Capítulo 12 - De Volta ao Lar

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As luzes piscavam muito forte, quase não dava pra enxergar nada, Alfred estava deitado e levou algum tempo para se adaptar a claridade do ambiente, o telhado era estranhamente “dourado” haviam imagens no teto que pareciam estar “vivas,” elas se moviam, era como se estivessem contando uma história. O jovem acariciou onde repousava, o colchão era muito macio, mas não aquele macio de um bom colchão e sim de uma maciez que ela jamais experimentou, e o lençol que o cobria, era como pétalas de rosas, ele se desvencilhou do agradável pano dourando e sentou-se. Foi quando se deparou com a visão do gigantesco quarto, onde o jovem repousava era uma cama gigante, era circular não deveria ter nada menos que 4 ou 5 metros de diâmetro. Havia ali uma mesa de um estranho design, mas muito elegante com muitas frutas, bolos, pães e comidas, descendo alguns degraus havia uma espécie de sala com sofá, poltronas, uma mesa de centro, uma lareira e uma estante de livros, e colunas, muitas colunas no recinto, do outro lado havia uma varanda gigantesca, apenas colunas e cortinas faziam uma divisão ali, não havia paredes nessa parte do quarto. Tudo era suntuoso, elegante, de um design estranho, mas principalmente dourado, tudo parecia ser de ouro, a borda das mesas, as taças e talheres, os detalhes dos móveis, os desenhos as colunas, e a gigante porta dourada que logo se abriu, com a entrada de Emilie.

A jovem correu para abraçar o irmão.

-Estou tão feliz que você acordou - disse a ruiva sorridente - Como se sente?

Emilie usava um curioso vestido branco com detalhes dourados, parecia muito com as roupas usadas pelos gregos antigos, sua cintura era presa por um cinto dourado, a fina fivela o jovem reconheceu era o símbolo de Odin, Valknut, a figura de três triângulos interligados, Havia detalhes de ouro nos ombros do vestido, até o modo com o cabelo de Emilie estava preso era diferente,  estranho prendedor de ouro, que fazia um rabo de cavalo, deixando seus cachos ruivos mais evidentes que o comum.

-Bem, um pouco confuso - Alfred olhava espantado para a irmã - Que lugar é esse e por quê está vestida assim?

- Como assim que lugar é esse ? - perguntou a moça de olhos azuis - A pancada foi tão forte assim?- Brincou a moça - estamos em Asgard, você está em Valhalla!

As bochechas de Alfred coraram

- Nossa… eu… nem reconheci, faz tanto tempo que eu não vinha aqui quase não lembrava desse lugar - Alfred entendeu porque sentia uma estranha sensação de familiaridade.

- Com assim muito tempo? Faz pouco mais de 5 anos que estivemos aqui pela última vez - comentou Emilie - não é tanto tempo assim, as coisas por aqui continuam do jeito que sempre foram …

Emilie observou a face sem expressão de Alfred então recordou-se de algo, ela pegou a mão dele e disse:

-Eu quase esqueci que a última vez que estivemos aqui, foi depois da morte da mamãe… - Alfred apertou a mão de Emilie - Eu sei que te dói muito lembrar disso, mas Asgard me trás uma sensação tão boa - um enorme sorriso encheu o rosto da moça - uma felicidade de estar em casa.

Alfred abraçou a irmã  e disse:

-Verdade, estamos em casa…

Alfred se separou da irmã e indagou:

- Mas me diga o que houve? Onde estão papai, Ernst e … Loki?

- Eu não sei muito bem o que aconteceu - o olhar da jovem fugiu para algo - A verdade é que não me contaram nada, papai esteve com vovô desde que retornou… bom ele passou um bom tempo ao seu lado, mas sempre era chamado e tinha de ir a algum lugar… e Ernie…

Emilie hesitou por um tempo, O irmão notou a atitude estranha da jovem.

- Ernst está muito chateado! - Emilie encarou o irmão

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