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       Já havia passada duas semanas, preparando tudo para Bernardo pedir Paula em namoro, nessas duas semanas ela apenas conversou com Gabriel

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Já havia passada duas semanas, preparando tudo para Bernardo pedir Paula em namoro, nessas duas semanas ela apenas conversou com Gabriel. Segundo ele, ela estava com raiva de Bernardo e ciúmes de nós, pois estávamos de muita conversinha com ele.

Ela mal sabia o que estava prestes a vir.

Bernardo também não tentava conversar com ela, mas daqui a uma semana vai ser o dia.

Eu também estava confusa. Não com Bernardo e Paula, era a vida deles. Mas comigo. Eu tinha tirado nota baixa em uma prova, tinha zerado dois testes de duas questões e eu fiz as contas. Talvez eu ficasse na recuperação desse bimestre.

E isso me preocupava.

Assim que contei para minha mãe, ela ficou calada por uns dois minutos, só olhando para a parede atrás de mim. A pior coisa que ela fazia era isso, eu prefiro que ela grite comigo a ficar calada, assim eu sei o que se passa na cabeça dela.

- Você irá passar nesse bimestre? - ela falou com uma voz firme, ainda sem me olhar no olho.

- Há chances de eu ficar na recuperação. - Tentei diminuir a pressão que se passava entre nós.

Ela murmurou algo que não consegui ouvir.

- Vou mudar minha pergunta. - ela falou pausadamente, me deixando atordoada. - Você irá tentar passar nesse bimestre?

Assenti violentamente.

- Eu espero que você não tire nenhuma nota baixa. Você pode perder sua bolsa de estudos lá.

Eu franzi a testa.

- A empresa está passando por muitas dificuldades. Se você perder a bolsa... - Seus olhos perderam o brilho e ficaram tristes. - Não terá como eu pagar o valor da sua escola.

Ela baixou a cabeça e pensou.

- Já sabe o que vai acontecer, né? - ela tentou não sorrir, mas ela adorava ter o poder sobre mim.

Assenti já triste.

- Sem celular até o final do mês. Na verdade, até as férias.

Arregalei os olhos.

- Ah, por favor, né Milena? Junho é o que? Daqui a vinte dias.

- Mas minhas férias só vão começar dia vinte e um. De junho. Você fala como se fosse fácil.

- Não é, mas você ira aprender a lidar com isso. E vai começar a se esforçar mais. Confie em mim.

- Eu confio em você. Eu só não confio em mim.

Ela apenas me lançou um olhar de pena e estendeu a mão.

- Ah, calma. Vou me despedir dos meus amigos. - e disparei para o quarto, lá de cima escutei a gritando:

O Amor Que Nos SepareOnde histórias criam vida. Descubra agora