12º - j u n h o

4 1 0
                                    

Meu aniversário estava chegando. 12 de agosto. E todos estavam muito estranhos. Principalmente meus amigos. Eles tinham parado de falar comigo por mensagem e pessoalmente decidiram ficarem grudados comigo o tempo todo.

Quando 12 de Junho chegou, todos estavam completamente estranhos comigo. Começando por Vitória que me mandou mensagem.

"Nós precisamos conversar. Eu processei a ideia, conversei com Miguel e agora é a nossa vez. Você pode ir ao shopping agora a tarde?"

Pensei. "Que bom que você quer conversar. Estarei na praça de alimentação."

Eu já estava no local marcado quando ela apareceu, parecia um pouco nervosa e disse se poderíamos conversar ali mesmo.

- Eu te perdoo por não ter me contado que estava tendo um caso com me irmão. Pronto, agora podemos voltar a ser como antes... Por favor? Eu não aguento mais esse silêncio.

Eu entortei a cabeça e arqueei a sobrancelha.

- Pensei que seria mais difícil.

- É, mas dê um desconto que hoje é o seu...

- Aniversário. - Revirei os olhos.

Vitória me carregou pelo shopping, me fazendo entrar em várias lojas, comprou até um vestido pra mim.

- Miguel está vindo nos buscar. Vamos?

Assim que chegamos ao portão principal, ela gritava para eu acompanhar ela, mas eu não enxergava o carro de Miguel.

- Você é mesmo lerda, hein?- Vitória veio até mim e me puxou como se eu fosse uma filha perdida e me levou até um carro preto com um teto alto e antigo.

- Bem vinda, senhorita!- Exclamou o motorista, que usava terno preto, luvas brancas e uma boina preta.

- Não, não somos nós. Comparado á esse carro de época, estamos procurando um carro de pobre. - expliquei, mas dentro dele havia uma pessoa que eu reconhecia bem.

- Meu carro é de pobre? Milena, assim você me ofende. - Ele, estava com um terno preto, calça feita a medida, sua pequena barba havia sumido. Seu cabelo estava com gel e voltado para trás, formando um pequeno topete, e em sua mão tinha uma luva. Em suas duas mãos.

- Por que você esta vestido assim? E por que estamos nesse carro? - Eu questionei rindo de nervoso. Vitória já tinha me empurrado.

- Tudo faz parte da surpresa. - Miguel ficou misterioso e me deu um beijo carinhoso ali mesmo.

Ele trouxe um sapato de salto alto e pediu com toda delicadeza para pôr o sapato em meu pé.

- Você vai precisar colocar esse vestido, Cinderela. - eu ri e ele colocou o salto.

- Obrigada. - Ele me puxou para um selinho.

- Senhores. Chegamos. - O motorista falou parando o carro. Eu sorri para ele que ajeitou os cabelos, abrindo a porta do carro.

Fiquei tentando arrancar algumas dicas dele, mas sempre se fingia de surdo ou mudava de assunto. Miguel rodeou minha cintura com suas mãos e Vitória que chegou logo depois de nós em outro carro. Assim que atravessamos os portões, as luzes acenderam, gritos ecoaram por todo canto e fogos de artifício foram explodidos ao nosso lado.

- SURPRESA! - Todos gritaram e eu gritei junto.

Acho que meu olhar de surpresa e compaixão me denunciou, porque Miguel me levantou do chão e me girou nos calcanhares, me beijando preguiçosamente.

O Amor Que Nos SepareOnde histórias criam vida. Descubra agora