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A pior hora do meu dia foi esse treino

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A pior hora do meu dia foi esse treino. A treinadora pegou pesado conosco, e meu corpo, como fazia a tempos que estava desacostumado com essa rotina, amanheceu todo dolorido. Claro, me enchi de gelo, botei o ar- condicionado no mais frio possível, mas mesmo assim não fez efeito algum no meu corpo, apenas uma garganta doendo.

E como doía.

- Que cara de doente, filha.

- É porque eu estou doente, mãe.

- E tá com o que? - Ela veio logo ao meu lado.

Apontei para minha garganta.

- Tá doendo muito?

Assenti.

- Vou pedir para sua tia Leila ver isso.

- Mas ela é cirurgiã.

- E daí? - Ela olhou nos fundos dos meus olhos, aquele olhar doce de mãe.

- E a escola?

- Você vai sair mais cedo, vou marcar uma consulta pra você.

- Tá bom, mas deixa correr que eu já estou atrasada. Beijo mãe!

E corri porta afora, mas antes ela me obrigou a tomar um remédio para melhorar.

Quando cheguei lá, já tinham algumas pessoas, mas não eram muitas, ninguém que eu conheça tinha chegado ainda, mas assim que eu entrei na escola, uma buzina me chamou a atenção.

Vitória.

- E aí, gata? - ela falou para mim ainda no carro.

- Bom dia, Miguel. Bom dia, Vi! - dei um passo para frente do carro, e Miguel, só para abusar mesmo, deu um freio brusco, me assustando.

Eles riram e eu os acompanhei debochando.

- Que. Engraçado. Rá. Tô morrendo de rir. - falei, cruzando os braços, e logo em seguida dando um estralo na cabeça dos dois.

- Doeu, sabia? - Miguel falou, rindo.

- Eu sei. - Vitória riu também.

- Ei, é... - ele olhou para a irmã. - Você pode me passar seu número?

- Hm, eu posso saber por quê?

- Socialização. - ele deu de ombros.

Fiquei confusa.

- Você quer socializar comigo? - Cruzei os braços.

- E com as pessoas.

- Ah, entendi. Vitória te passa depois, então.

Ela olhou pra ele, com os olhos dizendo: " Viu? Eu avisei." Depois olhou pra mim, irritada.

- Que? Não!

O Amor Que Nos SepareOnde histórias criam vida. Descubra agora