Capítulo 14 - Biblioteca

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Frigga a deusa do amor, da fertilidade e do matrimônio muitas vezes teve sua importância ignorada, de um gigantesco conhecimento a esposa de Odin, criou todos os filhos do Pai de todos, mesmo aqueles que foram frutos de outros relacionamentos como Thor, Loki e Vidar. Dotada de magia, é considerada a mestra da medicina e da cura além de possuir o dom da profecia, além das nornas, as mestras do destino, Frigga era a única pessoa no universo que podia prever o futuro de todos os seres incluído os deuses, mas quando revelou algo que o futuro reservava perdeu seus poderes. A bela mulher de lindos cabelos louros, sempre usando as mais belas vestes, foi respeitada e querida por todos, nutre a séculos uma forte amizade com Jord deusa da terra e mãe de Thor.

Frigga tinha o hábito de ao nascer e ao pôr-do-sol ir até uma das enormes varandas de Valhala e ficar admirando o horizonte, muitos diziam que era a hora escolhida para observar o futuro.

..........

Emilie se aproximou da avó, não queria perturbar aquele momento de profunda reflexão.

-Pode chegar mais perto querida - disse Frigga ainda com o olhar fixo no horizonte.

- A senhora mandou me chamar, não queria interromper esse seu momento... - disse Emilie de modo cauteloso.

- Tudo bem, nossa conversa é mais importante - Frigga sinalizou para que Emilie se pusesse ao seu lado.

A jovem obedeceu um pouco ansiosa, sem saber o que esperar daquela conversa.

- Não precisa ter medo minha elfa - confortou a deusa sorridente.

- Eu só estou... não sei - Emilie estava encabulada - não sei por que me chamou aqui!

Frigga fitou ao longe por um grande tempo.

- Eu tenho te observado desde sua chegada a Asgard, o jeito como fica saltitante atrás de Alfred, sempre se preocupando com Ernst e Thor, mas e você? - Frigga olhou para Emilie.

A jovem ruiva encarou a avó confusa.

- Não sei - Emilie admirou o vista confusa - não acho que preciso me preocupar comigo, afinal eles sim vivem se envolvendo em confusão.

A deusa analisou a neta com o olhar, pôs a mão sobre a da garota e disse:

- Está dizendo que é a coadjuvante da própria história?

Emilie não sabia se havia algo por trás daquelas palavras, mas sentiu certo desconforto em ouvi-las.

- O que a Senhora quer dizer com isso?

- Até quando vai viver a sombra de Alfred, de Ernst ou Thor, quando vai ter seus próprios sonhos, seus próprios desejos, seus....

- Desculpa vó - interrompeu Emilie irritando-se - eu não sei o que a Senhora andou "observando", mas devo dizer que está um pouco equivocada, eu tenho meus sonhos, meus desejos... eu quero a felicidade da minha família, essa é meu sonho, talvez eu não tenha sonhos e anseios tão egoístas como a maioria das pessoas, isso é errado?

Frigga permaneceu inexpressiva por um tempo, e depois sorriu deixando Emilie mais confusa.

- Era essa a resposta que eu esperava de você Emilie.

A deusa voltou seu olhar para o horizonte e disse:

- você imagina como é ser a esposa de Odin, o pai de todos, Senhor soberano do Universo?

Emilie acenou negativamente

- Não é fácil, eu estou ao lado do seu avô há milênios, enfrentamos todos os tipos de ameaças, cobranças e adversidades possíveis, seu avô sofreu e sofre com toda a carga que o Trono de Asgard exerce... Ele ajuda a todos e quem ajuda a ele? E é minha responsabilidade aliviá-lo, ajudá-lo - Frigga voltou a fazer uma longa pausa - O que eu quero dizer é que todos nós precisamos de um apoio, de um conselheiro, de alguém que nos ajude a achar o caminho quando estamos perdidos, que seja a nossa luz quando tudo estiver escuro, algumas pessoas estão destinadas a fazer coisas grandes, a serem grandes, mas elas sempre precisaram de um suporte, ainda que não se veja, ainda que não se valorizem, essas pessoas precisam de alguém que os ajude a chegar ao seu Destino.

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