Aviso (?): Obviamente, esse "+18" só tem papel representativo porque quem quiser ler, independente da idade, vai ler. Coloquei por colocar. Uma leitora, Natália (@NaaHolland69) pediu para eu escrever um capítulo específico... se é que você me entende. Peço desculpas a todos que ficarem ofendidos ou incomodados com qualquer relato deste capítulo. Mas isso fica entre nós, tudo bem? kkkk Feliz aniversário, Natália! Aproveite seu dia e que ele, assim como toda sua vida, seja maravilhoso!
Quarta-feira, 14:37, aula de Ecologia. Desde sábado, Tom não falou mais comigo. Bem... na verdade, nós havíamos conversado na segunda. O problema surgiu com uma foto minha e de Matthew no Starbucks, bem no momento que ele colocou o braço sobre os meus ombros e me deu um beijo na bochecha.
— Amigo, (sn)? Por acaso você beija todos os seus amigos no pub?
— Thomas, pare de graça! Eu já expliquei toda história para você. Quer que eu desenhe?
— Acho que seria muito gentil de sua parte. Melhor... por que você não pede para o seu amigo desenhar para mim? Quem sabe assim eu entenda.
— Por que você precisa ser tão babaca assim, Tom? Nós nem estávamos juntos quando isso aconteceu! Não complique as coisas e não veja maldade onde não há...
— Eu? Complicar as coisas? Vocês dois complicaram as coisas, (sn)!
— Tom...— minha voz falhou— por favor! Desculpe-me. Não há nada, além de ciúmes, nessa história toda.
— Quer saber? Eu preciso ir. Estou ocupado agora!A maneira que Tom falava comigo era de partir o coração. Não porque as palavras foram grosseiras, mas porque ele desconfiava de mim. Ele estava nervoso e, até certo ponto, eu o entendia. Talvez, se fosse em uma outra situação em que ele estivesse no meu lugar, eu sentiria ciúmes do mesmo modo que ele sentiu. Ele já não estava muito feliz desde que Matthew interrompeu nossa conversa ao telefone. Ficou ainda menos feliz ao saber que ele era o menino que eu havia beijado no pub e, para piorar o que já estava ruim, a foto cagou completamente a situação toda. O leite azedou, Mareena disse quando eu contei a ela.
Eu não consegui me concentrar nas aulas durante toda a semana. Claro que, com a foto, as pessoas acharam motivo para me julgar. Havia comentários em algumas das minhas fotos dizendo que eu não merecia alguém como Tom, que ele era bom demais para mim. O nível dos comentários descia a partir daí. A maioria das pessoas me defendia, mas Tom não era nenhuma dessas. Isso só tornava a situação mais sufocante. Eu me sentia insuficiente, como se todo comentário negativo fosse verdade.Assim que a aula acabou, eu peguei as minhas coisas e fui direto para casa. Passava pelas pessoas, evitando contato visual e, consequentemente, futuras conversas. Eu só queria chegar a minha casa e poder respirar sem o sufoco da vida adulta.
Não demorou muito até eu me deparar com a fachada do meu prédio, passando pela portaria logo em seguida. O porteiro falava animadamente ao telefone, por isso Isaac nem me cumprimentou, sequer me viu. Ignorei a animação do senhor e subi as escadas, sacando minha chave ao chegar no meu andar.
O apartamento estava silencioso, o que era de se esperar. Mareena iria passar o dia fora porque ia fazer uma espécie de "excursão". Um pequeno grupo de alunos iria para algum museu em Londres para uma aula mais dinâmica, acredito eu. Apesar do silêncio, o apartamento não estava vazio. Deparei-me com Thomas jogado no sofá, mexendo no celular. Ele estava tão distraído que não percebeu a minha presença.
— Tom?— chamei, fazendo-o pular do sofá.
— Jesus — levou uma das mãos ao peito—. Não precisava me assustar assim!
— Você é quem entrou no meu apartamento, sem a minha autorização. Acho que eu é quem deveria estar assustada.
— Ah! Sobre isso...— ele riu— o seu porteiro é muito gentil. Ele tem um netinho que é muito fã do Homem-Aranha. Usei isso ao meu favor!
Apesar de ter achado graça, mantive-me firme.
— E o que você faz aqui?
