Capítulo 16 - O Ataque a Valhala

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Heimdal sabia que havia algo de errado no momento em que o salão de audiências desapareceu de seus olhos, porém antes que ele chegasse em Valhala, o quarto do príncipe Ernst foi destruído numa explosão, aliás, explosões que aconteceram simultaneamente em toda Asgard, o Reino Celestial estava sob ataque, quem teria tamanha ousadia, pensou consigo o guardião da noite.

Emilie e Ernst pareciam confusos, uma sequência de feixes de luz e um forte estrondo, ao abrir seus olhos o que viram foi Thor usando um campo de força feito de raios para protegê-los, o quarto estava todo destruído, de lá Ernst pode ver os vários pontos de destruição que se espalharam pela cidade.

- O que está acontecendo? - indagou o jovem loiro.

- Estamos sob ataque, precisamos nos proteger - respondeu Thor orientando os filhos a sair daquele lugar desolado.

- Isso é comum por aqui? - perguntou Emilie com uma expressão de surpresa.

- Desde sua fundação a milênios atrás, Asgard nunca foi atacada - observou Thor - mas sempre nos preparamos para o dia em que isso acontecesse.

Os três seguiram pelo corredor onde encontraram dois guardas jogados no chão, Emilie e Thor correram para socorrê-los, mas perceberam que ambos estavam mortos.

- Devem ter morrido na explosão - supôs a jovem loira.

- Não - corrigiu o pai - foram envenenados - disse Thor apontando para as veias negras que ficavam evidentes no corpo dos falecidos - isso é pior do que eu imaginava.

Thor olhou em volta e ordenou aos filhos:

- Emilie e Ernst vão ao encontro de Alfred, assim que o encontrarem procurem um lugar seguro para se proteger

- Mas eu quero ajudar - insistiu Ernst.

- Não! Vocês não tem treinamento para combate, além de não conhecermos o inimigo nem saber o que ele quer, por isso é muito importante que vocês fiquem seguros... a propósito se encontrarem com essas vespas metálicas, as lancem o mais longe possível e não as toquem por nada nesse mundo - orientou Thor.

Ernst ficou parado com uma expressão de inconformado. O deus ruivo se aproximou, pôs a mão no ombro do filho e disse:

- Ernie por favor, só dessa vez não me questione. Tenho que saber o que está acontecendo, ajudar quem precisa e principalmente parar isso, mas não poderei fazê-lo se estiver preocupado com você e seus irmãos, faça como sempre e os proteja para mim, por favor.

Ainda que visivelmente contragosto Ernst assentiu e seguiu com Emilie na direção do quarto de Alfred.

O Estrago em Valhala havia sido grande, não somente o quarto de Ernst foi atacado, outros pontos do palácio estavam destruídos, paredes haviam desabado, ambientes inteiros ardiam em chamas e por todo caminho havia pessoas mortas, era até difícil se localizar em meio aquele caos. Em certa parte do trajeto se depararam com duas figuras estranhas, que tentavam invadir uma das poucas portas que estavam intactas, um era uma bela mulher alta, loira de longos cabelos cacheados, vestia a armadura dourada dos guardas de Asgard o outro era um ser de pouco mais de 1,30 metros de altura, corpulento, totalmente coberto por um traje com capuz e mangas tão longas que não se via mãos, pés ou o próprio rosto.

- Quem são eles - questionou o encapuzado, sua voz era rouca e falha.

- São os filhos de Thor... - respondeu a mulher.

Os irmãos entenderam na hora que aqueles dois faziam parte do ataque, e que provavelmente teriam de enfrentá-los.

- Não temos tempo para distrações - disse o ser mais baixo.

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