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Eles me levaram em casa e se despediram. Controlei a vontade de beijar Miguel, porque mesmo que estivesse ansiando por isso, eu não queria que Vitória descobrisse e que ele pensasse que eu era louca por ele ou algo do tipo.

O que era mentira. Totalmente mentira.

No outro dia, domingo, eu cogitei em ligar para Vitória para conversar, só para tentar escutar a voz de Miguel, mas seria muito egoísmo meu ligar para ela e tentar escutar a voz dele.

Para meu próprio bem, eu entreguei meu celular para minha mãe logo. Ela disse que poderia pegar segunda, mas escolhi aquilo. Seria melhor para nós duas.

No outro dia eu acordei disposta para fazer algo pesado. Então eu peguei o material de limpeza e decidi faxinar meu quarto. Uma daquelas faxinas que tiram móveis do lugar, e procuram qualquer poeirinha sequer. Lá no fundo eu sabia que não era uma boa ideia, mas continuei.

Lá para o final da tarde eu acabei. Meu quarto estava brilhando mais que o sorriso de meu pai quando via minha mãe. E eu estava exausta.

Deitei para descansar e acabei cochilando na cama, suada mesmo.

No momento em que fechei os olhos, eu tive um pesadelo horrível e acordei assustada, com o ar faltando dentro de mim.

Levantei correndo, esquecendo que o chão estava molhado e acabei caindo de vez no chão.

Minha mãe que provavelmente escutou o barulho das coisas caindo, em um segundo estava em minha porta gritando por mim.

- Tenha cuidado filha. Machucou alguma coisa? - ela veio até mim e me levantou.

Ela ainda não sabia o que tinha acontecido no dia anterior, eu não tive tempo de conta-la, mas eu poderia contar agora, certo?

Antes que eu pudesse fazer isso, meu pai nos chamou para almoçar.

- Eu não estou com fome agora. - eu falei, sentando em minha cama.

- Certo. Mas não se esqueça de comer alguma coisa. Desde ontem você está sem comer nada.

Eu assenti e deitei em minha cama.

Eu também decidi não comer pelo resto da tarde, mas minha enxaqueca começou e eu perguntei a minha mãe se tinha remédio.

Ela me deu o tal remédio e me mandou descansar um pouco, que ela iria trazer algo para eu lanchar.

Só que quando eu fui levantar para fechar a porta que ela deixou aberta, uma tontura me abateu e me fazendo segurar na primeira coisa que eu visse. Tudo ficou preto e uma pontada de dor em minha cabeça se rebelou.

Minha mãe chegou bem na hora e viu que eu estava mal. Muito mal. Ela gritou por meu pai e disseram que precisavam ir no hospital para ver se era alguma coisa grave.

Chegando lá, outra tontura aconteceu e eu não tinha nenhum apoio e cai no chão, batendo a cabeça no ato.

Meu primeiro pensamento depois disso foi: eu me sinto uma das atrizes de novela mexicana.

Depois não pude pensar em mais nada. Eu já tinha sido levada pela escuridão.

O Amor Que Nos SepareOnde histórias criam vida. Descubra agora