Tom levantou do sofá e junto a ele havia um buque de flores. Peonias, as mesmas que ele havia me dado em nosso primeiro encontro formal. Ele começou a se aproximar de mim, trazendo com ele o calor de seu corpo. Não estava tão frio quanto os outros dias. O raro sol havia decidido aparecer, elevando a temperatura. Contudo, ainda conseguia sentir a temperatura escaldante de Tom.
— Eu vim me desculpar— disse entregando o buque a mim—. Eu fiquei puto, (sn). Porra! O cara que você beijou estava na sua casa e dias depois aparece uma foto de vocês dois abraçados. Entenda o meu lado!
— Eu entendo, Tommy. Mas... — respirei, pegando as flores de suas mãos— como eu disse, não há nada. Eu e Matthew não estávamos nos falando, mas eu o encontrei na biblioteca quando fui estudar com a Mare. Pedimos desculpas e depois nós ficamos juntos...— ele franziu a testa— nós três!
— As pessoas não ajudaram na situação...
— Sim— o interrompi—. (Sn) é isso, (sn) é aquilo... eu li tudo. Pessoas que não me conhecem me chamando de coisas absurdas, sem ao menos me conhecer ou saber da história. Eu li tudo, Thomas— uma lágrima caiu—. Aguentei tudo sozinha, sem você ao meu lado ou para dizer algo a respeito. Sozinha.
— (Sn)... desculpe-me... eu...
Antes que qualquer um de nós pronunciasse qualquer outra palavra, Tom correu para os meus braços. Ou eu corri para os braços dele... foi um ato simultâneo. Seus braços me puxavam para mais próximo de seu corpo, tornando impossível a chance de nos separarmos. Eu não iria a lugar nenhum, não hoje.
— Eu não quero que isso aconteça de novo...— sussurrou em meu ouvido, fazendo eu arrepiar— não quero mais brigar com você. Eu...
— Você... — disse em tom de pergunta.
— Amo você.
Encarei os escuros olhos do menino parado a minha frente e o beijei. Senti o hálito fresco me entorpecer, embebedar. Cada célula minha implorava por ele, para que esse momento não acabasse. Levei minha mão para sua nuca, enquanto a outra, segurando as flores, ficou parada em seu quadril. Meus dedos gelados faziam uma pequena trilha em sua pele quente, o que fazia arrepiar a cada toque, assim como eu. Ambas mãos de Tom estavam em meu rosto e, a cada segundo, ele aprofundava o beijo, o tornando mais intenso.
— Eu amo você, Tom— encerrei o beijo depois de alguns minutos—. Você... só você.
Sem dizer nada, ele voltou a me beijar. Em um ato quase automático, ele retirou as flores de minha mão, as colocando sobre o sofá. Logo, levou suas duas mãos para o meu quadril, guiando-me para o sofá. Em nenhum momento ele interrompeu o nosso beijo, nem mesmo quando sentou-se no sofá e me fez sentar em seu colo.
Suas mãos percorriam toda extensão de meu corpo, até que uma delas foi depositada em minha nuca, enquanto a outra, minha pele. Tom dedilhava minhas costas por baixo do moletom amarelo que eu estava usando. O ato fez com que eu soltasse um gemido baixo entre o nosso beijo, e ele sorriu. Dos meus lábios, ele passou a beijar o meu pescoço. A sensação era tão boa que eu dificilmente conseguia manter os olhos abertos.
— Tom...— dizia com a voz falhando, sem me concentrar muito bem nas palavras.
— Hum?
— Acho melhor a gente ir para o quarto— ri, um pouco tímida com o pedido—. Não vai ser muito agradável se Mare aparecer aqui.
Tom concordou e eu sai de seu colo, indo em direção ao meu quarto. Contudo, ele foi mais rápido que eu. Pegou-me no colo de modo que eu envolvesse minhas pernas em seu quadril, permitindo visualizar seu belo rosto.
— Eu conheço o caminho, amor.A porta estava aberta. Ponto para nós, Tommy. Com o pé, ele havia fechado a porta que bateu com força. Ainda em seu colo, caminhamos em direção a cama, na qual ele me deitou delicadamente. Ele me encarava sorrindo. Acariciei a bochecha dele e toque fez Tom fechar os olhos, sem desmanchar o sorriso.
Retirei sua camiseta e ele fez o mesmo, tirando o meu moletom e a blusa que eu usava por baixo. Ele intercalava os beijos: ora minha boca, ora meu pescoço. Apesar dele ser fisicamente forte, era extremamente delicado. Seu toque era semelhante a sensação de ter algodão em contato com a pele. Suave, mas perceptível.
