I missed you - Capítulo 11

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Saímos de casa parecendo dois ursos, pois estava ventando muito. O vento, diferente do que estávamos acostumadas no Brasil, é muito gelado. Você precisa ter as roupas certas, se não, vai morrer tentando se aquecer com uma infinidade de roupas que não vão fazer o serviço delas. Aprendi isso da pior maneira, acredite! Ainda assim, decidimos ir andando. Aos poucos, a temperatura do nosso corpo aumentava, e a sensação térmica ia ficando mais agradável, a medida do possível.
— Como estão as coisas com o namorado? — Mare perguntou quando paramos no semáforo, esperando que abrisse para nós. 
— Estamos bem, por enquanto... — entortei a boca— Como você sabe, a gente... ele assumiu o namoro para Deus e o mundo. Você lembra do que aconteceu com a Selena Gomez?
— A menina foi massacrada, coitada. 
— Exato! SÓ porque ela namorava com um famoso e olha que ela ainda era e é famosa. Imagina o que vai acontecer comigo, uma mera mortal. 
— É claro que vai acontecer com você, (sn)! — arregalei os olhos— Ué... é verdade.
— Isso foi uma tentativa de fazer eu me sentir melhor?
— Talvez, mas é a verdade. É melhor você aceitar que algumas pessoas não vão gostar de você e já estar preparada para isso. Sempre é assim: algumas pessoas vão gostar de você, enquanto outras vão odiar você. Muitas vezes, o motivo pelo qual elas gostam e odeiam é o mesmo...
Não disse nada, apenas absorvi o que ela havia dito. Gostasse eu ou não, era a verdade e o que iria acontecer. Cabe a mim, como Mare mesma disse, aceitar e lidar da melhor maneira possível. Felizmente, chegamos a biblioteca e eu conseguiria me concentrar em coisas que realmente eram importantes. Minha apresentação para Oxford seria em duas semanas e eu precisava melhorar muitas coisas. Infelizmente, eu não posso trocar de cérebro, então tenho que me virar com o que tenho.
Caminhamos em direção ao grande prédio marrom, sendo claramente perceptível por sua torre. Eu não entendia nada de arquitetura, sequer artes, mas já ajudei Mare a estudar para uma prova, sendo uma ótima ouvinte. Lembro que ela havia dito sobre a construção da biblioteca ter iniciado na década de 30 e o arquiteto da obra ter chamado a torre de "a magnífica ereção". Entenda como quiser, mas acho que ele tinha uma grande admiração por esse tipo de "coisa".
Entramos e eu percebi que o aquecedor estava ligado, fazendo com que eu, assim como Mare, retirássemos os nossos casacos imediatamente. Havia poucos alunos no local e a maioria deles estava estudando, enquanto o resto fingia estar. Caminhando pelo corredor, percebi o olhar de algumas poucas pessoas.Você esta imaginando coisas, repetia para mim mesma, só estão curiosos de ter pessoas diferentes no ambiente. De qualquer forma, passava com a cabeça baixa, evitando contato visual. Seguimos, passando por mais mesas vazias que ocupadas. Mesmo assim, optamos por sentar no fim da biblioteca em uma distância longe o suficiente das pessoas, mas perto suficiente do banheiro.
— Vou pegar um café, aceita um também? — concordei com a cabeça— Mesma coisa que perguntar se o macaco quer banana.
— Vai logo, Mare.

Cerca de 15 minutos depois, minha amiga já havia voltado com duas xícaras, as colocando sobre a mesa. Já havia ajeitado tudo o que precisaria para estudar e ela repetiu a ação.

— Você foi pegar café ou cappuccino?— Não é a mesma coisa?— Não? — ri— Coisas completamente diferentes

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— Você foi pegar café ou cappuccino?
— Não é a mesma coisa?
— Não? — ri— Coisas completamente diferentes.
— Ah — ela virou os olhos —, tanto faz!   

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