Born To Be Mine (parte 1) - Capítulo 13

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Acordei com o telefone tocando. Olhei pela janela e vi que já havia escurecido, mas não acreditava ser muito tarde. Tom estava deitado ao meu lado, totalmente coberto por causa da nudez. 
— Tom— chacoalhei seu braço a fim de acorda-lo—. Amor... 
Lentamente, ele abriu os olhos e os esfregou com as mãos. Bocejou, o que fez eu acreditar que o menino estava com bastante sono. 
— Boa— ele olhou pela janela— noite. O telefone tocando é o meu?
— Acredito que sim— ri—.
Ele levantou para pegar o celular na minha mesa de estudos, mas ignorou a ligação. Percebi Tom bufar e não ousei perguntar o porquê. Você também não perguntaria, caso visse a expressão que ele havia feito. Levantei-me da cama, coberta apenas por um moletom velho que eu apenas usava em casa, e abracei Tom por trás. Minhas mãos geladas encostaram no abdomen nu e isso o fez contrair pela diferença de temperatura, mas ele não retirou as minhas mãos do local. Meu dedos percorriam todo o torso, um caminho que subia e descia, sentindo cada músculo em relevo, resultado de treino diário intenso. 
— (Seu nome)?
— Sim — depositei um beijo em suas costas e ele arrepiou—, Thomas?
— Posso perguntar algo? — emiti um som com minha garganta, concordando imediatamente— As pessoas... erm... querem conhecer você.
Soltei meu namorado de meus braços para que ele pudesse se virar para mim, ainda que eu tivesse um ótimo reflexo pelo espelho. Franzi a testa por não fazer ideia do que ele estava falando.
— Eu acho que não entendi.
— Em algumas semanas eu tenho a premier de um filme e eu adoraria que você me acompanhasse. É tão grandioso quanto eu imagino que você esteja pensando: tapete vermelho, gala, muitas pessoas.  Sabe? O que você acha?
— Eu... eu não sei, Tommy— respondi com sinceridade—. Eu nunca fui a algum evento assim ou que tivesse tantas pessoas que eu não conheço. É algo que me... assusta? 
Ele sorriu, depositando um beijo em minha testa. Suas mãos seguraram as minhas e me puxaram para perto de seu corpo quente, envolvendo todo o meu corpo em um abraço bem apertado.
— Eu vou ficar com você parte do tempo, eu prometo.
— Parte do tempo?— eu me encolhi assustada com a afirmação. Se não fosse ficar com ele, ficaria sozinha?
— Por mais que eu queira ficar com você o tempo inteiro — ele olhou em meus olhos—, não é totalmente possível. Preciso dar autógrafos e tirar algumas fotos. Mas Harrison ficará com você, de qualquer forma. Você não vai ficar sozinha.
Abaixei a cabeça pensativa, ainda que já tivesse certeza da minha resposta. Eu iria, não negaria algo tão importante assim a ele. Desde que nos conhecemos e passamos a nos ver com mais frequência, ele falava muito desse filme. Ele já havia terminado de gravar Os Vingadores há meses antes de nos conhecermos, por isso o tempo livre nos últimos tempos. Eu quebrei o nariz gravando e voltei para o hotel várias vezes sem conseguir mexer um músculo no dia seguinte, ele me contou uma centena de vezes. Era fofo e surreal a forma que Tom se dedicava ao trabalho que é aparentemente fácil, mas requer enorme disciplina e foco. Harrison era e é o seu maior suporte para tudo, o acompanhando em todos os lugares e mantendo os pés de Tom onde eles devem ficar, como ele mesmo disso. É fácil se deixar levar e você encontra muitos exemplos por aí. Janis Joplin, Jimi Hendrix, Whitney Houston e uma longa lista de pessoas que se deixaram levar pelas drogas. Não os julgo, claro. Mas, como havia dito, é muito fácil perder a cabeça. 
— Como dizer não a você, Tom? — eu ri e ele me abraçou. Seus braços envolveram minha cintura de modo que Tom pudesse me erguer, causando gargalhadas que poderiam ser escutadas por cada canto do país— Será uma honra acompanha-lo, alteza! 
— Então eu preciso te preparar para o evento— franzi a testa, sem menor ideia do que ele queria dizer com isso—. O que foi?
— Eu que deveria fazer essa pergunta— rimos—. Como assim me preparar?


Após exatas duas semanas depois do pedido de Tom, o dia da cerimonia chegou. Passamos os últimos 14 dias assistindo a todos filmes da Marvel, sem deixar nenhum faltando. Tom disse que eu precisava assistir aos filmes em ordem cronológica, e assim fizemos. Agora eu ouso dizer que sei mais que o próprio Tom. O universo é extremamente encantador e não tem como não gostar. A cada filme, ficava cada vez mais ansiosa com o terceiro filme dos Vingadores. Por favor, não matem o Tony Stark. Eu tentei tirar algo de Tom, mas nem ele sabia. Estávamos vivendo de teorias e mais teorias. 

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