I'd like to know more about you.

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A primeira coisa notável quando ele age como quem é de fato, é a forma de exercer controle e punir por uma razão desconhecida todo rosto e tudo mais. No entanto, ninguém realmente se importa em saber qual peça é a que falta. O que ele precisa é um pouco de fé e esperança em si mesmo e se achares que isso não passa de palavras sem sentido talvez perceba o quão rude é com a vida e consigo mesmo em não ver que em cada um existe uma razão maior para se ser do jeito que é.


Carrie Collins, Los Angeles- Califórnia.

Minha respiração já não podia ser contida de forma calma, sentia como se cada poro do meu ser exalasse expectativa.

Porra, eu só queria esperar a chuva passar e agora estou aqui sentada dentro de um audi R8 que eu provavelmente nunca vou ter a metade do dinheiro na vida ao lado do dono do mesmo e da maioria das safadezas que passam pela minha cabeça.

Santa e bendita chuva da Califórnia, meu corpo dizia. Já meu cérebro procurava em si uma própria capa de chuva para abrir a porta do carro em movimento e saltar. Meu estômago roncou e não pude ter a certeza se era apenas fome ou parte do nervosismo estúpido que me perturbava.

- Eu escutei isso. - disse Justin com sua boca sendo pressionada numa linha fina de reprovação. - E a 5 minutos atrás estava reclamando querendo voltar para casa.

- Eu posso cozinhar, diferentemente de Elena. - rebati.

- E porque então não utiliza dos seus dotes como moça e não faz algo para comer?

- Você é muito mandão.

- Você já disse isso.

- Pois digo novamente: Mandão.

Senti sua respiração pesada e seus olhos entrando em contato com os meus.

- Sugiro que tome conta dessa sua boca inquieta. - revirei os olhos enquanto ele parecia suprimir vontades de me esganar.

- Você se incomoda muito comigo, não posso nem abrir a porra da boca! - disse enquanto ele pressionava um código no celular que possibilitava a abertura de um enorme portão preto. Oh, a garagem. Chegamos.

- Você pisca enquanto xinga.

Que? Que diabos ele está falando.

- Não me olhe assim, você parece ser bem inocente e do tipo que não costuma xingar Carrie. Bom, pelo menos não fora de ocasiões desgastantes. - disse me inferindo um olhar lascivo de molhar calçinhas

- As aparências podem enganar. Veja você por exemplo, não é tão problemático quanto eu pensava que fosse.

Ele sorriu balançando a cabeça estacionando o carro em uma vaga que obviamente deveria ser a sua tirando as chaves e destravando as portas.

- As aparências podem enganar. - disse saindo do veículo usando minhas próprias palavras contra mim dando a volta e abrindo a porta para mim. - Vamos.

Peguei minha bolsa com meus pertences e o acompanhei até o elevador. Era espelhado e mal pude evitar pensar no quão quente seria transar com ele num lugar como esse.

Espelhos. Um local fechado. Tensão sexual.

Era palpável. Seu longo dedo pressionou o painel digital do elevador no número cinco, e seguimos de forma calma demais diferentemente de como meu corpo queria ir até o seu andar. Justin continuava imóvel ao meu lado.

Assim que as portas se abriram pude perceber ao longo de um pequeno corredor uma única porta.

- Ué... - resmunguei e ele olhou para mim como se eu tivesse duas cabeças.

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