15º - j u n h o

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MIGUEL

Eu sentei em um dos bancos que tinham na festa para descansar. Mila não percebeu nada, não desconfiou de nada, e nunca perguntou para onde eu iria ou onde eu fui. Eu saia de repente para cuidar dos preparativos da festa surpresa pra Milena já que seus pais tiverem realmente um problema.

Eles me tratam como se fosse da família. Nos primeiros momentos que eu tive com Mila, Rodrigo ficava desconsertado e eu, claro, ficava sem graça. Passado alguns dias, ele percebeu que a filha dele é muito importante pra mim e veio conversar comigo. O que me deixou mais curioso foi que ele não veio falar sobre a filha, veio falar sobre mim. Depois, óbvio, ele falou que era pra eu cuidar da princesa dele, que se eu deixasse a triste ele ia arrancar minha cabeça com suas próprias mãos. Não duvidei nem um pouco disso.

Roberta sempre foi muito educada comigo. Ela sempre me tratou bem, e quando soube que a sua filha e eu estávamos nos relacionando começou a conversar comigo, sobre coisas eu nunca achei. Ela tem um grande conhecimento sobre engenharia e matemática. Conversamos sobre minha faculdade, a faculdade que ela fez... Acho que esse tipo de conversa com os seus futuros sogros, faz você ter uma relação amigável com eles.

Depois de 10 minutos depois que pedi Milena em namoro, ela saiu da pista de dança fazendo um coque no cabelo. Eu estava indo vê-la, mas Paula me parou.

- Deixa. Ela é minha amiga, você está roubando ela de mim. - Ela brincou, mas senti um pouco de maldade em sua voz. Paula saiu e me deixou lá. Decidi ir conversar com o Logan, como ele também fez parte da surpresa estava escondido nos quartos trocando de roupa.

- Tá pelado? - bati na porta e entrei.

- Claro que não, seu demente.

- Mila saiu, mas daqui a pouco volta.

Descemos as escadas e fomos conversar com alguns amigos dela, mas passou vários minutos e nada dela chegar, mas quem chegou foi Paula chorando e tremendo.

- Mila. Levaram a Milena. -Ela gritou.

- Quem? Levou quem? Quem levou? - Logan perguntou preocupado.

- Levaram Milena. - Paula gritou e todas as pessoas ali presentes escutaram.

- COMO? - Xingou uma pessoa no fundo. A voz parecia ser da mãe de Milena, Roberta. Eu também tive essa reação. Fiquei estático e a única coisa que me passou em minha cabeça foi:

Cadê a minha garota?

Os dias se passaram - 3 dias - e eu passava maior parte do tempo procurando-a, passando pelo lugares que nós passeamos. Sinto falta da Mila? Sinto, é fato. Mas não sabia que era tanta assim. Parecia que eu tinha ficado anos sem vê-la. E o pior de tudo é que eu não sei se vou ver de novo.

- Calma cara. Nós vamos encontrar ela. Quer passar na delegacia, primeiro? - Logan, meu companheiro disse. Ele também estava preocupado, mas ele sabia esconder o que se passava na sua cabeça.

- Vamos. Será que não vamos encontrar nunca? Nenhuma pist... - ele me interrompeu.

- Vamos ver lá na delegacia.

Chegamos lá e procuramos pelo Detetive Parker. Ele estava na sua sala, cheia de fotos e algumas pistas sobre algum caso.

- Posso ajudar em alguma coisa? - Ele se levantou e estendeu a mão. Nós dois apertamos e nos sentamos na cadeira. Antes que falássemos alguma coisa chegou outro policial.

- Também achamos a digital do copo d'água em que Milena bebeu. Correspondeu a Paula Grinder. Mandamos para seu computador, chefe.

- Obrigada. Continuem procurando e coloquem viaturas nessas ruas próximas da casa dessa Paula e na de Milena. Também perguntem nas casas vizinhas se elas notaram uma movimentação estranha na rua.

O Amor Que Nos SepareOnde histórias criam vida. Descubra agora