Nós ficamos assustados com o modo que Bernardo nos pediu ajuda. Só podia ser algo, realmente, sério.- Jesus, Bernardo meu querido, desabafa o caso. - Gabriel falou.
- Eu quero pedir Paula em namoro.
- Como? - gritamos.
Ele abanou as mãos, mandando ficarmos quietos.
- Eu quero pedir a Paula, um namoro. Eu quero pedir ela em namoro. - ele falou novamente para se convencer da ideia. - Só não sei como.
Nós nos entreolhamos, chocados.
- Assim... - Vitória começou. - Você só conhece a Paula á dois meses.
- Na verdade, quase um ano e meio. Eu já estava dando um jeito de virar amigo dela, mas ela nunca deixou eu me aproximar.
- Você só conhece a Paula à um ano e meio. - Corrigiu. - E quer namorar minha amiga, que mal conhece?
Ele pareceu se ofender.
- E você só conhece ela á cinco meses.
- Corrigindo, eu só comecei a falar com ela á cinco meses.
Os dois reviravam os olhos.
- E como vai ser esse plano? - eu pergunto, me levantando. Eles se levantaram também e fomos em direção para aula.
- Calma. Você está realmente levando isso a sério? - Vitória retrucou.
Gabriel, que se mantinha calado, falou.
- Depois que a aula acabar nós iremos nos encontrar, certo? - Todos nós assentimos. - Tenho aula sabe com quem?
- Com a professora? - Lia chegou, e deu bom dia a todos. Menos a Vitória que não respondeu.
Todos nós falamos normal com Lia. Gabriel, Bernardo e Paula me disseram que não tem nada contra Lia, mas Vitória conseguiu odiá-la.
Não sei como.
- Não, cabeça.
- Opa, é Lia.
- Não, Lia. Tenho aula com a Paula. Eu irei tentar arrancar alguma coisa dela.
Vitória murmurou algo.
- O que foi, hein Vitória? Está reclamando tanto de um relacionamento que talvez nem exista. - Gabriel falou na lata.
- Isso nós vamos ver. Eu gosto da Paula. - Bernardo falou cruzando os braços e deixando aparecer seus músculos.
Olhamos para ele.
- Pra cacete. - terminou.
- Bom, eu vou indo. - Gabriel falou e saiu.
- O que aconteceu? - Lia sussurrou ao meu lado. Eu dei um sorriso e expliquei por cima o que havia acontecido.
- Sério? Que bom! Gostaria de ter um casal no grupo. Serio, imagina. Ficaria tão fofo!
Vitória estalou os dedos no rosto dela, fazendo-a despertar do seu pequeno transe.
- Claro que não. Seria horrível. Um casal grudado o tempo todo, se beijando o tempo todo...
- Você está com ciúmes. - Intrometi. Parei para beber um pouco de água.
Ela me olhou de cara feia.
- Claro que não.
Ela continuou piscando forte. Bernardo veio abusa-la.
- Ah, então é isso. Você está com ciúmes. - Ele bagunçou o cabelo dela, que bufou de raiva. - Não tem problema não. Tem Bernardo pra todo mundo.
Nós rimos menos Vitória, que saiu para sua aula. Bernardo de tchau pra nós e foi pra sua aula também.
- E só sobrou, nos duas.
- Isso aí.
- Mas vai ser estranho mesmo ter um casal.
- Por que você acha isso? - Lia abriu a porta da sala e pôs sua mochila na carteira, e eu a acompanhei.
- Já estamos em junho. Metade do ano, praticamente. E não tivemos nenhum casal. Vai ser estranho ter um agora. Mas vai ser legal também.
Ela anuiu.
- Claro.
Logo depois a professora chegou.
- Boa noite! - Ela falou, me fazendo rir.
Enquanto a professora nos mandou pegar os livros, agarrei meu celular e vi o horário. Faltava, 40 minutos.
Mas o que me chamou a atenção não foi os quarenta minutos que faltava para a aula acabar, mas sim, uma mensagem incomum.
VOCÊ ESTÁ LENDO
O Amor Que Nos Separe
Roman pour Adolescents1° postagem: 1° de junho Essa é a história de Milena, a qual passou por situações difíceis e não sabe o que fazer quando volta a sua antiga escola. Ninguém sabe, mas ela é filha dos donos da Swarmed, uma empresa enorme que é praticamente um banco...