A medida que os segundos — talvez frações de segudos— se passavam, ficávamos cada vez mais despidos. A adrenalina percorria o meu corpo, assim como as mãos de Tom. Ele explorava o meu corpo com as mãos e com os lábios, beijando todo dorso superior.
— Tom...
Enquanto ele descia os beijos, lançou um olhar, sem interromper. Ele não precisava de autorização. Continuou beijando minha barriga, até chegar àquele lugar.
— Só feche os olhos, amor.
Eu confiava em Tom, por isso, obedeci. Logo, senti algo tocar meus lábios inferiores. O toque gelado e molhado me arrepiou por completa. Arqueava as costas cada vez que ele acelerava os movimentos de sua língua, desacelerando segundos depois. Estava implorando, gemendo o seu nome. As mãos de Tom seguravam o meu quadril, me impedindo de me movimentar muito. Ele estava me domando e eu, adorando a situação.
Não demorou muito até que eu chegasse ao meu ápice e eu abri meus olhos. Segurei o pulso de Tom, o trazendo para cima. O beijei e pude sentir o meu gosto. Ele me beijava com luxuria e eu só correspondia seus desejos. Fiz com que Tom deitasse para eu ficar sobre ele. Estava completamente nua, enquanto ele, apenas de cueca.
— Acho que você está usando roupa demais, Tommy.
— Estou?
— Sim!
— Então, a gente resolve isso.
Estávamos por iguais. Corpos quentes e nus, um desejando um pouco mais do outro. O desejo carnal era iminente.
— Eu quero sentir você, Tommy. Eu preciso de você.
Ele me penetrou e logo encontrou o meu ritmo. O calor de Tom exalava cheiro de sexo, ardente como o sol. Deus, como ele estava me deixando louca. Ele repetia os movimentos em uma frequência baixa, fazendo-me implorar silenciosamente por mais. Segurava o lençol, o amassando. O nome de Thomas ecoava pelo quarto e, cada vez que era pronunciado, ele parecia estar mais satisfeito. Sabia que ele estava se preparando para chegar ao clímax, assim como eu. O percebi aumentar os movimentos, arfando cada vez mais. O suor escorria de sua testa.
— (Seu nome)...
Ele gemeu e logo, seu corpo relaxou junto ao meu. Tom caiu ao meu lado, com um sorriso largo em seus lábios. Sua pele branca estava, agora, rubra. Nossas respirações estavam igualmente aceleradas, buscando calmaria. Puxei o lençol branco que antes havia segurado, cobrindo nossos corpos. Olhei para a janela e vi que o sol havia sumido, dando espaço a cor cinza. Iria chover. Olhei novamente para Tom, ele me encarava com a cabeça encostada no travesseiro.
— O que foi? — perguntei delicadamente, me aproximando de seu corpo.
— Nada— ele suspirou—. Você é linda... só isso.
Depositei um beijo em sua bochecha e passei meu braço por cima de seu dorso. Fechei os olhos e a chuva caiu, forte e intensa. Era possível escutar algumas pessoas gritando na rua, surpresas com a água que as molhava. Contudo, estava concentrada apenas no ritmo do coração de Tom e... e em como eu o amava.
Continua...
Notas da autora: gente, fiquei com a vergonha a flor da pele escrevendo isso porque eu sou idiota. kkkkk De qualquer forma, espero que tenham gostado (rsrsrs) e MUITO OBRIGADA PORQUE A FANFIC TEM MAIS DE 2K DE VISUALIZAÇÕES E DA ÚLTIMA VEZ QUE EU CHEGUEI NÃO ESTAVA NEM PERTO!!!!!!! AAAAAA MUITO OBRIGADA
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Próximo capítulo: essa semana eu vou estar muito ocupada, então só conseguirei postar na semana que vem. Foi muito difícil arrumar tempo para escrever esse último capítulo e olha que ele foi curto e bem mais ou menos (não aprofundei por motivos de vergonha, como eu disse). Na próxima sexta (8) eu atualizarei. Um beijão!
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Stranger Boy
FanfictionApós anos de muita dedicação, mudar-se para a Inglaterra não foi surpresa para nenhum de seus amigos e familiares. Poder desfrutar do sonho de estudar em uma das universidades mais respeitadas do mundo, Cambridge; morar com sua melhor amiga e ter s...