe da casa que morara por cinco anos. Se lembrou de como era igual a elas quando fora chamada para estudar na Flórida International University. Era uma caloura como a maioria à procura de algum canto que pudesse, de alguma forma, suprir a falta que sentiria de sua casa, em Houston, no Texas. E supriu.

Looking For Happiness [Reescrevendo]Onde histórias criam vida. Descubra agora