It's mutual.

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Com lábios manchados por vinho ela é um problema tão fria ao toque, mas quente como o diabo. Lhe entreguei parte do meu controle, mas ela queria minha alma mas baby minha alma é escura e quando souber disso estará tudo se complicará. Ela tentou quebrar minhas correntes mas são essas que me permitem a minha segurança e minha única forma de sentir-me seguro outra vez.


Carrie Collins, Los Angeles- Califórnia.

Os pensamentos flutuavam para os mais derivados cantos em minha mente.

Porque Justin precisa de mim? Porque ele quer desabar? E, comigo... Uma simples e inexperiente estudante de Literatura que conhece mais a vida fictícia que a propriamente vivida. Assim que o táxi amarelo - sim, Los Angeles também os possui, chegou ao portão de saída da UCLA e um velho senhor que já aparentava ter idade suficiente para ganhar uma bela aposentadoria me perguntou se eu conhecia alguma Carrie adentrei no veículo. Com certeza esse seria o bom senhor que Justin chamou, acredito eu que ele não chamaria nenhum maníaco.

Bem, não sei.

Após longos 26 minutos de inquietação no trânsito conturbado de LA em Beverly Hills - bairro de Justin, por conta de toda movimentação turística chegamos a faixada de seu prédio. Era bem mais bonito quando não chovia. O edifício possui algumas placas de metal espelhado nas entradas que com o reflexo do sol causava um efeito bonito e sofisticado em contraste com os pequenos e bem cuidados arbustos.

- Quanto foi a corrida? - perguntei abrindo a carteira para pagar o transporte.

- Não se preocupe, o senhor Justin acerta depois. Era motorista dele e de sua família e como fiquei velho demais não trabalho para seu pai dirijo um táxi porque as ruas não conseguem sair de quem sou. - se explicou provavelmente perante meu rosto de desentendimento.

- Eu insisto...

- Ele não vai gostar disso, - disse com um riso carregado por uma voz rouca pela idade.

- Eu não ligo se ele gosta ou não... - disse sentindo meu celular vibrar em minhas coxas.

Droga! De novo, que perseguição!

- O que foi, Justin? - perguntei exasperada olhando o taxímetro e deixando a quantia de 20 dólares para o senhor pedindo para que não contestasse.

- Onde você está? Desistiu ou te sequestraram? - disse arrogante.

- Se você não lembra, vive num inferno de uma cidade turística que possui outro inferno de trânsito. - disse abrindo a porta do carro.

- Olha a boca, onde você está? - disse dando passos e pude ouvir ao fundo da ligação.

- Aqui, você só tem que me deixarem entrar.

- Ok. - murmurou e desligou.

Imbecil mal educado.

Esperei alguns segundos e o interfone soou com ruídos por uma voz máscula permitindo minha entrada e assim a fiz, passei pelo hall e fui direto ao elevador que assim que fechou começou a subir sem comando algum feito por mim. Justin.

As portas se abriram e lá estava ele. Cabelos desengrenhados, bermuda jeans com uma lavagem rasgada bad boy e camisa de mangas curtas de cor branca com chinelos. Seus braços eram fortes e nossa, completamente tatuados. Diversos desenhos aleatórios que me fizeram percorrer cada detalhe do seu corpo descoberto procurando por um.

- Apreciando a vista? - perguntou em tom de riso que me fez voltar a real e corar.

Por Deus, eu estava o secando na frente dele.

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